Miséria Sustentável: Amapá foi o estado que teve o maior recuo do PIB no Brasil em 2015


O Amapá foi o estado que teve o maior recuo no volume do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o país no ano de 2015 comparado ao ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mudanças nos setores produtivos e da indústria provocaram a maior parte do decréscimo de-5,5%, que totalizou um valor corrente de R$ 13,8 bilhões.

A queda do índice econômico foi generalizada e atingiu todos os estados do país pela primeira vez desde 2002. Considerando todas as regiões, o encolhimento do PIB foi de 3,5% no Brasil. Os dados foram divulgados na quinta-feira (16).

A Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) informou que a mudança de espécie explorada pela multinacional Amcel na silvicultura, a recontagem do rebanho agropecuário, a paralisação das atividades da mineradora Zamin e a ligação do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que reduziu a produção de energia termelétrica em 132,31%, contribuíram para a recessão. Apesar disso, a pasta indica que já há indícios de recuperação do PIB em 2017.


Com 0,2% de participação no índice brasileiro, o Amapá lidera o ranking entre os estados, seguido por Amazonas (-5,4%) e Rio Grande do Sul(-4,6%). Na outra ponta, aparecem Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%) com as menores quedas.

“O Amapá teve um problema na exportação de minério, um problema no porto, e isso gerou efeito em todas as outras atividades do estado”, ressaltou o gerente de Contas Regionais do instituto de pesquisa, Frederico Sergio Cunha, ao portal de notícias G1.

Para o economista e secretário de Estado do Planejamento, Antônio Teles Júnior, o índice é reflexo das mudanças enfrentadas pelo estado nos setores produtivo e da indústria, seja público ou privado. “Houve uma queda no PIB, com variações nos setores acima de 50%”, comentou Teles.

A pesquisa “Contas Regionais”, que divulga dados relacionados ao PIB, é feita pelo IBGE em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). No Amapá, os dados foram fornecidos pela Seplan.

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