Haverá perdas de áreas agrícolas, afirma relator da reforma do Código Florestal

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O novo relator da reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados, o deputado Paulo Piau, afirma que a conclusão da reforma gerará muitas mudanças para o campo e para a cidade.

"Haverá perdas porque nós iremos resgatar áreas, como por exemplo, reserva legal. O pequeno produtor, de até quatro módulos fiscais, não precisa recompor sua reserva legal. O que estava em 22 de julho de 2008 é o que ficará. Mas o produtor médio e o grande, ele tem que recompor a sua reserva legal. Tem ainda as APPs, que consideramos sagradas. Todos terão a obrigação de buscar de volta essas áreas", afirmou o deputado ao Canal Rural.

Essa foi a grande sacada do deputado Aldo Rebelo. Diante da oneração absurda que o Código Florestal vigente impõe aos produtores rurais em geral, Rebelo, um comunista convicto, desonerou os pequenos. Os grandes, como Blairo Maggi e Roberto Klabin, podem arcar com o ônus da lei e não se importam. Mas os médios produtores continuam sujigados pelo rigor da lei. Só os fundamentalistas de meio ambiente, cegos pelo radicalismo, e a urbe, incauta, não enxergaram.

O novo Código Florestal tenderá a segregar a agricultura brasileira entre grandes produtores agrícolas que preservam florestas, como Maggi, Klabin e Daniel Dantas e pequenos agricultores sem florestas subsidiados pelo Estado.

Como defensor do setor rural que sou, é duro perceber que tínhamos um lei tão ordinária que a perspectiva acima, entendida como o único acordo político possível, ainda nos deixa "feliz".

Em tempo, nunca é demais lembrar que destruir áreas agrícolas para plantar mato sempre foi o sonho dos fundamentalistas de meio ambiente. O ongueiro João de Deus Medeiros, que trabalha no Ministério do Meio Ambiente desde o tempo em que Madre Marina de Xapurpi era ministra, disse no Estadão sobre o Código Florestal vigente: que "se for necessário destruir plantações para recompor florestas, isso será feito.

Aliás, há uma duas semanas eu estava num supermercado em Brasília, trinchando um contra-filé de nelore ao ponto, quando dei de cara com o João de Deus, lépido e lampeiro, passeando pelo local. Pense num contra-filé saboroso!

Comentários

Luiz Prado disse…
Esse debate está fora do lugar! Não se trata de pequenos X grandes ou de médios abandonados. É o CONCEITO DE RESERVA LEGAL que é perfeitamente idiota, exceto para os "gestores" do setor público de meio ambiente e seus periféricos quando servem de intermediários na negociação de áreas dentro de unidades de conservação que são propostas e aceitas como compensação das reservas legais. Ganham um trocado na corretagem. Não estão nem de longe interessados na tal da biodiversidade.
Braso disse…
Continuo com Caiado, não votar agora o código da maneira que esta nos levaria a desobediência civil, ai quem sabe tomamos vergonha na cara para enfrentar essa corja.
SAraujo disse…
acedito que só será possivel um acordo racional, quando explorarmos a maior uantiade e informação possivel. ver o problema ´sob a própria ótica é muito fácil, porém abre-se apenas uma corrente de pensamento para asolução. quando os radicalistas ambientais se colocarem na posição dos produtores e entenderem que não se barra o cresimento economico de um país, e quando os ruralitas egoistas entenderem que não se pode manter uma prdução em um ecossistema linear de fontes esgotáveis, veremos que o problema é bem mais facil resolvido. mas creio que isto está a anos luz da nossa cultura tupiniquim mal formada. pensamos como colonizadores e agimos como colonizados.