Vem aí a maior ONG do mundo

Organização Mundial para o ½
Ambiente, ou, simplesmente, o
Saturno de Goya.
Diante da iminência de um retumbante fracasso na Conferência Rio+20 os ambientalistas tentam desesperadamente arranjar alguma coisa que cole para não sair com uma mão na frente e um dedo atrás. Diante desse desespero cresce a possibilidade de criação da Organização Mundial para o Meio Ambiente, uma espécie de super ONG.

Segundo Nathalie Kosciusko-Morizet, ministra da Ecologia da França, mais de 100 países já apoiam o Saturno goyano. A ministra fez essa declaração durante um discurso na conferência internacional sobre a preparação para a Rio +20, em Paris, diante de representantes do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA), da OECD e de mais de vinte países, além de empresários e ONGs.

“Os vinte anos que seguiram após a Eco 92 não apresentaram avanços significativos em direção à sustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento. A Rio +20 não será um sucesso se não propusermos uma reforma da governança mundial e o reforço do seu pilar ambiental”, enfatizou Nathalie. Repare no eufemismo para fracasso usado pela Ministra da Ecologia francesa.

Segundo a proposta atual, a maior ONG do mundo auxiliaria na implementação de padrões ambientais globais, incluindo nas discussões e ações os movimentos sociais e as empresas, leia-se as pequenas ONGs convencionais.

A maior ONG de ½ ambiente
do mundo, ou, simplesmente,
o Saturno de Peter Paul
Rubens
"O novo capitalismo que emergir da crise precisa ser ambiental, ou não será novo", disse Nathalie, sem deixar muito claro de que crise ela estava falando. A ministra enxerga que a princípio a mãe de todas as ONGs deva ser um "local de acolhimento de todos os secretariados dos acordos multilaterais sobre o meio ambiente". Após esta primeira fase, ela disse, em entrevista ao jornal Metro France, que apoia o estabelecimento de um órgão institucionalmente mais poderoso, "que lute contra o dumping ecológico e possa impor sanções", disse Nathale sonhando com o maior Ibama do mundo.

A França já havia encabeçado uma iniciativa similar em 2007, quando o presidente Jacques Chirac, aquele que disse o Brasil estava engando se achasse que a Amazônia era brasileira, lançou a primeira ideia com o apoio de cerca de 60 países. Na época, a proposta era criar um sistema ao modelo da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o poder até de impor sanções. Porém, Nathalie ponderou que não seria possível obter maioria com tal sistema.

Comentários

Luiz Prado disse…
Mercadores de ilusões, sempre existiram.

Ela ficará falando sozinha.

Já para uma graduada fonte do Pentágono - segundo o New York Times - "é muito engraçado ver pessoas que não têm qualquer noção de geo-políticas, de segurança energética, ou de finanças, tentando falar sobre acordos que envolvem esses assuntos".

Ela vai querer criar uma super ONG zumbientalista que passe por cima da ONU, da OTAN, das jazidas de petróleo e gás, dos bancos centrais...

Deve estar querendo cabalar uns votinhos.

Mercadora de slogans, apenas!
"A era da comida barata acabou", afirma Paul Polman presidente da Unilever
Leia na íntegra em www.agrosoft.org.br/agropag/220607.htm

Os líderes mundiais reunidos para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ouviram no dia 25 de janeiro de 2012 do presidente da Unilever, Paul Polman, que ocupa também a presidência da força tarefa do G20 para segurança alimentar e agricultura, que a missão de oferecer comida para a população mundial ficará cada vez mais difícil. "A era da comida barata acabou. Estimo que os preços de todos os alimentos devem subir ao menos 2% ou 3% no decorrer de 2012", afirmou Polman.
Unknown disse…
Isso aí, se acontecer, vai ser só o que já acontece mostrado às claras... Governos, regiões, países a mercê de uma meia dúzia de "iluminados" que querem salvar o mundo... Não entendem que o mundo por si só se resolve e trata dos seus problemas. Idiotas não percebem que quem realmente precisa de ajuda é o próprio Homem Sábio. Todos idiotas com um montão de mais idiotas ainda comprando a suas drogas.
Flávia e Wagner disse…
Concordo com Luiz e William, uma mistura de ilusão com alucinação, próprias da loucura e do vicio em drogas alucinógenas.

O mundo produtor de tecnologia não é o Brasil e eles sabem que não precisam de uma superong ou ong gigante ou ong mundial, sei lá.

O Brasil não é o mundo e não basta, apenas, analisarmos a luta dos "a favor" e dos "contra" o Código florestal, devemos entender o real objetivo da formação dos corredores ecológicos (Mata Atlântica, Cerrado, Mantiqueira, Caatinga, outros); Devemos entender porque o CONAMA muda leis através de resoluções, isso mesmo, senhores, muda leis, alterando a faixa de Restinga e outros; Devemos entender a crescente demarcação de terras indígenas e, agora, o poder que a FUNAI terá, concedendo ou não anuência aos projetos que possam afetar as comunidades indígenas (FUNAI - Instrução Normativa 01, de 09/01/2012).

E o PAC? E o preço dos alimentos? Como diz o competente filósofo/professor da UFRGS Prof. Dr. Dennis Rosenfield sobre a IN 01, de 09/01/2012: "Parece que existem dois governos no Brasil".

Wagner Salles