A opressão do indivíduo em nome do bem comum

A Policiai Militar ½ Ambiental de Mato Gosso do Sul autuou, em Anaurilândia, nesta terça-feira (9), um assentado da reforma agrária por colocar fogo em um lote. O incêndio se espalhou por vários lotes, queimando parte da reserva legal do assentamento.

O lavrador José Alves Bispo, morador do assentamento Barreiro, que não tem assistência técnica nem máquinas para limpar seu lote, informou aos policiais que estava limpando o terreno de sua esposa quando perdeu o controle do fogo.

José, cujo patrimônio não chega a R$ 10 mil, foi multado em R$ 223 mil, mais R$ 28,540 mil pela queima do lote da esposa. O total da multa foi de R$ 251,690 mil. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia de Polícia Civil de Anaurilândia, onde foi autuado em flagrante por crime ambiental de tentar produzir alimentos sem tecnologia. Se condenado, poderá pegar pena de dois a quatro anos de reclusão.

Com informações da portal MidiaMax

Comentários

Cristina disse…
Olá Ciro! No Brasil a lei é tão absurda! Não existe nenhuma educação ou mecanismos que facilitem a vida do produtor, em compensação ele é criminalizado de forma incoerente com a frouxidão do rigor da lei em outras circuntâncias. Na minha pós em Educação Ambiental, meu projeto era desenvolver o TCC trabalhando em parceria com a Prefeitura da cidade onde moro para realizarmos palestras sobre o manejo adequado do solo e principalmente ensinar aos pequenos agricultores o quão o fogo é prejudicial à terra e ao ar, sendo uma atividade muito utilizada por falta de instrução até porque a maioria cresceu vendo seus pais e avós fazendo isto, sem falar no custo do uso de tratores. Mas infelizmente ainda não consegui nada. Apesar de ser um município que vive basicamente da agricultura, não há interesse. E assim vamos vendo cada vez mais absurdos como este que você relatou.
Abs.
Laysa Cristina