Desumanismo ambiental

Caros, vejam essa pérola que acabo de ler por sugestão de um companhaneiro aqui do blog feita via facebook. É uma reportagem publicada no site da revista National Geographic Brasil.
São Paulo segundo o fetiche os talibãs da clorofila. Sabe o que falta nessa foto?
Gente. Eles detestam gente.
A arquiteta Pérola Felipette Brocaneli, doutora em paisagem e ambiente pela Universidadede São Paulo, está entre os pesquisadores que apostam em uma solução arrojada: devolver aos rios as várzeas em suas margens. “Não se trata apenas de criar parques ou áreas verdes, mas transformar a lógica estrutural de São Paulo, que deixará de ser viária e passará a ser ecológica”, diz.

Na prática, isso significaria desapropriar os edifícios e afastar as vias pavimentadas que hoje ladeiam o rio Tietê e seus principais afluentes (Pinheiros, Tamanduateí) – um plano ainda utópico,sobretudo quando se nota que, em 2010, canteiros foram derrubados para dar lugar a três novas faixasde asfalto. “Sei que tais possibilidades incomodam. Mas o que deveria ser mais inquietante são aspéssimas condições ambientais e os reflexos disso na qualidade de vida dos paulistanos”, diz Pérola.

Uma mudança total levaria décadas. O primeiro passo seria a constituição de um parque linear principal, capaz de atuar no amortecimento das chuvas críticas e ser o eixo de um sistema de refrigeração para o município, composto de áreas verdes e úmidas. Esses espaços seriam criados ao longo de rios e córregos que hoje estão inseridos nas porções denominadas pelo poder público de “operações urbanas”. “São áreas residuais, sujeitas a um zoneamento especial, voltadas para a reestruturação territorial de São Paulo”, diz Pérola.

Em vez de direcionar essas áreas de maneira integral para empreendimentos imobiliários, a ideia é destiná-las também à recuperação de antigas zonas úmidas.Uma das propostas é interligar por meio de um corredor ecológico no eixo noroeste-sudeste as serras da Cantareira e do Mar. A umidificação, o controle térmico e a regularização do ciclo hidrológico seriam favorecidos – ou seja, haveria uma regularização do calor e das chuvas acima do normal. Hoje, o vento frio vindo das partes altas não é capaz de refrigerar a cidade porque depara com uma bolha de ar aquecido e seco ao atingir aregião metropolitana – resultado do desmatamento e da impermeabilização das várzeas.

Na renascida São Paulo, a demanda pelos carros particulares tenderia a diminuir, já que as opções de serviço e de lazer estariam melhor distribuídas e o transporte público seria mais eficiente. “Além disso, atrações culturais e praças esportivas fariam parte das novas áreas verdes”, completa Pérola.“São Paulo precisa alterar sua noção de privado. Mais do que recuperar o ambiente, trata-se de criar redes de espaço público.”


Em tempo, fundamentalista ambiental é uma graça. Elas nem se apercebem que sempre falta gente nos projetos lunáticos lá deles. Quando isso fica só no campo da porrolouquice bonitinha, vá lá. O problema é quando eles tentam tiras essas sandices do papel como no caso do Código Florestal, por exemplo.

Até hoje tem fundamentalista ambiental que choraminga dizendo que querem subverter o Código Florestal justo agora que o governo começou a aplicar. Eles nem se tocam que quando se começa a forçar a aplicação de um bizarria dessas começam a pulular as consequências sociais danosas que nunca entram nos projetos bonitinhos dos sonháticos.

Se você quiser saber mais sobre a teoria do desumanismo ambiental leia o livro do filósofo francês Luc Ferry: A Nova Ordem Ecológica.

Comentários

Luiz Prado disse…
Essas composições gráficas, algumas vezes animadas, com movimentos, são fáceis de fazer hoje em dia num computador. Elas estão muito em moda na cidade do Rio de Janeiro também. E dão a impressão que por trás delas existe um projeto ou até mesmo uma realidade.
Luiz Henrique disse…
Papel aceita qualquer coisa, até um Código Florestal impossível de ser cumprido
e1000 disse…
Que lindo hein.. onde vao morar as pessoas q estavam no lugar dessas arvores e gramados?.. poderiam ir pra casa dos ecologistas do greenpeace..