Coalização do mimimi

Mais de 60 ONGs indígenas, indigenistas, indigenóides, ambientais, ambientalistas e ambientalóides decidiram se unir em um movimento de resistência contra o governo Temer que, segundo eles, violam direitos - especialmente de indígenas, trabalhadores rurais e agricultores familiares - e colocam em risco a proteção do ½ ambiente. É a coalizão do mimimi.

O ajuntamento lançou hoje uma carta pública, convocando outras entidades e a sociedade a aderirem ao movimento. Outras organizações apeadas do Governo junto com o PT já estão se somando à iniciativa.

Para o movimento, o governo Temer representa hoje a maior ameaça que o ½ ambiente e a agenda do nós contra eles. Os ataques à agenda socioambiental existem desde quando as ONGs foram criadas, mas, na avaliação da Coalização do mimimi, o enfraquecimento dos sistemas de proteção do ½ ambiente e dos direitos humanos cresce exponencialmente desde que Temer assumiu presidência e, consequentemente, desde que a bancada ruralista passou a integrar o centro do poder.


O fato de a maior parte da chamada bancada ruralista, incluindo a Senadora Katia Abreu, ter integrado o governo do PT não significação nada ao ajuntamento.

Segundo a coalização do mimi, o arrocho fiscal que levou o Governo a cortar os orçamentos do Ministério do ½ Ambiente e da Funai, é uma ação orquestrada pelos ruralistas contra as ONG e os movimentos que representam tudo o que presta.

As Medidas Provisórias (MPs) 756 e 758 são outro exemplo usado pela Coalizão do mimimi para mostrar o ataque de Temer a tudo o que presta. As MPs foram enviadas pelo Ministro do ½ Ambiente com aquiescência das ONGs porque ampliavam unidades de conservação no Pará, mas foram alteradas pelo Congresso Nacional em desfavor do interesse particular do movimento ambientalista. Nada mais democrático, mas a Coalização do mimimi é contra a atuação do Congresso Nacional.

Para as organizações que integram a coalização do mimimi, está claro que há um conjunto de medidas que resultará em maior concentração fundiária, inviabilidade econômica de pequenos produtores rurais e agricultores, beneficiamento da grilagem de terras públicas e mercantilização dos assentamentos rurais e da reforma agrária, além de afastar o Brasil do cumprimento de compromissos internacionais assumidos em convenções sobre clima e biodiversidade. Ou seja, tudo o que não presta.

Vejam aqui quais as organizações que compõem a coalização do mimimi:

1. 350.org
2. Actionaid
3. AdT/Amigos da Terra
4. AFES/Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
5. ANA/Articulação Nacional de Agroecologia
6. Amazon Watch
7. APIB/Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
8. Apremavi/Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida
9. Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil
10. BVRio
11. CBJP/Comissão Brasileira Justiça e Paz
12. CIMI/Conselho Indigenista Missionário
13. Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil
14. Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração
15. Comissão Pró-Índio de São Paulo
16. CONAQ/Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
17. CONECTAS
18. CNS/Conselho Nacional das Populações Extrativistas
19. Consulta Popular
20. CPT/Comissão Pastoral da Terra
21. CUT/Central Única dos Trabalhadores
22. Engajamundo
23. FASE/Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
24. Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
25. FURPA/Fundação Rio Parnaíba
26. Greenpeace Brasil
27. Grupo Carta de Belém
28. IBASE
29. ICV
30. IDESAM
31. IEMA
32. IMAFLORA
33. IMAZON
34. INESC
35. International Rivers - Brasil
36. ISA/Instituto Socioambiental
37. Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais
38. MAM/Movimento pela Soberania Popular na Mineração
39. MCP/Movimento Camponês Popular
40. MMC/Movimento de Mulheres Camponesas
41. MPA/Movimento dos Pequenos Agricultores
42. MST/ Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
43. Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos - Diversitas/USP
44. Núcleo de Pesquisa e Extensão em Ambiente, Socioeconomia e Agroecologia/NUPEAS-UFAM
45. Observatório do Clima
46. Organon/Núcleo de estudo, pesquisa e extensão em mobilizações sociais da UFES
47. PHS/Hospitais Saudáveis
48. PJR/Pastoral da Juventude Rural
49. RAMH/Rede Acreana de Mulheres e Homens
50. Rede Brasileira de Informação Ambiental
51. REDE GTA
52. Sinfrajupe/Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia
53. SBE/Sociedade Brasileira de Espeleologia
54. SOS Mata Atlântica
55. Toxisphera Associação de Saúde Ambiental
56. Uma Gota no Oceano
57. União Brasileira de Mulheres/UBM
58. UNALGBT/União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
59. Via Campesina
60. WWF Brasil

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