Se gritar preservação não fica um, meu irmão! Reservas indígenas abandonadas no Pará. Cadê as ONGs?

Quinze lideranças de índios da etnia Kayapó saíram do município de Novo Progresso, no meio do mato, e seguiram até o município de Itaituba, mas para o norte, mas ainda no meio do mato, para protestar contra o abandono das aldeias pela Secretaria de Assistência à Saúde do Índio (Sesai) e pela própria Funai (Fundação Nacional do Índio).

Durante mais de três dias, o grupo permaneceu ocupando a sede do Distrito Sanitário Indígena (DSEI) do Tapajós, que também fica no meio do mato, e tiveram sua manifestação reforçada por um grupo de lideranças da etnia Mundurubunda, da região de Jacareacanga, que também fica no meio do mato. Os índios dizem que estão sem assistência nas aldeias e isso estaria provocando a morte de crianças e idosos, acometidos de doenças que poderiam ser combatidas facilmente, como a malária e verminoses.

As lideranças querem uma audiência com alguma autoridade ligada à Presidência da República e que sejam revistas algumas decisões recentes tomadas pela Funai, como a retirada do avião que dava assistência às aldeias e a redução na quota de combustível.

Os indígenas permaneceram em Itaituba, ou seja, no mato mais ao norte, mesmo depois de encerrado o protesto e ameaçam invadir a Sesai e expulsar os funcionários caso nenhuma providência seja tomada.

Este post foi montado com informações do Jornal Diário do Pará, que também fica no meio do mato.

Obs:
O nome correto da etnia mundurubunda é munduruku. Mas no post O novo caminho do blog do Código Florestal publicado ontem eu jurei que não falava mais palavrão aqui no blog.

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