Chantagem internacional: Cientista ligado a ONG tenta jogar o mundo contra o Brasil

O pesquisador da USP, Luiz Antonio Martinelli, que preside o Conselho da ONG ambientalista IPAM, publicou uma carta na edição de 30 de junho da revista científica internacioau Nature. Na texto, intitulado “Mudanças cruciais ao Código Florestal”, Martinelli destila vários sofismas sobre o atual processo de modernização da lei e, pior, esconde as razões que impõem essa modernização. O pesquisador faz parecer que o Brasil está tentado mudar a lei por mero capricho.

Martineli tenta aterrorizar o leitor estrangeiro sugerindo que as mudanças do Código Florestal levarão à destruição da Amazônia e não diz palavra sobre o fato de que as mudanças afetam mais o o Brasil não amazônico do que à Amazônia. “Os esforços do governo para reduzir o desmatamento na Amazônia seriam em vão", aterroriza Martinelli na carta. O pesquisador tenta ainda ligar a indústria do etanol ao desmatamento da Amazônia numa clara tentativa de intimidar o setor e afastá-lo do apoio aos produtores rurais.

Leia a íntegra da carta:

Mudanças cruciais ao Código Florestal

No mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou mudanças profundas ao Código Florestal brasileiro, um conjunto de leis destinadas a regulamentar o uso da terra no país. Tais mudanças colocam em risco os ecossistemas [nacionais] e possibilitam o desmatamento de aproximadamente 20 milhões de hectares a mais do que o previsto no Código Florestal original, de acordo com estimativas de Gerd Sparovek, da Universidade de São Paulo.

O Senado brasileiro deve aproveitar esta última oportunidade para vetar as mudanças propostas, as quais aumentariam substancialmente as emissões de carbono. Assumindo que metade da floresta afetada recentemente (10 milhões de hectares) será entregue à agricultura e que a biomassa média de carbono na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado é de 50 megagrams por hectare, as emissões equivaleriam a cerca de 500 teragramas de carbono – para além dos 100 – 300 Tg resultantes das atividades de desmatamento na Amazônia anualmente.

Os esforços do governo para reduzir o desmatamento na Amazônia seriam em vão, assim como os investimentos feitos na indústria do etanol para um ambiente mais limpo. O compromisso do Brasil com o meio ambiente [também] perderia credibilidade no plano internacional, fazendo com que os países desenvolvidos aumentem os impostos de importação para os produtos agrícolas brasileiros, tornando-os menos competitivos. Consequências dessa gravidade contrabalanceariam quaisquer ganhos a curto prazo dos setores agrícolas brasileiros que possam resultar das alterações ao Código Florestal.

Luiz Antonio Martinelli, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Piracicaba, São Paulo, Brasil.

---------------------------------------- Em tempo, repare que o pesquisador confunde deliberadamente a dispensa de recuperação de Reserva Legal prevista no Relatório Rebelo com liberação de desmatamento e usa esse sofisma para dizer que o texto levará a destruição de 20 milhões de hectares. É mentira. O texto aprovado na Câmara não libera o desmatamento de um único hectare além do já permitido na lei atual. O pesquisador usa ainda o mesmo sofisma para dizer que o texto de Aldo Rebelo agravará o aquecimento global, o que também é mentira uma vez que o texto não autoriza desmatamento novo.

O movimento ambiental se aproveita do fato de que o público estrangeiro entende pouco do assunto para tentar manobrar a opinião internacional contra o atual processo de modernização da lei. Não se importam nem de sabotar setores importantes, e sustentáveis, da nossa economia como a produção de etanol.

Essas cartas não podem ficar sem resposta. Alô Marcos Jank, alô Katia Abreu, alô Aldo Rebelo!!

Comentários

Luiz Prado disse…
A dúvida é só se esse moleque de recados já arranjou ou está tentando arranjar uma boquinha.
Braso disse…
Se nossas lideranças rurais não combaterem esses safados e bandidos brasileiros, o deputado Aldo sozinho não segura o rojão, vamos continuar unidos e participativos, principalmente comentando e postando em toda mídia.