Veja o que ganha quem cuida da Reserva Legal

Invadida em janeiro de 2007 por sem-terras ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), a Fazenda Vitória Régia, localizada no município de Santana do Araguaia, arde em chamas. O incêndio começou no último sábado e permanece fora de controle.


O fogo começou nas clareiras desmatadas pelos invasores dentro da área de Reserva Legal do imóvel e se alastrou também pelas pastagens de propriedades vizinhas. Num sobrevoo feito no domingo, apenas um dia depois de desencadeado o incêndio, o fogo já havia se estendido por uma área de mais de quatro mil hectares, entre floresta nativa e pastagens.

O proprietário da fazenda luta há quase quatro anos, na área administrativa e na esfera judicial, para tentar retirar os invasores de sua propriedade – a primeira a abrigar, no Estado do Pará, um projeto de reflorestamento. O máximo que conseguiu, até hoje, foram liminares de reintegração expedidas pela Justiça, nunca cumpridas pelo Estado.

A primeira turma de invasores da Fazenda Vitória Régia abandonou a área depois que concluíram a retirada da madeira de lei da Reserva Legal e de destruírem o projeto de reflorestamento de terra. A partir daí os invasores pioneiros venderam os lotes que haviam demarcado por conta própria e foram invadir outras áreas florestadas da região. A primeira vítima foi a fazenda Ouro Verde, vizinha à Vitória Régia, onde foram destruídos mais de cinco mil hectares de floresta nativa na Reserva Legal.

O resultado disso é a destruição da flora, de uma área que deveria ser protegida como reserva legal, e a completa dizimação da fauna silvestre, enquanto caminhões carregados de toras vão abastecer as serrarias instaladas na sede do município de Santana do Araguaia. Manter Reserva Legal florestada na região é um convite à invasão.

Informações do Jornal Diário do Pará.

Em tempo, cadê o Greenpeace? Cadê o ISA? Cadê o WWF? Cadê o Ibama? Cadê a Força Nacional de Segurança?

O vídeo acima foi feito pelo ambientalista Marcos Mariani que registrou esse mesmo problema a 2 anos. Mariani denunciou o problema ao Ibama, mas ninguém fez absolutamente nada.

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