Datafolha, Código Florestal, ONGs e Democracia

Pesquisa sobre a reforma do Código Florestal contratada por seis ONGs ambientalistas: Amigos da Terra, Imaflora, Imazon, ISA, SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil, tenta dirigir a opinião pública. Sob contrato das ONGs o Datafolha ouviu por telefone 1.286 pessoas entre os dias 2 e 7 de junho.

De acordo com a pesquisa apenas 6% dos entrevistados se declararam bem informados sobre o assunto. Os outros 94%, ou estavam mais ou menos informados sobre o assunto, ou tinham ouvido falar mas estavam desinformados sobre o assunto, ou não tinha a menor idéia do que se tratava. Ainda assim todas as respostas foram computadas.
Veja no gráfico acima que só 6% dos entrevistados sabiam do estavam falando.
O gráfico é parte do material da pesquisa.
(clique na imagem para ver ampliada)

Mas isso talvez não seja o pior. 93% das pessoas ouvidas por telefone pelo Datafolha são pessoas que vivem nas cidades para as quais os problemas de aplicação do Código Florestal são abstratos. 59% das pessoas ouvidas vivem na região Sudeste.
A montagem das perguntas foi feita para induzir o entrevistado -- uma pessoa urbana, distante dos problemas de aplicação do Código Florestal e que desconhece o tema -- a se posicionar contrariamente ao Código Florestal. Veja por exemplo a seguinte pergunta que fez parte da pesquisa: Você é a favor ou contra que esses proprietários de terra sejam isentos de recuperar as áreas desmatadas? 77% dos entrevistados responderam que são contra. Quem se colocaria contra a recuperação de áreas desmatadas? É obvio que pondo a pergunta dessa forma a resposta sairia de acordo com os interesses dos contratantes da pesquisa.

Essa pesquisa de opinião tem objetivos colaterais. A ONGs sabem que não têm como barrar a reforma do Código Florestal. O texto de Aldo Rebelo, aprovado na Câmara, não pode ser modificado de forma significativa no Senado porque, ser sofrer alterações, voltará para a apreciação da Câmara e ninguém, nem as ONGs, querem isso. As ONGs sabem portanto que o Congresso Nacional, o Legislativo brasileiro, um dos pilares da nossa democracia, aprovará a reforma do Código Florestal.

Depois da divulgação de pesquisa, o ambientalista Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Onça na Amazônia Brasileira, uma das ONGs que pagou o Datafolha, disse o seguinte a jornalistas do Estadão: "Os resultados são expressivos e mostram uma grande contradição entre o País real e o País que legisla na Câmara dos Deputados". Hoje, o ambientalistas Paulo Barreto, do Imazon, outra das ONGs que contrataram o Datafolha, disse o seguinte no twitter: "Pesquisa Datafolha sobre Código Florestal indica que Câmara está desconectada do povo. O Senado representará o povo?"

Dias antes, Marina Silva lançou uma campanha para coleta de assinaturas contra a decisão soberana do Congresso Nacional. “A mentalidade dos brasileiros é melhor do que a do Congresso que votou esse projeto”, disse Marina. A atriz Cristiane Torlone, que participou do lançameto dessa campanha junto Marina disse que a intenção da campanha é "convencer aqueles que têm de ser convencidos e de constranger aqueles que têm de ser constrangidos”, disse se referindo ao Legislativo.

Essa pesquisa do Datafolha, paga por um grupo de ONGs, tem o claro objetivo de fragilizar a decisão do Congresso Nacional que eles sabem que não têm como evitar. As ONGs pretendem jogar sobre a decisão soberana do Congresso a suspeição de que seria um decisão contrária à vontade do povo. Eles estão centrando as baterias em forçar a Presidente da República a vetar o Legislativo. As ONGs estão pondo em cheque nossa democracia como meio para alcançar o fim de barrar a reforma do Código Florestal.

Acorda Sociedade. Não fique do lado de quem trata nossa democracia dessa forma irresponsável. O relatório do Aldo não destruirá o meio ambiente, mas fortalecerá a agricultura. É tudo o que as ONGs não querem. Acesse a pesquisa completa clicando aqui.

Comentários

Luiz Henrique disse…
Eu não me conformo com o caminho tomado pelo Brasil, não me conformo com o próprio Governo impor diferenças regionais, acho um absurdo o que esta sendo feito com os amazonidas, como se pudesse existir brasileiros de primeira ou segunda classe, não me conformo com políticos que ajudam a engessar o desenvolvimento de seus estados e uma população humilhada e calada.
Parece que ninguém esta percebendo que o que esta realmente por traz disso é a pretensão externa de internacionalização da Amazônia.
Quem viver verá!
Preservação sim; mas com desenvolvimento e soberania nacional!
Observação: Sou do Sudeste, mas antes de tudo, brasileiro.