O glorioso Canal Rural nos informa que os negociadores do agro e o governo chegaram a um acordo sobre o pagamento do Funrural após reunião realizada nesta quinta-feira, 11, em Brasília com o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Acertou-se que a alíquota será de 2,1%. Igual que nem era antes.
Mas essa alíquota de 2,1% será paga apenas por quem tem passivo de Funrural não recolhido nos últimos cinco anos. Quem não tem passivo pagará uma alíquota menor que ainda não foi definida, mas pode ficar entre 1,3% e 1,7%. A diferença será usada para quitar o passivo ao longo dos próximos 15 anos (180 meses).
Na prática, o governo aceitou uma redução na alíquota. O recolhimento ainda será sobre a receita bruta, a opção entre folha de pagamento ou receita foi descartada, mas o governo deve perdoar 100% de juros e 25% de multa e sucumbência.
A contribuição também deve mudar de nome. Ainda não se sabe como vão chamar, mas este blog sugere o nome Fundandaterra.
Na segunda-feira, dia 15, acontece a reunião final com o presidente Michel Temer e já no início da semana que vem a publicação da Medida Provisória.
Veja a fonte da informação no glorioso Canal Rural
O encontro do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que discutiu o Funrural:
Com ministro Meirelles discutindo uma solução para cobrança do Funrural. Ontem debatemos com pres. Temer e sec. da Receita. pic.twitter.com/6GazKlcr1E— Alceu Moreira (@Alceu_Moreira) May 11, 2017
Aliás, para quem não se lembra, o produtor rural não se aposenta com o Funrural, cuja arrecadação previdenciária se destina aos trabalhadores do rurais. Para se aposentar, o produtor tem que recolher a parte por meio de carnê específico. Já expliquei isso aqui. Pelo jeito, perderemos a chance de incluir a aposentadoria do produtor e da sua família com base no recolhimento do Funrural.
Comentários
Postar um comentário
Reflexões sobre meio ambiente, pecuária e o mundo rural brasileiro. Deixe seu comentário.