ONGs europeias em silêncio enquanto fazendeiros europeus lutam para flexibilizar suas leis ambientais

Printscreen da página do The Guardian na web
O jornal britânico The Guardian publicou hoje uma reportagem sobre o risco dos EUA e Europa perderem o domínio sobre o mercado mundial de produtos agrícolas em razão de sua falta de recursos naturais e do crescente poder da China, Rússia e Brasil.

O The Guardian reporta um relatório, encomendado por lideranças agrícolas do Reino Unido, mostrando a agricultura britânica vulnerável e sugerindo um aumento "significativo" na produção para combater a ameaça de perda da influência global. O alerta para o aumento da produção agrícola vem sendo usado pelos agricultores para pressionar o governo a relaxar as leis de proteção ambiental.

O relatório produzido pelo Scottish Agricultural College, diz que o "poder" geopolítico de Reino Unido deve-se à influência contínua e forte nos mercados de exportação e importação, mas esse poder está ameaçado pela falta de terras para expansão horizontal da produção o que deixa o país refém de constantes aumentos de produtividade para manter seu lugar na mesa. O relatório foi encomendado para a Oxford Farming Conference, que começou ontem e representa grupos de agricultores e o lobby agrícola.

Cedric Porter, presidente da conferência anual deste ano em Oxford, sugeriu uma revisão das propostas atuais de se reservar 7% de cada fazenda para proteção ambiental e o plantio por cada produtor de pelo menos três produtos em cada safra para quebrar os efeitos de grandes monoculturas. Agricultores de lá não querem restrições ambientais. "Se nós estamos levando dinheiro público há a obrigação de gasta-lo de uma maneira ambientalmente correta, mas é preciso fazer isso de forma correta, disse Porter. Os produtores do reino unido acham que as leis ambientais são apenas enfeite e pouco eficazes na proteção ambiental.

É a agricultura europeia SUBSIDIADA tentando se livrar de restrições ambientais muito menos do que as nossas e o Greenpeace-WWF mobilizando a opinião pública do mundo para que a agricultura SEM SUBSÍDIO do Brasil assuma custos muito maiores de proteção ambiental. Assim caminha a humanidade.

Leia o artigo do The Guardian na íntegra em inglês.

Comentários

Luiz Prado disse…
E note-se que lá os 7% de algo similar à reserva legal é apenas uma proposta.. que evidentemente não passará. E o Greenshit não falará NA-DA! A franchise inglesa dessa ONG está mais preocupada em "camisinhas sustentáveis". Já o WWF-US - que é a sede de fato - NUNCA proporia NA-DA similar às reservas legais nos EUA. Eles não são tão otários. Propõem isso em países de economia periférica e que ameaçam à sua agricultura.
jerson disse…
Antes de mais nada desejo a vcs.Ciro e Prado e a toda suas familias um ótimo ano repelto de saude e conquistas. a respeito do assunto, acabo de conversar com um amigo na Flórida que planta frutas e o mesmo me disse a mesma coisa, o Estados Unidos esta perdendo o posto de maior produtor de alimentos, o DAEU orgão de agricultura americano até apóia veladamente os agricultores nas suas investidas nos desmatamentos para ampliar a área de plantio
Braso disse…
Quanto mais tenho informação da intenção dos países do primeiro ou ex-primeiro mundo em destruir nossa agricultura usando os celerados entreguistas capitaneados pela marina do mogno oco, aumenta minha disposição de lutar pelo nosso pais contra esses brasileiros vira-latas.