O desmatamento na Amazônia no mês de julho deste ano apresentou um aumento de 93% em relação ao mesmo mês de 2008. Foram desmatados 53.200 ha contra 27.600 ha do ano anterior. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta segunda-feira pelos amazonólogos do Instituto do Homem e ½ Ambiente da Amazônia, o Imazon.
O Estado que teve a maior área desmatada foi o Pará, com 70% do total, sendo que ele (o desmatamento) se concentrou, principalmente, na área de influência da BR-163 (rodovia Santarém - Cuiabá). A mesma região assolada pelos soldados do Gal. Minc e a Operação Boi Pirata II já mencionada neste blog. Forte indício da (in)eficácia do enforcement pirotécnico estatal.
Segundo os amazonólogos do imazon, o grande aumento no desmatamento contabilizado no mês de julho pode não ter ocorrido no mês de julho. Isso, principalmente, por causa das nuvens excessivas nos meses anteriores. “Aproximadamente 55% do desmatamento detectado em julho de 2009 corresponderam a áreas que estavam cobertas por nuvens no meses de maio e junho de 2009”, confessa o órgão.
Esse efeito é conseqüência direta das limitações tecnológicas da amazonologia moderna, os satélites não vêem através das nuvens. Logo, quando há muitas nuvens o desmatamento cai, quando as nuvens dispersam o desmatamento aumenta, deixando clara a relação inversa entre o desmatamento e a cobertura de nuvens regional. O que a reserva legal de 80% tem a ver com isso a amazonologia ainda não descobriu, sabe de antemão entretanto que tem que ser 80%.
Em termos de situação fundiária, sabe-se que 36% do desmatamento detectado em julho ― mas que não ocorreu em julho ― ocorreu em Unidades de Conservação públicas, Assentamento da emenda agrária pública ou em terras indígenas públicas. O código florestal não se aplica a nenhuma dessas três modalidades.
Caso queira fazer o download do trabalho do imazon pense mais uma vez, irmão. A vida é curta. Leia um conto de Milton Hatoum. É provável que você gaste o mesmo tempo e aprenda mais sobre a Amazônia.
O Estado que teve a maior área desmatada foi o Pará, com 70% do total, sendo que ele (o desmatamento) se concentrou, principalmente, na área de influência da BR-163 (rodovia Santarém - Cuiabá). A mesma região assolada pelos soldados do Gal. Minc e a Operação Boi Pirata II já mencionada neste blog. Forte indício da (in)eficácia do enforcement pirotécnico estatal.
Segundo os amazonólogos do imazon, o grande aumento no desmatamento contabilizado no mês de julho pode não ter ocorrido no mês de julho. Isso, principalmente, por causa das nuvens excessivas nos meses anteriores. “Aproximadamente 55% do desmatamento detectado em julho de 2009 corresponderam a áreas que estavam cobertas por nuvens no meses de maio e junho de 2009”, confessa o órgão.
Esse efeito é conseqüência direta das limitações tecnológicas da amazonologia moderna, os satélites não vêem através das nuvens. Logo, quando há muitas nuvens o desmatamento cai, quando as nuvens dispersam o desmatamento aumenta, deixando clara a relação inversa entre o desmatamento e a cobertura de nuvens regional. O que a reserva legal de 80% tem a ver com isso a amazonologia ainda não descobriu, sabe de antemão entretanto que tem que ser 80%.
Em termos de situação fundiária, sabe-se que 36% do desmatamento detectado em julho ― mas que não ocorreu em julho ― ocorreu em Unidades de Conservação públicas, Assentamento da emenda agrária pública ou em terras indígenas públicas. O código florestal não se aplica a nenhuma dessas três modalidades.
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