O pé na terra. Se você reparar com cuidado e pela perspectiva certa verá que tem raízes saindo dessa botina. É por essa e por outras razões iguais a essa que este blogger sabe, há tempos, que o Código Florestal é uma lei ruim.
Essa foto foi tirada agora a pouco durante uma visita a um agricultor. Ainda não choveu. Alguns, apostando na chuva, plantam, enquanto outros se recusam a botar semente na poeira. Todos, sem exceção, estão apreensivos. A tendência é de um ano de preços bons, mas a janela de plantio está encolhendo e quando a chuva cair o serviço de meses terá que ser feito em dias e não há absolutamente ninguém acabrunhado. Há muita tensão no ar seco, mas também há muita confiança. Dá gosto de acompanhar esses caras.
Quem, como eu, tem o pé na terra; quem, como eu, conhece quanto custa uma lavoura e a que preço se vende o grão, ou quanto custa uma arrouba de boi e quanto o produtor recebe por ela; quem, como eu, conhece o custo de se recuperar uma floresta nativa plantando e cuidando de múltiplas mudinhas biodiversas e quanto um produtor rural recebe por essa floresta recuperada, sabe que as exigências do Código Florestal são sandices. Não nos fins, que são nobres, mas nos meios não são trilháveis.
A maioria dos ambientalistas radicais, que têm os pés no asfalto e a cabeça na lua, não sabe -- e não se importa em saber -- de nada disso. Eles têm uma noção bastante nítida da necessidade de preservar o meio ambiente e só. Na cabeça sonhática lá deles a necessidade de preservar o meio ambiente é tão premente que os custos e os meios práticos de se fazer isso são desimportantes e é por isso que eles não conseguem preservar nada.
É por essa mania do fundamentalismo ambiental que eles são sempre derrotados em assuntos importantes. As vitórias deles são sempre momentâneas. Duram enquanto o tema não é relevante. Quando a sociedade demanda o recurso ambiental as proteções deles soçobram.
Foi por isso que eles não conseguiram tirar Kyoto do papel, foi por isso que eles perderam em Belo Monte, Jirau, Santo Antônio, Estreito e vão perder em qualquer hidroelétrica, é por isso que eles estão levando o PAC pra casa, é por isso que eles não conseguem reduzir o uso de combustíveis fósseis, e as "soluções" para o aquecimento global vão sempre em busca de capturar o carbono emitido nunca em busca de reduzir as emissões.
Chegará o dia em que a superpopulação, tema que o fundamentalismo ambiental finge que não existe, e a demanda das pessoas por comida fará soçobrar as proteções de brinquedo das ONGs sobre as florestas. Quando esse dia chegar sabe quem vai "salvar o planeta"?
Essa turma aí que o tem o pé na terra. Esse povo chato que se preocupado com custos e receitas, com a maneira de se atingir objetivos e não apenas com o objetivo em si. Esse povo irritante que sabe, quase desde o berço, como plantar, quanto custa uma muda e como cuidar dela. Haverá um dia em que essa gente da terra terá seu valor reconhecido e será o dia em que os fundamentalistas de meio ambiente não mais usarão máscaras.
Bom final de semana e que venha a chuva e cevada.
Essa foto foi tirada agora a pouco durante uma visita a um agricultor. Ainda não choveu. Alguns, apostando na chuva, plantam, enquanto outros se recusam a botar semente na poeira. Todos, sem exceção, estão apreensivos. A tendência é de um ano de preços bons, mas a janela de plantio está encolhendo e quando a chuva cair o serviço de meses terá que ser feito em dias e não há absolutamente ninguém acabrunhado. Há muita tensão no ar seco, mas também há muita confiança. Dá gosto de acompanhar esses caras.
Quem, como eu, tem o pé na terra; quem, como eu, conhece quanto custa uma lavoura e a que preço se vende o grão, ou quanto custa uma arrouba de boi e quanto o produtor recebe por ela; quem, como eu, conhece o custo de se recuperar uma floresta nativa plantando e cuidando de múltiplas mudinhas biodiversas e quanto um produtor rural recebe por essa floresta recuperada, sabe que as exigências do Código Florestal são sandices. Não nos fins, que são nobres, mas nos meios não são trilháveis.
A maioria dos ambientalistas radicais, que têm os pés no asfalto e a cabeça na lua, não sabe -- e não se importa em saber -- de nada disso. Eles têm uma noção bastante nítida da necessidade de preservar o meio ambiente e só. Na cabeça sonhática lá deles a necessidade de preservar o meio ambiente é tão premente que os custos e os meios práticos de se fazer isso são desimportantes e é por isso que eles não conseguem preservar nada.
É por essa mania do fundamentalismo ambiental que eles são sempre derrotados em assuntos importantes. As vitórias deles são sempre momentâneas. Duram enquanto o tema não é relevante. Quando a sociedade demanda o recurso ambiental as proteções deles soçobram.
Foi por isso que eles não conseguiram tirar Kyoto do papel, foi por isso que eles perderam em Belo Monte, Jirau, Santo Antônio, Estreito e vão perder em qualquer hidroelétrica, é por isso que eles estão levando o PAC pra casa, é por isso que eles não conseguem reduzir o uso de combustíveis fósseis, e as "soluções" para o aquecimento global vão sempre em busca de capturar o carbono emitido nunca em busca de reduzir as emissões.
Chegará o dia em que a superpopulação, tema que o fundamentalismo ambiental finge que não existe, e a demanda das pessoas por comida fará soçobrar as proteções de brinquedo das ONGs sobre as florestas. Quando esse dia chegar sabe quem vai "salvar o planeta"?
Essa turma aí que o tem o pé na terra. Esse povo chato que se preocupado com custos e receitas, com a maneira de se atingir objetivos e não apenas com o objetivo em si. Esse povo irritante que sabe, quase desde o berço, como plantar, quanto custa uma muda e como cuidar dela. Haverá um dia em que essa gente da terra terá seu valor reconhecido e será o dia em que os fundamentalistas de meio ambiente não mais usarão máscaras.
Bom final de semana e que venha a chuva e cevada.
Comentários
Você merece!
Mais uma vez felicitações pela clareza e maestria com que trata este tema.
Eu também tenho uma velha botina surrada da lida e entendo de coração tua nobre luta.
Abraço.
Luis Pereira
O reáltico é sempre vencedor quando em contraponto com o sonhático.
Quando a barriga ronca, os verdes somem...
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