A capacidade de alguns jornalistas de falar bobagem sobre o Código Florestal é surpreendente. Vejam essa do Estadão. A "jornalista" Andrea Vialli abre assim a matéria:
"A possibilidade prevista na reforma do Código Florestal de desobrigar as propriedades de até 4 módulos fiscais de manter áreas de reserva legal está causando uma corrida aos cartórios para fracionar as propriedades em glebas menores."
Daí, mais abaixo, a jornalista diz que todos os pedidos de desmembramento foram negados e, ao entrevistar um cartorário, a jornalistas ouviu e escreveu o seguinte:
"Neguei os pedidos porque o Estatuto da Terra proíbe o desmembramento para a formação de minifúndios sem a apresentação da escritura"
Entenderam? Não há desmembramento nenhum. Não há porque é ilegal, a lei já proíbe. O Estatuto da Terra (Lei 4.504), a lei de Registro Públicos e a Lei 10.267 tornam impossível desmembrar imóveis com esse objetivo.
A manchete é "Proprietários dividem imóveis rurais para driblar a obrigação de preservar". Ao afirmar que o texto de Aldo Rebelo esta levando ao desmembramento de imóveis para evitar a recomposição de Reserva Legal é mais um sofisma, uma mentira com tintura de verdade, de Andrea Vialli.
É bem possível que produtores rurais estejam procurando os cartórios para tentar se livrar do ônus de preservar sozinhos o 1/2 ambiente. O texto de Aldo Rebelo deixa claro que só estarão isentas da necessidade de recuperação áreas desmatadas antes de 2008. O Estadão poderia ter usado a matéria para esclarecer os produtores rurais e a sociedade sobre isso, mas preferiu mentir.
Sinceramente eu ainda não consegui chegar a uma conclusão sobre se os jornalistas sofismam assim por mera ignorância ou é por má fé mesmo. De qualquer maneira, um jornalista que mente, seja por ignorância, seja por má fé, merece pouco respeito.
"A possibilidade prevista na reforma do Código Florestal de desobrigar as propriedades de até 4 módulos fiscais de manter áreas de reserva legal está causando uma corrida aos cartórios para fracionar as propriedades em glebas menores."
Daí, mais abaixo, a jornalista diz que todos os pedidos de desmembramento foram negados e, ao entrevistar um cartorário, a jornalistas ouviu e escreveu o seguinte:
"Neguei os pedidos porque o Estatuto da Terra proíbe o desmembramento para a formação de minifúndios sem a apresentação da escritura"
Entenderam? Não há desmembramento nenhum. Não há porque é ilegal, a lei já proíbe. O Estatuto da Terra (Lei 4.504), a lei de Registro Públicos e a Lei 10.267 tornam impossível desmembrar imóveis com esse objetivo.
A manchete é "Proprietários dividem imóveis rurais para driblar a obrigação de preservar". Ao afirmar que o texto de Aldo Rebelo esta levando ao desmembramento de imóveis para evitar a recomposição de Reserva Legal é mais um sofisma, uma mentira com tintura de verdade, de Andrea Vialli.
É bem possível que produtores rurais estejam procurando os cartórios para tentar se livrar do ônus de preservar sozinhos o 1/2 ambiente. O texto de Aldo Rebelo deixa claro que só estarão isentas da necessidade de recuperação áreas desmatadas antes de 2008. O Estadão poderia ter usado a matéria para esclarecer os produtores rurais e a sociedade sobre isso, mas preferiu mentir.
Sinceramente eu ainda não consegui chegar a uma conclusão sobre se os jornalistas sofismam assim por mera ignorância ou é por má fé mesmo. De qualquer maneira, um jornalista que mente, seja por ignorância, seja por má fé, merece pouco respeito.
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