Relato de um produtor sobre a estratégia pública de salvação da Amazônia

Caros, segue abaixo íntegra de um e-mail que recebi de um pequeno produtor rural de Cruzeiro do Sul, no Acre:

nos produtore de cruzeiro do sul acre.temos por lei 20% pra trabalha mais quando procuramos o ibama.eles nega o nosso direito mais quando nos desmatamos um ou dois equitaria de mata simplimente pra planta pra comer somos multado em cinco mil reais cada equitaria de terra desmatada.95% do produtores ja estao multado pelo org que so pune agricultore que hoje vende sua terra nao pode paga as multa que receberao.o ibama esta bem equipado pra muilta mais pra sorcorre um doente nao tem carro escola nos ramais nao tem mais todo tem uma grade multa pra paga

voce tem que ouvir os relato da populacao do nosso municipio e muito sofrimento pra um agricultor retira uma madeira pra sua propia casa o ibama prende nos que mora no meio da mata nao temos direto de ter uma casa nos pagamos oito reais no quilo de tomati no periudo das chuva nos nao temos estrada pra chega na capital e quando ligamos a tv e tem um badodo de ambietalista ganhado dinheiro e nos morrendo de fome sem escola sem saude e ele nas grade cidade de carro novo churrasco e nos muito dia nao tem o que come e muito triste ja pessor todos oa agricultore multado sem direito a nada a producao destimulada a qui nos nao trabalhaom com trato tudo e na maos nos estamos a vinte anos atras do brasil tudo que platamos e colhes mus e na mao,nos ajude a ser ouvido

Rapaz, eu perco o sono com esse tipo de coisa. Relatos como esse são cotidianos pra mim. Conheço dezenas de pessoas e dramas semelhantes. É revoltante ver as pessoas reduzindo a questão ambiental amazônica ao simplismo de grileiros do mal destruindo a floresta e ambientalistas do bem lutando para salvá-la. Essa simplificação burra torna as pessoas cegas para relatos como esse. Pessoas como a que me enviou esse e-mail simplesmente não existem, não são consideradas no debate.

Acho que buscar a "sustentabilidade" desconsiderando esses dramas não é ambientalismo, é algum tipo esdrúxulo de canalhice moral. É algo muito parecido com o que o filósofo francês Albert Camus chamou de crime perfeito. Salvar o meio ambiente espezinhando a dignidade de gente como a que enviou essa mensagem não é certo.

A publicação do e-mail foi devidamente autorizada, mas a identidade do autor não será divulgada para evitar possíveis represálias.

Comentários

Luiz Prado disse…
O IBAMA é ainda piro que o atendimento médido pelo SUS ou a educação primária. É a máfia da punição pura e simples, sem qualquer contribuição para os brasileiros ou para o Brasil.
emanuel disse…
> Enquanto nao se encontrar um meio de remunerar o produtor pela conservação ambianetal esses absurdos vao continuar. É mais um desrespeito ao produtor igual ao que esta acontecendo atualmente ( manda investigar) em Amarante - Ma com a ampliação de reservas indigenas com retirada de pessoas com areas variando de 10 a 5000 ha, criando ha 30, 50 anos... com direito a ZERO de pagamento... simplesmente cancela o titulo e pronto... mata centenas de PRODUTORES brasileiros e ninguem diz nada, o judiciario nao se manifesta, o legislativo tambem nao, e depois do crime de Roraima ficou tudo mais facil. Tenho vergonha de ser produtor mas sera somente ate o dia que encontrar negocio pra minha area.
Luiz Henrique disse…
É muito triste ler um relato deste.
É revoltante saber que existem famílias que só pedem uma chance para sobrevierem.
É um insulto, saber que muitos que jogam contra estas famílias, têm uma compensação financeira para isso, só conhece a realidade Amazônica vista por satélite e se intitulam de verdes, com a queima de um baseado entre uma e outra rodada de Chopp no calçadão de Copacabana, bradam contra o liberalismo econômico do Primeiro Mundo, mas trabalhão pelos interesses destes e detrimento do desenvolvimento do Brasil.
Só existe um meio para acabar com tanta injustiça: - Uma legislação ambiental em que o Estado seja o responsável e proprietário das Reservas Ambientais e a função do produtor seja produzir, sendo responsável somente pela conservação de matas ciliares com estudos científicos quanto a largura necessária para estas.