O fim do desmatamento e a vida que segue teimosa

Tirei essa foto hoje quando vinha do trabalho para casa.
Hoje passei o dia andando pela floresta. Vi bugios saltitantes e o mateiro que andava comigo disse que eles ficam extremamente saborosos quando fritos. Assenti, pois o homem carregava um terçado e, ademais, a informação não era de todo nova para mim.

Vi uma árvore jovem de catuaba e o mateiro me disse que se a casca for tirada de cima para baixo o chá deixa de ter o efeito afrodisíaco e passa a ter efeito broxante. Não pude evitar o pensamento de que deve ter muito zambientalista por aí tomando chá sustentável de catuaba tirado do jeito errado. Acho que só quem trepa pouco em casa pode se esmerar tanto em fornicar o amazônida.

Lá pelas tantas, logo após o fim do meu preparo físico de bloggueiro, tudo em que eu podia pensar era numa Heineken estupidamente gelada, num Camel aceso e num bulldozer. Fiquei com a impressão de que todos os cipós do universo estavam vindo confraternizar com as minhas pernas e ainda tô catando os malditos carrapatos estrela. Acho que a grande maioria das pessoas que idolatram a floresta nunca andou numa. Essas florestas de turista com trilhas varridas de onde você vê o céu não servem de parâmetro. Tô falando de floresta de verdade, não de brinquedo.

Na minha modestíssima opinião o valor de existência de uma floresta natural biodiversa é absurdamente maior do que seu valor de uso.

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