O Ibama deflagrou na manhã da última segunda-feira, 20 de novembro, uma grande operação na região sul do estado de Mato Grosso do Sul A operação batizada de Deriva 2 visa combater a aviação agrícola no estado. Vários órgão de repressão atuam junto com o Ibama procurando por toda e qualquer irregularidade que possa retirar os aviões de operações. A ação é semelhante àquele realizada pelo Ibama no Rio Grande do Sul que resultou na suspensão de várias aeronaves e milhões em multas.
Três equipes fazem diligências em hangares nas cidades de Rio Brilhante, em Ponta Porã e em Aral Moreira. A ação coordenada já resultou na interdição de oito aeronaves agrícolas no estado.
Em Ponta Porã, a força-tarefa autuou uma empresa em R$ 1,6 milhão por utilizar "produtos perigosos" e por prestar informação omissa em processo administrativo. Duas aeronaves foram interditadas.
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Já em Rio Brilhante, a fiscalização interditou cinco aeronaves de três empresas. Elas são investigadas por pulverização agrícola sem a devida licença, documentos aeronáuticos vencidos, ausência de receituários agronômicos nos relatórios de pulverização e falta de pátio de descontaminação, entre outras irregularidades encontradas pela força tarefa.
Por fim, em Aral Moreira, uma empresa teve uma aeronave interditada. As equipes também constataram que o abastecimento das aeronaves era feito por funcionários sem treinamento e que não recebiam adicional de periculosidade. Além disso, as instalações elétricas encontravam-se em condições precárias e o descarte de resíduos ocorria sem observância às normas de saúde, higiene e segurança dos trabalhadores.
A ação do Ibama integra uma série de fiscalizações ambientais conjuntas previstas para Mato Grosso do Sul. A intenção dos órgãos integrantes do grupo é, claramente, dificultar a utilização da aviação agrícola na agricultura alegando danos ambientais e à saúde da população.
Além do Ibama, participam da operação o Ministérios Públicos Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS), a Polícia Militar Ambiental (PMA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECO) e Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Governo Federal e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul (Iagro).
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Comentários
Mas ir atrás dos impostos atrasados não pagos pela indústria de bebida e cigarro, isso ninguém vai.
Pelo contrário, querem perdoar as dívidas.
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