Jihad ecológica: Fundamentalistas de meio ambiente atacam ambientalistas moderados

Mujahidins verdes se voltam
contra a Ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira
Eles mostraram a cara. Talvez seja este uma dos grandes benefícios sociais desse processo de reforma do Código Florestal: o ambientalismo rachou claramente entre moderados e xiitas. Os fundamentalistas agora se voltam contra os moderados e centram fogo na Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

José Eli da Veiga, um professor universitário que vem usando seu PhD para dar ar de ciência a um conjunto bobagem que diz sobre o Código Florestal, atacou abertamente a Ministra Izabella em um entrevista longa publicada no Estadão. Leia a entrevista: 'Ministra fraca leva Código a um desastre'

Antes dessa guerra pela reforma do Código Florestal o ambientalismo xiita era o principal interlocutor nos debates que envolviam o tema. Ponto e contra-ponto eram sempre estabelecidos com um fundamentalista das pteridóficas em uma das suas posições. Ambietalismo e fundamentalismo ambiental confundiam-se. Não havia distinção aparente entre eles. Consequência de se ter sempre um fundamentalista como interlocutor era um debate enfezado, maniqueísta, sem saída, sem opção.

Na guerra do Código Florestal os xiitas mostram seus homens-bomba, suas mulheres-bomba, seus cientistas-boma, suas academias de ciência-bomba. Os jornais podem agora escolher entre ouvir um xiita e ouvir um ambientalista de verdade.

Quer um ponto de corte para distinguir um xiita de um ambientalista? Os xiitas são aqueles que serão derrotados. Derrotados por um processo democrático onde a reforma do Código Florestal foi aprovado sempre por esmagadora maioria dos reais representantes do povo brasileiro, derrotados depois um democrático processo de negociação entre o setor rural e os ambientalistas pragmáticos.

Jornalismo parcial

O Estadão publicou na semana passada duas longas entrevistas com "pesquisadores" contrários à reforma do Código Florestal, uma como xiita Carlos Eduardo Frickman Young e outra com o fundamentalista José Elis da Veiga. Cadê o contra ponto, Estadão? Se vocês têm uma opinião formada pela defesa do meio ambiente sobre os escombros da agricultura nacional como querem Young e Veiga, porque não defendem isso abertamente? Por que dar ar de jornalismo à defesa velada de um dos lados dessa disputa?

Em tempo:

Passei a ultima sexta-feira em trabalho de campo sem acesso à net, continuei sem acesso à rede ontem e hoje e, provavelmente não terei como atualizar o blog também amanhã. Este post está sendo feito em um cyber no tempo de um café expresso. Não pude desconstruir as imposturas elencadas nas entrevistas de Young e Veiga e talvez não tenha tempo de fazê-lo. Mas saibam todos que eles estão eivadas de tolices e é uma pena que não haja quem possa desconstruí-las.

Comentários

Luiz Prado disse…
Mas, quem se importa com o que diz um economista uspiano urbanóide, exceto os outros economistas uspianos?

É apenas masturbação acadêmica!
João Lima disse…
Ciro, ao Mujahidin está reservado o golpe da cimitarra democrática quando da votação de um código que foi finalmente revisado, ao contrário do que esses aí, auto-denominados ambientalistas, fizeram em 2001: proposta monocrática e que desconsiderou a realidade do país.

É muito bom ver e participar dessa "surra cidadã" sobre os também ditos doutores que não sabem se mandioca dá na raiz ou na folha, que perdem tanto tempo e recursos em pesquisas inertes, onanistas mentais.

O certo é que mencionei no meu blog que seria uma briga de cobra engolindo cobra, a autofagia do ambientalismo hipócrita existente no Brasil.

Aos radicais restará a poeira da história brasileira acumulada naqueles cantinhos nos quais as cerdas dos pincéis nunca tocam. Quem dera nem seus livros e artigos figurarão mais nas estantes tamanha a mediocridade do pensamento.