A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir o tamanho de duas áreas protegidas no Estado de Utah devolverá direitos a agricultores e pecuaristas, segundo a Federação Agrícola Americana. O grupo diz que a decisão ajuda a reverter a situação criada durante o governo de Barack Obama. De acordo com o presidente da federação, Zippy Duvall, as proibições e restrições nessas áreas protegidas, conhecidas como monumentos nacionais, vinham prejudicando produtores rurais norte-americanos.
Na segunda-feira, Trump reduziu o tamanho dos monumentos nacionais Bears Ears e Grand Staircase-Escalante, em Utah. O primeiro, criado no ano passado por Obama, teve sua área reduzida para 81 mil hectares. O monumento nacional Grand Staircase-Escalante, criado pelo presidente Bill Clinton em 1996, teve sua área reduzida para cerca de 405 mil hectares.
Monumentos são reservas protegidas sob jurisdição federal e extinguem direitos de produtores rurais privados de usar o terreno. Eles funcionam como parques nacionais, mas podem ser criados pelo presidente. Parques nacionais são criados por um ato do Congresso.
Nas últimas décadas, a expansão de áreas protegidas pelo governo federal americano ganhou impulso com presidentes democratas, que criaram reservas que proíbem ou limitam a mineração, pesca, extração de madeira e criação de animais. Essas medidas destinaram uma área maior para o turismo e para a preservação da vida selvagem, mas retiram direitos de produtores rurais.
Em Salt Lake City, capital de Utah, Trump disse que essas regulamentações prejudicam moradores locais cujos empregos estão ligados às vastas terras federais na região. "Aqui e em outros Estados afetados temos visto restrições prejudiciais e desnecessárias à pesca, à criação de gado e ao desenvolvimento econômico responsável", disse Trump. Ainda na segunda-feira, uma coalizão de dez grupos ambientalistas entrou com uma ação em um tribunal distrital de Washington para tentar invalidar a medida de Trump.
As administrações anteriores abusaram do poder do Antiquities Act, designando enormes extensões de terra como monumentos nacionais sem qualquer contribuição pública ou revisão", disse Dave Eliason, presidente do Conselho de Terras Públicas. "As comunidades rurais em Utah e em todo o Ocidente pagaram o preço. As designações abrangentes trancaram milhões de hectares de terra com o golpe de uma caneta, minando o conhecimento local e dizimando as economias rurais ".
"Estamos gratos que a ação de hoje permitirá que os fazendeiros retomem seu papel como mestres responsáveis da terra e os motoristas das economias rurais", disse Craig Uden, presidente da National Cattlemen's Beef Association. "É fundamental que reformemos a Lei das Antiguidades para garantir que aquelas comunidades que dependam da terra tenham voz nas decisões federais de gestão territorial".
Trump deve em breve seguir a recomendação do secretário do Interior, Ryan Zinke, para reduzir o tamanho de outros monumentos do país ou torná-los menos restritivos. Isso faz parte de um plano mais amplo do governo Trump de liberar mais terras federais para atividades econômicas tradicionais como mineração.
Em tempo, enquanto fomenta a fiscalização ambiental na America Latina (veja aqui), o Governo americano protege seus cidadão dos abusos em nome do meio ambiente.
Veja aqui a confusão no Brasil quando o governo brasileiro tentou fazer coisa parecida na Floresta Nacional do Jamanxim.
Veja aqui a confusão no Brasil quando o governo brasileiro tentou fazer coisa parecida na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca).
Veja aqui que o Ministério do ½ Ambiente fez o contrário no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Com informações da Dow Jones Newswires, do portal AgDaily e imagem do Pixabay.
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