A invasão do Iraque e o Código Florestal

O Ex-presidente americano George W. Bush arranjou algum apoio público para invadir o Iraque alardeando que Saddan Hussein tinha armas de destruição em massa e era suficientemente carniceiro para usa-las. A imprensa deu ar de verdade à imprecação de Bush, a opinião pública ouviu a imprensa e Bush invadiu o Iraque. Hoje, com algum distanciamento histórico, se sabe que não havia arma de destruição em massa nenhuma. Bush criou um factóide, um sofisma, para persuadir a opinião pública americana a apoiá-lo.

É mais ou menos o que os ambientalistas vem fazendo no Brasil com o debate do Código Florestal. Daqui a mais ou menos 6 meses quase toda a produção agrícola brasileira pode virar crime por descumprir o Código Florestal. Um movimento democrático do Congresso Nacional vem tentando dar nova redação ao texto para adequar a produção brasileira de alimentos com a preservação ambiental, mas os ambientalistas são contra. Eles não querem essa adequação. Para eles preservação ambiental só não basta, é preciso que ela venha às expensas dos "ruralistas".

Diante da força do movimento democrático de modernização do Código Florestal o ambientalismo imita George Bush e começa a construir factóides para enganar a opinião pública. O mote agora é barrar a reforma da lei no campo para evitar tragédias na urbe. Estamos prestes a criminalizar a produção nacional de alimentos feita no campo para reduzir o risco de desabamento de encostas ocupadas irregularmente nas cidades.

Um dia, quando nossos produtores rurais estiverem sendo presos e perseguidos pela polícia ambiental, descobriremos que não havia arma de destruição em massa nenhuma. Mas aí será tarde demais.

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