Sobre a entrevista de Aldo Rebelo no Roda Viva

Falou-se pouco sobre o Código Florestal. Os jornalistas ignoram quase completamente o tema, fizeram perguntas gerais e ambíguas e dificultaram a objetividade nas respostas. Perderam uma grande chance de esclarecer a sociedade urbana. O único representante do setor rural na bancada, o André Nassar, do Ìcone, fez o que ele faz no Icone: assistiu o debate e exibiu o topete, não fez uma única pergunta sequer.

Fiquei com a impressão que foi combinado. A bancada do Roda Viva se reuniu antes e combinou: "vamos falar rapidamente sobre o Código Florestal e vamos migrar pra amenidades. Vai ser melhor, para nós e para as ONGs" O próprio Aldo Rebelo, ao final, reconheceu que o debate talvez tenha falhado em abordar temas importantes da relação entre o meio ambiente e o homem em nossa sociedade.

Me impressionou também o silêncio das "redes sociais" sobre o programa. Nenhum dos ambientalistas que sigo no twitter postou seque um único comentário. Os verdes se esmeram em criticar e bradar contra quem é frágil e despreparado, mas se retiram das redes para não dar "ibope" ao Aldo Rebelo. Sabem que ele está certo e é melhor esconder do que confrontar diretamente.

Mas eu só "um samba de uma nota só". Pra mim se não for sobre o Código Florestal está ruim. Talvez a entrevista tenha feito jus, não ao debate sobre o Código Florestal, mas ao Aldo Rebelo enquanto político, enquanto homem público.

Resumo da ópera: parabéns ao Aldo e vaias ao diletantismo e despreparo da bancada.

Comentários

Braso disse…
Assisti a entrevista, estava ansioso para ver se as perguntas dos jornalistas sobre o código fossem inteligentes e esclarecedoras,fiquei decepcionado com o despreparo dos entrevistadores sobre o código, Aldo fez o que pode para tolerar tanta ignorância no assunto, no mais o restante da entrevista, mostrou um cidadão brasileiro preparado e acima culturalmente dos entrevistadores, lamentavelmente não tenho mais nada a dizer.
Luiz Henrique disse…
A entrevista foi conduzida por quem não entende nada do assunto, a única ligação que tem com o interior é o nome, acho que antes deveriam estudar a matéria para respeitar o espectador, dois da bancada eram um jornalista que gosta de agronomia e um agrônomo que gosta de jornalismo. O despreparo dos entrevistadores foi notório.