Conforme havia prometido e atendo a vontade de um grupo de ONGs de ambientalismo radical, o Ministro do ½ Ambiente, José Sarneyzinho Filho, enviou uma carta ao Presidente da República, Michel Temer, solicitando veto às Medidas Provisórias nº 756/2016 e 758/2016, aprovadas ontem pelo Senado. A carta foi enviada nesta quarta-feira (24/05).
De acordo com Sarneyzinho, o texto aprovado pelo Congresso Nacional descaracteriza o propósito original da MP 756 definido por ele em troca do licenciamento da Ferrogrão. Ainda de acordo com a carta, a decisão do Congresso sinaliza contrariamente aos esforços do Executivo em proteger a Amazônia das pessoas. Sarneyzinho alega que os textos aprovados após o debate legislativo prejudicam a implantação das políticas do executivo para enfrentar essas questões
Em verdade, o Ministério do Meio Ambiente tentou dar um golpe no povo Pará trocando o licenciamento da Ferrogrão pelas restrições do texto original da MP 756. Este blog acusou a manobra em fevereiro no post: O golpe da Medida Provisória nº 756.
A conta oficial do M½A está pedindo abertamente a ajuda de ONGs internacionais por meio da rede social. Ambientalistas ligados a Marina Silva, com o João Paulo Capobianco, que fazem oposição ao Governo Temer, já afirmam que lutarão ao lado de Sarney Filho pelo veto à decisão soberana do Congresso:
@mmeioambiente Vamos apoiar firmemente esse pedido de veto, mas queremos compromisso do Ministro @sarneyfilho de que não enviará mais MPs alterando UCs!!!— João P R Capobianco (@jprcapo) 24 de maio de 2017
Este blogger gostaria de ressaltar o desprezo que o ambientalismo radical tem pelo Congresso Nacional. A maior parte das medidas que eles consideram boas são decisões unilaterais do Executivo. Sempre que o Congresso Nacional, composto por representantes do povo, altera essas medidas eles consideram "retrocesso". Foi assim com o Código Florestal, cujo texto altamente prejudicial ao Brasil era dado por Medida Provisória. Está sendo assim agora novamente com a MP 756.
Este blogger gostaria ainda de lembrar, por fim, que, caso o presidente escolha fazer a vontade de Sarney Filho em detrimento da decisão democrática do Congresso Nacional vetando o texto, o veto ainda poderá ser derrubada pelo Congresso.
Com informações do M½A e foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil
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