Frente partidária articula candidatura de Aldo Rebelo a governo de transição


Lideranças do PC do B, PDT, PSB, Solidariedade e PTB começaram a articular nos bastidores a candidatura do ex-ministro Aldo Rebelo (PC do B) em eventual eleição indireta. A possibilidade da candidatura de Rebelo, antecipada aqui neste blog na semana passada, já foi discutida em pelo menos dois jantares com a presença de parlamentares e dirigentes desses partidos no apartamento do líder do PDT na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA).

O primeiro encontro contou com a participação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O segundo aconteceu nessa terça-feira, 30, e teve presenças como a do próprio Aldo; do presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP); do presidente do PDT, Carlos Lupi; e do secretário-geral do PSB, Renato Casagrande.

O próprio Aldo Rebelo divulgou imagens do evento em seu Twitter:O grupo tenta formar um bloco para chegar fortalecido a uma eventual eleição indireta, pelo Congresso Nacional, que é a regra definida hoje na Constituição para o caso de vacância do cargo de presidente. A avaliação geral nos bastidores é que são pequenas as chances de acontecer eleições diretas em caso de queda do atual presidente Michel Temer, já que isso depende de uma polêmica e difícil alteração da Constituição.

A avaliação de lideranças do grupo é de que a candidatura de Rebelo dará a eles a oportunidade de influenciar de alguma forma a agenda de um futuro governo de transição até 2018, quando haverá novas eleições gerais para presidente.


O objetivo principal deles é tentar negociar um abrandamento das reformas enviadas pelo governo Temer, principalmente a da Previdência Social, a qual todas essas legendas já se posicionaram contra. Parlamentares e dirigentes dessas siglas acreditam, pelo perfil de Aldo Rebelo, que uma aliança dele com Maia pode ajudar muito o presidente da Câmara.

Além do apoio da esquerda, o ex-ministro tem bom trânsito com partidos de direita, entre os ruralistas e entre os militares. Nos governos do PT, Aldo foi ministro da Defesa, da Ciência e Tecnologia, dos Esportes e da Coordenação Política e Relações Institucionais, além de ter presidido a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007. Rebelo também foi um dos relatores do Código Florestal na Câmara.

Procurado, Aldo afirmou que não cogita hoje se candidatar a presidente. "Não é o que eu cogito para o momento", disse Aldo ao jornal O Estado de São Paulo. Interlocutores dele afirmam que, no jantar dessa terça-feira no apartamento do líder do PDT em Brasília, o ex-ministro afirmou que é preciso pacificar o País e que os futuros presidente e vice-presidente eleitos terão papel importante nesse processo.

Comentários

Luiz Antônio disse…
Não acredito em "comunista " ainda mais cercados por estes "ilustres" da foto...