11 Razões pelas quais Tasso Azevedo, André Lima e Raul do Valle poderiam ter se calado

Charge da semana: Os três marina's boys.
Este texto reflete exame minucioso de um texto escrito pelos ecólatras Tasso Azevedo, André Lima e Raul do Valle publicado originalmente no blog do Tasso.

Os grandes e doutos "ambientalistas" que compõem o auto clero dos marina's boys, que a única saída é veto total. Tasso, Lima e Valle escarnecem a democracia. Segundo eles a edição de uma Medida Provisoria não é solução possível pois devolve ao Legislativo "o poder final de decidir novamente sobre a mesma matéria." Os ambientalistas detestam democracia.

A solução segundo a nata do ambientalismo ecotalibã é a constituição de uma força tarefa que legisle no lugar do Legislativo como fizeram todos os ditadores e facínoras que o mundo já viu em sua história. Esse grupo de doutos sapientes deve, segundo os ecolátras, elaborar uma proposta de Política Florestal ampla para o Brasil a ser apresentada no Senado Federal e que substitua o atual código florestal. Como esse texto oracular seria aprovado sem passar pela Câmara baixa, os ecopatas não explicam. Talvez fechando-a, quem sabe?

Segundo Tasso, Lima e Valle, enquanto esta nova lei é criada, é plenamente possível por meio da legislação vigente e de regulamentos (decretos e resoluções do CONAMA) -- todos eles independentes de crivo Legislativo -- o estabelecimento de mecanismos que viabilizem a regularização ambiental e a atividade agropecuária, principalmente dos pequenos produtores rurais, porque grande produtor é FDP mesmo, eles que se explodam.

11 razões para Tasso Azevedo, André Lima e Raul do Valle ficarem quietos e ruminarem pensamentos

1. Nas democracias quem legisla é o poder Legislativo. O Código Florestal vigente é uma lei puramente autoritária. Nasceu em 1934, na ditadura Vargas, foi reformado em 1964, na ditadura Militar e existe hoje com redação dada por medida provisória, um ato do Executivo sem crivo do Legislativo exatamente como suas versões anteriores. O texto aprovado na Câmara, bom ou ruim, é o primeiro exercício democrático de elaboração de uma lei florestal. O que Azevedo, Lima e Valle sugerem é que a sociedade brasileiro ache um jeito de aprovar uma "lei" feita de acordo com o que eles acham que é certo sem o crivo do Legislativo. Azevedo, Lima e Vale estão pintando o autoritarismo de verde.

2. André Lima, Raul do Vale e Tasso Azevedo assessoraram de perto Madre Marina de Xapurí quando ela foi Ministra do 1/2 Ambiente. Tasso chegou a fazer a parte do governo. Como Ministra do Meio Ambiente, Santa Marina Mãe de Gaia presidiu o CONAMA. Se é plenamente possível viabilizar a regularização da atividade agropecuária "por meio da legislação vigente e de regulamentos (decretos e resoluções do CONAMA)" como afirma os três ecólatras, por que eles não tentaram fazer isso quando tiveram chance?
Eles não tentaram porque nunca acreditaram que fosse necessário. Na cabeça doente dos ecopatas todo rigor pra ruralsita é pouco. São incapazes de perceber que atrás do rótulo tem gente.

3. A dispensa da proteção de 50 metros no entorno de veredas (inciso XI do ART. 4º ART), ou de qualquer APP ripária, não proíbe a proteção, apenas retira o ônus privado do ato. Isso significa que tornar efetiva a proteção dessas veredas dependerá de uma mudança de atitude dos ambientalistas, tanto do governo, com do não-governo. Os ecotalibãs estão habituados a falar com os "ruralsitas" acompanhados da Força Nacional de Segurança e com um bloqueto de multas nas mãos. Basta mudar de atitude. Tenho certeza que, em bons termos, nenhum produtor se recusará a proteger veredas ou qualquer coisa cuja proteção seja realmente importante.

4. O novo texto do Código Florestal não autoriza nenhum um único hectares de desmatamento, além daqueles que já são legais hoje. Mentir, por si só, é uma boa razão para ficar calado.

5. Apicuns e Salgados são tipos específicos de manguezais que ocupam apenas uma pequena fração de todos os manguezais existentes no Brasil. Todo qualquer mangue que não apicum nem salgado está absolutamente protegido pelo novo Código Florestal. Proteção que, aliás, não existe no Código Florestal. O novo texto busca a regularização de atividades já existentes nessas áreas. O brasileiro comum pode não saber, mas o sal que tempera sua comida diariamente vem de apicuns e salgados. Se dependesse apenas de gente como Tasso Azevedo, André Lima e Raul do Valle, seu almoço seria tão insosso quanto aquela cara de paisagem da Dona Marina Selva. Quando Azevedo, Lima e Valle afirmam que texto desprotege os mangues em geral, eles estão usando uma generalização mentirosa, um sofisma, para enganar a sociedade.

6. Quando Azevedo, Lima e Valle deveriam ficar calados também quanto afirmam que o novo Código Florestal "permite que a reserva legal na Amazônia seja diminuída mesmo para desmatamentos futuros”. Primeiro porque eles mesmos afirmam que "a lei atual já traz essa deficiência". Portanto se a presidente Dilma vetar o texto passa a valer a lei atual. Ou seja, trocaríamos seis por meio dúzia. Mas eles deveriam ficar calados sobretudo porque é mentira. As reduções de RL previstas, tanto na lei vigente, quando no novo Código Florestal, são APENAS PARA EFEITO DE RECUPERAÇÃO. Termo este que foi enfiado na legislação sabe por quem? Por Tasso Azevedo e André Lima e J. P. Capô, as três estrelas dos marina's boys, quando fizeram parte do governo.

7. O novo Código Florestal dispensa a recomposição de APPs pela simples razão de que não havia espaço regimental para manter a recomposição deles sem inserir salvaguardas aos pequenos produtores. Insiram salvaguardas aos pequenos agricultores e encerrar-se-ão os problemas com a recuperação das APPs. Ocorre que os três ecólatras não estão tomando Lactopurga com Johnny Walker para os agricultores, sejam grandes ou pequenos, e têm ideia fixa nas tais APPs. Ninguém discute a importância da preservação dos recursos hídricos. Isso é ponto pacífico. O problema de Tasso, Lima e Valle é que eles não reconhecem a importância da agricultura e o efeito nela da imposição de recuperação de APPs sem salvaguardas.

8. A mesma observação acima serve para a consolidação de agricultura em APPs. Ninguém discute a importância delas. Tão logo os ecólatras entendam que a discussão que precisa ser feita é sobre as consequências de proibir as atividades históricas nessas áreas teremos um caminho de convergência no futuro. Minha suspeita é que os extremistas do bem verde, os eco-oportunistas, não querem debater soluções. Preferem manter o feudo da guerra contra os bad guys ruralistas.

9. A 10ª razão pela qual André Lima, Tasso Azevedo e Raul do Valle poderiam ter ficados calados é a que eu mais gosto. É o que eles chamaram de "ausência de mecanismos que induzam a regularização ambiental e privilegiem o produtor que preserva em relação ao que degrada os recursos naturais." Não é cuti-cuti essa frase? Reparem bem: Pelo Código Florestal vigente, esse pelo qual Tasso, Lima e Valle tem fetiche, um produtor rural do sudeste que crie 0,2 cabeças de boi por hectare e tenha uma moitinha de mato qualquer crescendo por contra própria em 20% de seu imóvel é um "produtor que preserva". Já um outro produtor rural do sudeste que crie 5 cabeças de boi por hectare, mas não tenha RL é um produtor que "degrada os recursos naturais.". Gostaria que qualquer um três ecomaníacos me explicasse onde estão tais incentivos na lei vigente. Por que nenhum deles jamais buscou esses tais incentivos na longa vida prolífica de ambientalismo radical?

10. Desmembrar imóveis mantendo a propriedade é ilegal. Também aqui, assim com as APPs, o novo texto dispensa a recuperação, mas não a proíbe. Conheço produtores rurais que recuperariam toda a sua reserva legal mesmo estando dispensado caso ganhasse por mês o que ganha o Tasso Azevedo, o André Lima ou o Raul do Valle. Agora pergunta se eles querem pagar? E se eles, que ganham em dólar, não querem pagar, por que você acha que é justo atochar esse ônus em pequenos produtores rurais que tem imóveis de até 4 módulos?

11. Qualquer texto enseja discussão infindáveis. Vide, por exemplo, a Bíblia.

Há ainda outros pontos problemáticos na posição de Tasso Azevedo, Raul do Valle e Andrezinho Lima, o lenhador de Bonsai da Marina Silva. Ocorre que este mísero blogger não é tão bem pago quanto qualquer deles e não tem tempo de ir mais fundo na questão.

Há ainda outros pontos problemáticos na posição de Tasso Azevedo, Raul do Valle e Andrezinho Lima, o lenhador de Bonsai da Marina Silva. Ocorre que este mísero blogger não é tão bem pago quanto qualquer deles e não tem tempo de ir mais fundo na questão.

Comentários

Luiz Prado disse…
Eles são, mental e culturalmente, exatamente como aparecem na charge.
jerson disse…
de bumbum de nenen e da cabeça de pretensos ecologistas nunca se sabe o que vai sair, esses caras só rindo deveriam ir para a lua e fazer código lá, nem sei como um cara que tem um blog, que se diz ecologista escreve uma coisa dessa, e querer meter na nossa goela abaixo éssa ideia, é querer nos fazer de idiotas.
Braso disse…
Sinceramente acredito que a presidente Dilma com todas sua informações, tomara medidas que protejam nossa agricultura tanto empresarial como familiar, o jogo tem que ser jogado e ela tem que jogar, quanto a esses celerados ambientaloides que por sinal fazem parte do jogo e servem para nos ao ataca los amenizar um pouco nosso ego, não sou petista, mas me desculpem a minha citação sobre a inteligencia e preparo da nossa presidente, pois ela é ou foi pupila do grande brasileiro Brizzola, que por sinal estava muito a frente da maioria dos intelectuais e políticos brasileiros.