Enquanto os brasileiros da urbe se deixam tocar pelo ambientalismo fundamentalista do econegócio contra a agricultura brasileira, pouco mais de 30% da bosta dos cariocas é tratada. A baia de Guanabara recebe 10 mil litros por segundo de merda diluída produzida pelos cidadãos urbanos do Rio, incluindo Cristiane Torloni, Vagner Moura, Fernando Meireles e Carlos Minc.
Há 20 anos, durante a Rio-92, o governo iniciou a execução do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. O programa já foi prorrogado oficialmente sete vezes, consumiu mais de US$ 1 bilhão e continua inacabado. Enquanto a Baia de Guanabara fede a bosta, os atores de globo e outras espécies de militante virtual, lutam pela preservação lá longe, nas terras dos produtores rurais.
Nenhuma das quatro estações de tratamento construídas até hoje está operando plenamente. O Programa consumiu US$ 1,17 bilhão em recursos do BID, da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do governo do Estado. A estação de tratamento de São Gonçalo, inaugurada no fim do governo Marcello Alencar, não recebe nada de esgoto porque as redes de captação não foram construídas. A estação da Pavuna, projetada para tratar 1.500 litros por segundo, recebe menos de 200. Na de Sarapuí, com a mesma capacidade, são tratados de 600 litros/segundo. A estação de Paquetá nunca entrou em operação, deteriorou-se e o governo desistiu de colocá-la em funcionamento.
No contrato, estavam previstos 1.248 km de redes coletoras de esgoto e 178 mil ligações domiciliares. Foram executados apenas 603 km de redes e 54 mil ligações até novembro de 2006, segundo o último relatório do BID.
O talebã da clorofila, Carlos Minc, que hoje ocupa a secretaria de meio ambiente do estado do Rio e foi um dos principais responsável pela estopim da atual crise do Código Florestal ao assinar o decreto 6.514, disse que foi "uma fraude cavalar construir as estações sem as redes". Minc conseguiu a aprovação no BID de um novo empréstimo de mais US$ 452 milhões para o projeto. "São elefantes brancos, monumentos à incompetência, ao descaso, à ilusão", diz Minc com cara de paisagem. A recuperação ambiental da baía é um dos compromissos assumidos pelo governo para a realização da Olimpíada de 2016.
É como eu sempre digo aqui no blog, preservar meio ambiente é refresco no dos outros. É por isso que a Europa não tem APP, nem RL, nem floresta nativa e luta pela preservação no Brasil, que o Rio joga merda no cartão postal do Brasil e a Cristiane Torloni luta pela preservação lá na Amazônia. É por isso que as Fundações internacionais financiam a sobejo ONGs em países periféricos.
Esse é um problema da preservação ambiental é mais fácil e menos doloroso preservar no quintal do vizinho.
Há 20 anos, durante a Rio-92, o governo iniciou a execução do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. O programa já foi prorrogado oficialmente sete vezes, consumiu mais de US$ 1 bilhão e continua inacabado. Enquanto a Baia de Guanabara fede a bosta, os atores de globo e outras espécies de militante virtual, lutam pela preservação lá longe, nas terras dos produtores rurais.
Nenhuma das quatro estações de tratamento construídas até hoje está operando plenamente. O Programa consumiu US$ 1,17 bilhão em recursos do BID, da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do governo do Estado. A estação de tratamento de São Gonçalo, inaugurada no fim do governo Marcello Alencar, não recebe nada de esgoto porque as redes de captação não foram construídas. A estação da Pavuna, projetada para tratar 1.500 litros por segundo, recebe menos de 200. Na de Sarapuí, com a mesma capacidade, são tratados de 600 litros/segundo. A estação de Paquetá nunca entrou em operação, deteriorou-se e o governo desistiu de colocá-la em funcionamento.
No contrato, estavam previstos 1.248 km de redes coletoras de esgoto e 178 mil ligações domiciliares. Foram executados apenas 603 km de redes e 54 mil ligações até novembro de 2006, segundo o último relatório do BID.
O talebã da clorofila, Carlos Minc, que hoje ocupa a secretaria de meio ambiente do estado do Rio e foi um dos principais responsável pela estopim da atual crise do Código Florestal ao assinar o decreto 6.514, disse que foi "uma fraude cavalar construir as estações sem as redes". Minc conseguiu a aprovação no BID de um novo empréstimo de mais US$ 452 milhões para o projeto. "São elefantes brancos, monumentos à incompetência, ao descaso, à ilusão", diz Minc com cara de paisagem. A recuperação ambiental da baía é um dos compromissos assumidos pelo governo para a realização da Olimpíada de 2016.
É como eu sempre digo aqui no blog, preservar meio ambiente é refresco no dos outros. É por isso que a Europa não tem APP, nem RL, nem floresta nativa e luta pela preservação no Brasil, que o Rio joga merda no cartão postal do Brasil e a Cristiane Torloni luta pela preservação lá na Amazônia. É por isso que as Fundações internacionais financiam a sobejo ONGs em países periféricos.
Esse é um problema da preservação ambiental é mais fácil e menos doloroso preservar no quintal do vizinho.
Comentários
Eu moro em São Paulo onde também ocorre esta enorme hipocrisia.
Em Salesópolis onde nasce o rio TieTê os chamados ruralistas não podem fazer nada para manter preservadas suas nascentes e margens.
Porém, logo depois ao passar pelas cidades o TieTê começa a morrer ao receber os esgotos urbanos até chegar em Guarulhos e São Paulo que o transformam num esgoto poluído e sem vida, com rodovias e construções onde deveriam estar suas APPs.
E, se alguém fala em demolir as construções e vias marginais nas APPs para replantar a vegetação nativa, é chamado de louco.
"Fundamentalismo do econegocio" é o apelido adequado.
Agora sim que gostei.
Atenciosamente: Flaconideales
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