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"Haverá perdas porque nós iremos resgatar áreas, como por exemplo, reserva legal. O pequeno produtor, de até quatro módulos fiscais, não precisa recompor sua reserva legal. O que estava em 22 de julho de 2008 é o que ficará. Mas o produtor médio e o grande, ele tem que recompor a sua reserva legal. Tem ainda as APPs, que consideramos sagradas. Todos terão a obrigação de buscar de volta essas áreas", afirmou o deputado ao Canal Rural.
Essa foi a grande sacada do deputado Aldo Rebelo. Diante da oneração absurda que o Código Florestal vigente impõe aos produtores rurais em geral, Rebelo, um comunista convicto, desonerou os pequenos. Os grandes, como Blairo Maggi e Roberto Klabin, podem arcar com o ônus da lei e não se importam. Mas os médios produtores continuam sujigados pelo rigor da lei. Só os fundamentalistas de meio ambiente, cegos pelo radicalismo, e a urbe, incauta, não enxergaram.
O novo Código Florestal tenderá a segregar a agricultura brasileira entre grandes produtores agrícolas que preservam florestas, como Maggi, Klabin e Daniel Dantas e pequenos agricultores sem florestas subsidiados pelo Estado.
Como defensor do setor rural que sou, é duro perceber que tínhamos um lei tão ordinária que a perspectiva acima, entendida como o único acordo político possível, ainda nos deixa "feliz".
Em tempo, nunca é demais lembrar que destruir áreas agrícolas para plantar mato sempre foi o sonho dos fundamentalistas de meio ambiente. O ongueiro João de Deus Medeiros, que trabalha no Ministério do Meio Ambiente desde o tempo em que Madre Marina de Xapurpi era ministra, disse no Estadão sobre o Código Florestal vigente: que "se for necessário destruir plantações para recompor florestas, isso será feito.
Aliás, há uma duas semanas eu estava num supermercado em Brasília, trinchando um contra-filé de nelore ao ponto, quando dei de cara com o João de Deus, lépido e lampeiro, passeando pelo local. Pense num contra-filé saboroso!
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