De 1980 até hoje, a produção de arroz no Brasil aumentou 43%, mas a área destinada a esse cultivo caiu 70%. Arrozais que juntos somavam 4,6 milhões de hectares (equivalente ao estado do Espírito Santo) deixaram de existir, enquanto mais arroz chegava aos armazéns.
Já a colheita de milho quase quintuplicou: de 21 milhões de toneladas em 1980 para 96 milhões de toneladas hoje. Mas a área de cultivo aumentou só 40%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O que tornou essa mágica possível foi o conhecimento e a tecnologia. Agrotóxicos, fertilizantes, tratores e espécies modificadas nos tornaram capazes de produzir mais em menos tempo e espaço. Graças a esse aumento de produtividade, menos matas e florestas tiveram que ser derrubadas para alimentarmos o mundo.
Essa é uma entre tantas revelações provocativas do livro "Agradeça aos Agrotóxicos por Estar Vivo", lançado nesta semana pelo jornalista Nicholas Vital. O livro é uma lufada de ar fresco no debate ambientalista brasileiro, geralmente intoxicado por um ressentimento contra grandes empresas e contra a ciência aplicada ao campo.
É impressionante imaginar quantas florestas a tecnologia salvou no Brasil. Se tivéssemos, por exemplo, que chegar à produção atual de milho com o plantio natural e orgânico dos nossos avós, seria necessário ocupar mais 38,1 milhões de hectares além dos 17 milhões atuais.
Ou seja: só o aumento da produtividade do milho evitou a ocupação de uma área maior que os territórios de Roraima e do Acre. Relutei a acreditar nesses números, fiz e refiz as contas, e é isso mesmo. É como se tivéssemos poupado 29 vezes a área da Floresta Nacional do Jamanxim, tema de polêmica nas últimas semanas, que tem 1,3 milhão de hectares.
E isso sem contar outras culturas. O raciocínio vale para o algodão, cuja produtividade por hectare aumentou 582% desde 1980, o feijão (aumento de 274%), a soja (176%) e o trigo (257%).
Ponderado e com bons argumentos, Vital admite que agrotóxicos são produtos perigosos. São como remédios: venenosos se aplicados sem cuidado ou orientação, úteis e benéficos se utilizados na dose certa e conforme instruções técnicas. "Se decidíssemos proibir agrotóxicos porque causam intoxicações, teríamos que fazer o mesmo com medicamentos e produtos de limpeza, as principais causas de morte por intoxicação no Brasil", diz.
O livro também desmonta mitos e notícias alarmistas que costumam aparecer em sites, jornais e grupos de WhatsApp. Como estas: "orgânicos curam câncer", "comer alimentos com agrotóxicos diminui a quantidade de esperma" ou "grupo protesta contra agrotóxicos e Eduardo Cunha em Brasília". Na maior parte das vezes, mostra o autor, as notícias ou interpretam mal estudos científicos ou se baseiam em pesquisas com poucas evidências científicas e muita ideologia.
Clique no link e compre o livro: http://compre.vc/v2/200fbfc0833
“Informação publicada é informação pública. Porém, alguém trabalhou e se esforçou para que essa informação chegasse até você. Seja ético. Copiou? Informe e dê link para a fonte.”
Já a colheita de milho quase quintuplicou: de 21 milhões de toneladas em 1980 para 96 milhões de toneladas hoje. Mas a área de cultivo aumentou só 40%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O que tornou essa mágica possível foi o conhecimento e a tecnologia. Agrotóxicos, fertilizantes, tratores e espécies modificadas nos tornaram capazes de produzir mais em menos tempo e espaço. Graças a esse aumento de produtividade, menos matas e florestas tiveram que ser derrubadas para alimentarmos o mundo.
Essa é uma entre tantas revelações provocativas do livro "Agradeça aos Agrotóxicos por Estar Vivo", lançado nesta semana pelo jornalista Nicholas Vital. O livro é uma lufada de ar fresco no debate ambientalista brasileiro, geralmente intoxicado por um ressentimento contra grandes empresas e contra a ciência aplicada ao campo.
É impressionante imaginar quantas florestas a tecnologia salvou no Brasil. Se tivéssemos, por exemplo, que chegar à produção atual de milho com o plantio natural e orgânico dos nossos avós, seria necessário ocupar mais 38,1 milhões de hectares além dos 17 milhões atuais.
Ou seja: só o aumento da produtividade do milho evitou a ocupação de uma área maior que os territórios de Roraima e do Acre. Relutei a acreditar nesses números, fiz e refiz as contas, e é isso mesmo. É como se tivéssemos poupado 29 vezes a área da Floresta Nacional do Jamanxim, tema de polêmica nas últimas semanas, que tem 1,3 milhão de hectares.
E isso sem contar outras culturas. O raciocínio vale para o algodão, cuja produtividade por hectare aumentou 582% desde 1980, o feijão (aumento de 274%), a soja (176%) e o trigo (257%).
Ponderado e com bons argumentos, Vital admite que agrotóxicos são produtos perigosos. São como remédios: venenosos se aplicados sem cuidado ou orientação, úteis e benéficos se utilizados na dose certa e conforme instruções técnicas. "Se decidíssemos proibir agrotóxicos porque causam intoxicações, teríamos que fazer o mesmo com medicamentos e produtos de limpeza, as principais causas de morte por intoxicação no Brasil", diz.
O livro também desmonta mitos e notícias alarmistas que costumam aparecer em sites, jornais e grupos de WhatsApp. Como estas: "orgânicos curam câncer", "comer alimentos com agrotóxicos diminui a quantidade de esperma" ou "grupo protesta contra agrotóxicos e Eduardo Cunha em Brasília". Na maior parte das vezes, mostra o autor, as notícias ou interpretam mal estudos científicos ou se baseiam em pesquisas com poucas evidências científicas e muita ideologia.
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