O geógrafo Aziz Ab'Saber morreu na manhã desta sexta-feira (16) aos 87 anos. Ab'Saber era membro da Academia Brasileira de Ciências, presidente de honra da SBPC e professor emérito da FFLCH e do IEA. O pesquisador morreu de infarto em sua casa, na Grande São Paulo.
Em tempos recentes Aziz Ab'Saber travou duas grandes batalhas em questões envolvendo a Amazônia, uma contra os ambientalistas xiitas da Marina Silva, outra contra a reforma do Código Florestal. Perdeu as duas.
Perdeu as duas porque estava errado nos dois casos. Ab'Saber se jogou contra a então Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quanto ela enviou ao Congresso o projeto de lei de concessões de florestas públicas. Ab'Saber acreditava que as concessões florestais seriam o armagedom da Amazônia uma vez que entregaria as florestas públicas à iniciativa privada, que, em sua sanha pelo lucro, destruiria as florestas. Já dona Marina Silva e seus marina's boys acreditavam que conceder florestas públicas à iniciativa privada com regras claras de exploração via manejo florestal era uma forma dar uso econômico às florestas e, ao mesmo tempo, encontrar quem tome conta delas com mais eficácia do que o Estado ausente.
Marina Silva venceu Aziz Ab'Saber, com o apoio de São Lula fez o Congresso aprovar a lei, regulamentou-a e fez as primeiras concessões florestais. Até o momento o armagedom previsto por Ab'Saber não aconteceu. Ao contrário, a Amazônio vem apresentado os menos índices de desmatamento da história.
Mais recentemente Aziz Ab'Saber se lançou contra a reforma do Código Florestal. Como todo mundo preocupado com o meio ambiente no sentido lato, Ab'Saber criticava a reforma do Código porque acreditava que as florestas, sobretudo as amazônicas, mereciam mais proteção e não menos e por isso achava que o Código Florestal não deveria ser alterado. Errou novamente.
É certo que as florestas, sobretudo as amazônicas, precisam de mais proteção e não de menos. O erro de Aziz Ab'Saber foi concluir que essa proteção deveria vir através do Código Florestal vigente. Primeiro que a reforma do Código Florestal é uma questão muito mais do Brasil não-amazônico do que uma questão amazônica, segundo que o Código Florestal sempre foi incapaz de proteger qualquer floresta.
Aziz Ab'Saber foi um geógrafo cuja produção acadêmica foi relevante para sua área de estudo, mas isso implica que ele tivesse a mesma propriedade para falar de fusão nuclear, de física quântica, das revoluções do planeta marte ou de política pública para Amazônia. Por isso ele errou quando tentou.
A morte de Aziz Ab'Saber provavelmente implicará numa grande perda para a comunidade mundial de geógrafos, mas implicará também numa melhora significativa no debate das grandes questões amazônicas.
Em tempos recentes Aziz Ab'Saber travou duas grandes batalhas em questões envolvendo a Amazônia, uma contra os ambientalistas xiitas da Marina Silva, outra contra a reforma do Código Florestal. Perdeu as duas.
Perdeu as duas porque estava errado nos dois casos. Ab'Saber se jogou contra a então Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quanto ela enviou ao Congresso o projeto de lei de concessões de florestas públicas. Ab'Saber acreditava que as concessões florestais seriam o armagedom da Amazônia uma vez que entregaria as florestas públicas à iniciativa privada, que, em sua sanha pelo lucro, destruiria as florestas. Já dona Marina Silva e seus marina's boys acreditavam que conceder florestas públicas à iniciativa privada com regras claras de exploração via manejo florestal era uma forma dar uso econômico às florestas e, ao mesmo tempo, encontrar quem tome conta delas com mais eficácia do que o Estado ausente.
Marina Silva venceu Aziz Ab'Saber, com o apoio de São Lula fez o Congresso aprovar a lei, regulamentou-a e fez as primeiras concessões florestais. Até o momento o armagedom previsto por Ab'Saber não aconteceu. Ao contrário, a Amazônio vem apresentado os menos índices de desmatamento da história.
Mais recentemente Aziz Ab'Saber se lançou contra a reforma do Código Florestal. Como todo mundo preocupado com o meio ambiente no sentido lato, Ab'Saber criticava a reforma do Código porque acreditava que as florestas, sobretudo as amazônicas, mereciam mais proteção e não menos e por isso achava que o Código Florestal não deveria ser alterado. Errou novamente.
É certo que as florestas, sobretudo as amazônicas, precisam de mais proteção e não de menos. O erro de Aziz Ab'Saber foi concluir que essa proteção deveria vir através do Código Florestal vigente. Primeiro que a reforma do Código Florestal é uma questão muito mais do Brasil não-amazônico do que uma questão amazônica, segundo que o Código Florestal sempre foi incapaz de proteger qualquer floresta.
Aziz Ab'Saber foi um geógrafo cuja produção acadêmica foi relevante para sua área de estudo, mas isso implica que ele tivesse a mesma propriedade para falar de fusão nuclear, de física quântica, das revoluções do planeta marte ou de política pública para Amazônia. Por isso ele errou quando tentou.
A morte de Aziz Ab'Saber provavelmente implicará numa grande perda para a comunidade mundial de geógrafos, mas implicará também numa melhora significativa no debate das grandes questões amazônicas.
Comentários
Vcs deveriam ter vergonha, sorte sua que a grande legião de pessoas que utiliza e admira o trabalho dele não olha este blog pífio.
Postar um comentário
Reflexões sobre meio ambiente, pecuária e o mundo rural brasileiro. Deixe seu comentário.