Vejam no vídeo abaixo o discurso do Deputado Jilmar Tatto, na condição de líder do governo na Câmara. Na última quarta feira, quando o governo tentava empurrar a votação da lei da geral da copa, Tatto subiu à tribuna para exigir que a base alidada seguisse as ordens do governo como se vassalos fossem.
O deputado do PT atacou os produtores rural que querem a reforma do Código Florestal chamando todos de "predadores". Foi vaiado pelo plenário. Reparem no vídeo que, imediatamente depois da verborragia de Tatto, o PR, partido da base aliada, mudou sua posição e passou a fazer obstrução ao governo. Foi o esse discurso desastrado do líder do governo que desaliou a base aliada.
O núcleo do governo, aquelas pessoas mais próximas à presidenta Dilma, têm uma leitura completamente errada da situação. Eles ainda não entenderam que o CONGRESSO NACIONAL QUER REFORMAR O CÓDIGO FLORESTAL. Não são os demônios ruralistas que o PT está acostumado a enxovalhar, é a base, é a maioria.
Jilmar Tatto subiu à tribuna achando que a maioria estava do lado dele e se esmerou em esculhambar o que achava que era minoria. Errou. A minoria era ele. Foi vaiado.
Mais tarde, ao jornal Folha de São Paulo, um jilmar tatto constrangido disse "O clima ontem estava péssimo em função de toda a situação, agora vamos diminuir o tom do discurso se isso ajudar a aprovar a Lei Geral da Copa [...]. Estou mudando meu discurso, vamos ver se assim a gente se entende".
Mas a mais contundente de todas as provas de que o governo não está entendendo o problema em torno da reforma do Código Florestal foi dada pelo próprio Jilmar Tatto na mesma entrevista à Folha. Eis a leitura do grande gênio da política, Jilmar Tatto, sobre o episódio: "É colocar a faca no pescoço do governo. Veja, a oposição pode falar isso, agora, a base falar: 'nós queremos a data'. Isso não pode. Olha a situação do governo! A base falando publicamente, pedindo para marcar a data. Que história é essa? O governo quer discutir mérito"
Entenderam? Ele acha que o Governo possui a base. Que o Congresso não tem o direito de ter opinião própria.
No fundo, o Brasil está acostumado ao fisiologismo. Onde os deputados não têm opinião e assumem a opinião do governo que os fornece cargos, dinheiro e vantagens. Estamos em uma situação inusitada onde a maioria dos deputados, de todos os partidos, de todo o espectro político, estão votando por convicção e não fisiologismo. É inusitado. É exótico. A sociedade e os analistas dos jornalões nunca viram tal bicho a ponto não reconhecê-lo.
É essa estranheza que está confundindo Ideli, Chinaglia, Jilmar sem Tatto e a própria presidente. Alguém precisa contar para eles que o povo brasileiro, exercendo plenamente a democracia através do Congresso Nacional, quer a reforma do Código Florestal. Alguém precisa dizer a eles que isso é belo. Estamos diante de algo fascinante que gente autoritária como Tatto e Ideli simplesmente não conseguem compreender.
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Em tempo, não me canso de ver e mostra esse vídeo:
É o discurso do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, base aliada ao governo, partido do vice presidente da república. Alves já mostra o tema do Código Florestal como uma forma de mostrar um comportamento não fisiológico do Congresso. Alves diz claramente que a sociedade fala tão mal do congresso por se comportar de forma fisiológica e a reforma do Código Florestal do Código Florestal era um tema do Brasil real que oferecia ao Congresso uma chance de dar uma mostra à sociedade de um comportamento legislativo de facto.
Minutos antes desse discurso de Alves, o deputado Aldo Rebelo ressaltou o momento singular pelo qual a Câmara passava. Reduzido a vassalos do governo pelo trâmite das Medidas Provisórias, naquele dia os deputados aprovaram um texto oriundo do Legislativo, naquele dia o legislativo legislou.
A reforma do Código Florestal está fornecendo também isso à sociedade brasileiro: um legislativo que legisla.
O deputado do PT atacou os produtores rural que querem a reforma do Código Florestal chamando todos de "predadores". Foi vaiado pelo plenário. Reparem no vídeo que, imediatamente depois da verborragia de Tatto, o PR, partido da base aliada, mudou sua posição e passou a fazer obstrução ao governo. Foi o esse discurso desastrado do líder do governo que desaliou a base aliada.
O núcleo do governo, aquelas pessoas mais próximas à presidenta Dilma, têm uma leitura completamente errada da situação. Eles ainda não entenderam que o CONGRESSO NACIONAL QUER REFORMAR O CÓDIGO FLORESTAL. Não são os demônios ruralistas que o PT está acostumado a enxovalhar, é a base, é a maioria.
Jilmar Tatto subiu à tribuna achando que a maioria estava do lado dele e se esmerou em esculhambar o que achava que era minoria. Errou. A minoria era ele. Foi vaiado.
Mais tarde, ao jornal Folha de São Paulo, um jilmar tatto constrangido disse "O clima ontem estava péssimo em função de toda a situação, agora vamos diminuir o tom do discurso se isso ajudar a aprovar a Lei Geral da Copa [...]. Estou mudando meu discurso, vamos ver se assim a gente se entende".
Mas a mais contundente de todas as provas de que o governo não está entendendo o problema em torno da reforma do Código Florestal foi dada pelo próprio Jilmar Tatto na mesma entrevista à Folha. Eis a leitura do grande gênio da política, Jilmar Tatto, sobre o episódio: "É colocar a faca no pescoço do governo. Veja, a oposição pode falar isso, agora, a base falar: 'nós queremos a data'. Isso não pode. Olha a situação do governo! A base falando publicamente, pedindo para marcar a data. Que história é essa? O governo quer discutir mérito"
Entenderam? Ele acha que o Governo possui a base. Que o Congresso não tem o direito de ter opinião própria.
No fundo, o Brasil está acostumado ao fisiologismo. Onde os deputados não têm opinião e assumem a opinião do governo que os fornece cargos, dinheiro e vantagens. Estamos em uma situação inusitada onde a maioria dos deputados, de todos os partidos, de todo o espectro político, estão votando por convicção e não fisiologismo. É inusitado. É exótico. A sociedade e os analistas dos jornalões nunca viram tal bicho a ponto não reconhecê-lo.
É essa estranheza que está confundindo Ideli, Chinaglia, Jilmar sem Tatto e a própria presidente. Alguém precisa contar para eles que o povo brasileiro, exercendo plenamente a democracia através do Congresso Nacional, quer a reforma do Código Florestal. Alguém precisa dizer a eles que isso é belo. Estamos diante de algo fascinante que gente autoritária como Tatto e Ideli simplesmente não conseguem compreender.
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Em tempo, não me canso de ver e mostra esse vídeo:
É o discurso do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, base aliada ao governo, partido do vice presidente da república. Alves já mostra o tema do Código Florestal como uma forma de mostrar um comportamento não fisiológico do Congresso. Alves diz claramente que a sociedade fala tão mal do congresso por se comportar de forma fisiológica e a reforma do Código Florestal do Código Florestal era um tema do Brasil real que oferecia ao Congresso uma chance de dar uma mostra à sociedade de um comportamento legislativo de facto.
Minutos antes desse discurso de Alves, o deputado Aldo Rebelo ressaltou o momento singular pelo qual a Câmara passava. Reduzido a vassalos do governo pelo trâmite das Medidas Provisórias, naquele dia os deputados aprovaram um texto oriundo do Legislativo, naquele dia o legislativo legislou.
A reforma do Código Florestal está fornecendo também isso à sociedade brasileiro: um legislativo que legisla.
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