Trabalho escravo no Ibama

Oito trabalhadores, funcionários do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama no Rio Grande do Norte estão contaminados por doenças devido às péssimas condições de trabalho. Os funcionários têm contato direto com os animais silvestres apreendidos e abrigados no Centro de Triagem. Todos estão infectados com leptospirose e alguns com toxoplasmose. Três exames já foram realizados nos servidores, desde o início do ano, e a cada amostra o número de acometidos pelas doenças aumenta.

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) interditou a área dos animais no mês passado. Segundo o chefe de gabinete do Ibama, Luiz Bonilha, o órgão conseguiu uma liminar na Justiça Federal para reabrir o setor e os funcionários continuam trabalhando. O Ibama recomendou que funcionários procurassem um médico particular.

O Problema foi descoberto por acaso durante o trabalho da pesquisa de professora universitária com primatas apreendidos, Debora Rochelly, da Universidade Federal de Pernambuco. O trabalho de pesquisa tinha como foco avaliar as condições de saúde dos primatas em cativeiros, mas recolheu também amostras de sangue dos humanos que tomavam conta desse animais.

Em tempo, por muito menos do que isso produtores rurais são acusados pelo Ministério Público do Trabalho de submeterem trabalhadores a trabalho análogo a escravidão, mas até o momento o Ministério Público ainda não se pronunciou quanto aos escravos do Ibama.

Cadê o Ministério Público do Trabalho? Fosse numa fazenda o proprietário estaria preso e execrado publicamente. Quem garante que a situação não é a mesmas nos outros centros de triagem do Ibama espalhados pelo Brasil onde trabalhadores são submetidos às mesmas condições de trabalho?

Comentários

Luiz Prado disse…
Assim são os tais "centos de triagem" no Brasil. Igualzinho ao sistema penitenciário? Servem para "dar a impressão".