Na última sexta feira houve uma audiência púbica no Senado para discutir o Código Florestal. Convidada, a CNA mandou um assessor técnico da Comissão de Meio Ambiente representar a instituição. Depois da audiência o jornalista Mauro Zanatta, do jornal Valor Econômico, postou no twitter que o Senador Jorge Viana, relator do Código Florestal no Senado, reclamou da apresentação da CNA.
Jorge Viana não gostou das críticas que a CNA fez ao trabalho do Ipea (saiba mais aqui) e ao relatório da Sociedade Brasileira para a Conservação dos Paradigmas (saiba mais aqui). Viana não quer clima de disputa nos debates do Senado. Prefere trabalhar sem pressão, o malandrinho.
Mas o que ele está exigindo da CNA é impossível. Não há como dizer que um cientista sofismou de forma educada. A educação se perdeu quando a impostura científica foi cometida. Não há como dizer isso de outra forma.
Sobre a forma como cientistas mentem recomendo dois livros extremamente divertidos. Não me lembro de ter me divertido tanto lendo um livro como quando li A Impostura Científica em Dez Lições, de Michel de Pracontal. Recomendo também outro livro sobre o mesmo tema, também muito divertido, porém mais denso: Imposturas Intelectuais, de Alan Sokal. Os dois livros mostram como se pode ser facilmente ludibriado a enxergar cientistas onde há apenas chalatões. Vem bem ao caso do que fizeram o Ipea e a SBCP.
Se não há como dizer que um cientista cometeu uma impostura mansamente, não há como comentar os textos do Ipea e da SBCP sobre o Código Florestal sem dizer que os charlatões cometeram impostura intelectuais como as definem Sokal e de Pracontal.
Eu até acho que Jorge Viana tem razão em clamar por um debate menos tenso no senado, mas não é possível exigir que nos calemos sobre os sofismas e as imposturas científicas que o fundamentalismo ambiental, o jornalismo vendido e os defensores de paradigma moribundo vêm lançando sobre o Código Florestal. Tampouco podem os produtores rurais permanecerem passivos enquanto um distensionado Senado desfigura as vitórias obtidas na batalha Câmara dos Deputados. Se Jorge Viana não suporta um debate tencionado que vá fazer tricô.
Ao longo dessa semana Jorge Viana deve ir até a CNA conversar sobre o interesse dos produtores no texto que ele relatará. Sugiro um voto de confiança a ele, mas com a ressalva e o reforço de que o voto é de confiança não de submissão. Se Viana tentar prejudicar os produtores rurais, ele que sustente as consequências.
Parafraseando o Capitão Rodrigo Cambará em O Tempo e o Vento: "Buenas e me espalho. Nos pequenos dou de prancha e nos grandes... dou de talho."
Jorge Viana não gostou das críticas que a CNA fez ao trabalho do Ipea (saiba mais aqui) e ao relatório da Sociedade Brasileira para a Conservação dos Paradigmas (saiba mais aqui). Viana não quer clima de disputa nos debates do Senado. Prefere trabalhar sem pressão, o malandrinho.
Mas o que ele está exigindo da CNA é impossível. Não há como dizer que um cientista sofismou de forma educada. A educação se perdeu quando a impostura científica foi cometida. Não há como dizer isso de outra forma.
Sobre a forma como cientistas mentem recomendo dois livros extremamente divertidos. Não me lembro de ter me divertido tanto lendo um livro como quando li A Impostura Científica em Dez Lições, de Michel de Pracontal. Recomendo também outro livro sobre o mesmo tema, também muito divertido, porém mais denso: Imposturas Intelectuais, de Alan Sokal. Os dois livros mostram como se pode ser facilmente ludibriado a enxergar cientistas onde há apenas chalatões. Vem bem ao caso do que fizeram o Ipea e a SBCP.
Se não há como dizer que um cientista cometeu uma impostura mansamente, não há como comentar os textos do Ipea e da SBCP sobre o Código Florestal sem dizer que os charlatões cometeram impostura intelectuais como as definem Sokal e de Pracontal.
Eu até acho que Jorge Viana tem razão em clamar por um debate menos tenso no senado, mas não é possível exigir que nos calemos sobre os sofismas e as imposturas científicas que o fundamentalismo ambiental, o jornalismo vendido e os defensores de paradigma moribundo vêm lançando sobre o Código Florestal. Tampouco podem os produtores rurais permanecerem passivos enquanto um distensionado Senado desfigura as vitórias obtidas na batalha Câmara dos Deputados. Se Jorge Viana não suporta um debate tencionado que vá fazer tricô.
Ao longo dessa semana Jorge Viana deve ir até a CNA conversar sobre o interesse dos produtores no texto que ele relatará. Sugiro um voto de confiança a ele, mas com a ressalva e o reforço de que o voto é de confiança não de submissão. Se Viana tentar prejudicar os produtores rurais, ele que sustente as consequências.
Parafraseando o Capitão Rodrigo Cambará em O Tempo e o Vento: "Buenas e me espalho. Nos pequenos dou de prancha e nos grandes... dou de talho."
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