Sarney Filho quer mais Unidades de Conservação

Sarney Filho e as ONGs ambientalistas querem mais Unidades de Conservação, a Funai e as ONGs indigenistas querem mais terras indígenas, o MST e o Incra querem mais assentamentos e quilombos. Será que cabe todo mundo?
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estuda a criação de novas áreas protegidas em território brasileiro. Em reunião nesta sexta-feira (17/02), secretários do MMA e representantes dos órgãos vinculados definiram prioridades para o processo de criação de unidades de conservação ao longo deste ano. O objetivo é aliar proteção da biodiversidade a agendas como mudança do clima, desenvolvimento sustentável e inclusão social.

Uma das prioridades do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o incremento das unidades de conservação contribui para o combate ao desmatamento e para o corte de emissões de carbono. O secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero, destacou a importância da medida para o alcance das metas que o país assumiu no contexto internacional. “A ampliação das áreas protegidas é fundamental dentro do setor de mudança do uso da terra e florestas”, explicou.

O aumento das áreas protegidas em território nacional reforçará a liderança brasileira na agenda ambiental. Bráulio Dias, que atuou nos últimos cinco anos como secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, ressaltou o papel de destaque do país. “O Brasil tem muita visibilidade e receptividade internacional”, declarou. Segundo ele, a conjuntura atual é a mais favorável. “É preciso estreitar a cooperação das agendas de clima e biodiversidade”, acrescentou.

PARTICIPAÇÃO

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, afirmou que o objetivo é envolver todos os setores para o estabelecimento de novas áreas de proteção e para o funcionamento das que já existem. “Vamos buscar a participação de vários segmentos na criação e na gestão das unidades de conservação”, explicou. Soavinski enfatizou que o diálogo entre os diversos setores será a base do processo.

A inclusão social também está entre os focos de atuação. Base das populações tradicionais, a reserva extrativista foi apontada como uma categoria com esse potencial. “Esse é o modelo para o futuro e, quando bem trabalhado, traz muitos resultados positivos”, explicou a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Juliana Simões. “A área protegida não é um bem apenas para a biodiversidade, é também para água, clima e questões sociais”, listou o secretário de Biodiversidade, José Pedro de Oliveira Costa.

O encontro é promovido pela Secretaria de Biodiversidade do MMA em parceria com o ICMBio. Ocorre durante todo o dia no Centro de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor), em Brasília.

Com informações do MMA.

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