Estamos trabalhando na base da ameaça, diz presidente do Ibama sobre zona de conflito no Pará

Foto: Pedro França/Agência Senado
Ao portal da revista Exame Como retaliação, a presidente do Ibama, Suely Araújo, fez coro com o chefe dos fiscais do órgão, Luciano Evaristo, sobre o envio de tropas para a região da BR-163. “A finalidade é restabelecer a possibilidade de a fiscalização atuar de forma regular na região. Hoje estamos trabalhando na base de ameaça”, disse ela.

O Ibama planeja retaliar o povo da região da BR-163 depois que oito carros do aparato de repressão do órgão foram incendiados na região.

Enquanto isso a região continua conflagrada depois que o Ministro do ½ Ambiente, Sarneyzinho Filho, não cumpriu o acordo feito com a bancada do Pará.

Para permitir os vetos à Medida Provisória nº 756, Sarneyzinho se comprometeu a enviar um projeto de lei ao Congresso com alterações na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim de forma a evitar a expulsão dos colonos.

A Flona do Jamanxim foi criada em 2006 sobre áreas já ocupadas por colonos. Caso não haja mudanças nos limites da Flona os colonos terão que ser expulsos.


A BR-163, única forma de acesso da soja de Mato Grosso ao porto de Miritituba, está totalmente bloqueada para caminhões de soja que tetam chegar ao porto. Os caminhões e carros que retornam a Mato Grosso passam por bloqueios que mudam de local a cada 24 horas.

Na manhã deste sábado o bloqueio de Morais de Almeida foi aberto, mas a rodovia foi fechada no distrito de Caracol. Os manifestantes espalham troncos e cartazes ao longo da rodovia.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estimou nesta sexta-feira, dia 7, que os bloqueios já reduziram o fluxo de caminhões na rodovia em 75%. O gerente de Economia da Abiove, Daniel Amaral, disse ao Canal Rural que os protestos podem interromper as exportações de soja pelo porto de Miritituba. "Os embarques nos portos ainda não pararam, mas, a continuar nesse ritmo, dentro de quatro ou cinco dias, eles vão ser interrompidos", asseverou Amaral.

O governo já foi avisado do problema por meio de documento assinado pela Abiove, Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e Associação Dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport). O documento informa sobre o problema e pede medidas emergenciais.

"A gente vai precisar dar uma solução urgente para isso, para que o Brasil consiga exportar e não perder produto por problema ou falta de armazenamento. É uma situação novamente preocupante com a BR-163", disse Amaral.

“Informação publicada é informação pública. Porém, alguém trabalhou e se esforçou para que essa informação chegasse até você. Seja ético. Copiou? Informe e dê link para a fonte.”

Comentários

jerson disse…
Sarneyzinho câncer da nação