O novo rumo do blog do Código Florestal

Dias atrás publiquei um post (Que rumo deve tomar o blog do Código Florestal) no qual pedia aos leitores do blog que me ajudassem a definir que caminho o blog deveria trilhar em relação à forma com que aborda o ambientalismo biocêntrico fundamentalista que domina as discussões ambientais no Brasil. Inseri também no blog uma enquete onde o leitor poderia interagir de forma anônima e objetiva ajudando a definir essa, por assim dizer, melhor forma de abordagem.

Foram 26 comentários com opiniões subjetivas ao post e 74 votos na enquete. Agradeço a todos aqueles que contribuíram com suas opiniões e sugestões.

A interpretação que fiz dos comentários mostra divisão de opiniões, metade acha que devo continuar com o ph baixo e a outra metade acha que devo elevá-lo. Fica um único voto pendendo a balança para a elevação do ph. Já na enquete objetiva a esmagadora maioria (83%) dos votos foi pela manutenção do nível crítico do blog, com 8% pedindo um blog mais teórico e menos maleducado e outros 8% sugerindo que o blog vá para inferno.

Não posso deixar de apontar que os 8% (quase 10%) que sugeriram que o blog fosse para o inferno foram, de longe, os votos mais divertidos. Digressões à parte, após ponderar os comentários e as sugestões de todos, ponderando também as minhas angústias, as pressões que venho sofrendo, o tempo e os meios de que disponho para fazer o blog, eu tomei um decisão.

Pesou muito para minha decisão o artigo de hoje assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Estadão, Crer e Perseverar, tentando apontar um caminho de ação para a oposição no mundo despolitizado de hoje. Gosto de Fernando Henrique Cardoso, apesar de ter sido ele quem, sob certa perspectiva, deu início a toda essa confusão do Código Florestal assinando a Medida Provisória 1.511/96 que alterou a redação da lei e vem sendo provisoriamente empurrada sobre a sociedade até hoje, dezesseis anos depois.

Fernando Henrique conclamou a oposição a "falar à sociedade, com força e veemência, tudo o que se sente [...] Mergulhar nos problemas do povo, falar de modo simples o que sentem e o que se pode fazer. Sem meias palavras e sem insultos. Sem falácia, com muita convicção". Os conselhos seguem e, para além desse recorte, tentarei segui-los aqui no blog aplicando-os ao meu nicho de atuação. Acredito que isso atenderá a todos, desde àqueles que gostam da acidez do blog, até àqueles que preferem algo mais contundente.

Peço entretanto a compreensão de todos porque essa linha de trabalho demanda mais dedicação, mais esmero na preparação dos texto e isso demandará mais tempo e mais esforço da minha parte. É provável que essa nova postura resulte em uma quantidade menor de textos e que assuntos e eventos importantes simplesmente deixem de ser abordados pela falta desses recursos.

Acredito entretanto que a experiência pague a pena.





Comentários