Na década de 70 o governo brasileiro incentivou a migração para a região norte com o objetivo de ocupar e preservar a integridade do território nacional. A propriedade da terra apenas era reconhecida pelo governo para quem desmatasse e cultivasse pelo menos metade de sua terra.
Muitos brasileiros atenderam aos incentivos do Estado e se embrenharam numa região inóspita, sem infraestrutura, sem serviços públicos, sem nada. Muitos sangraram, muitos adoeceram, muitos morreram e alguns, a custo de muito suor e trabalho, prosperaram. Hoje, vivem na Amazônia, sobre a sepultura dos seus mortos, tentando construir o futuro dos seus vivos.
Segundo ato
Mas o mundo mudou e o que ontem era progresso, hoje é retrocesso. E aqueles que atenderam ao chamado público e ontem foram heróis, hoje são criminosos. O ambientalismo atemporal, sob o holofote dos valores morais de hoje, guia a sociedade ao julgamento e à condenação daqueles que agiram sob valores morais de outrora.
Terceiro ato
O governo Federal decidiu autorizar o envio da Força de Segurança Nacional para dar apoio à operações ambientais na região de Novo Progresso, no Sudoeste do Pará. A decisão foi publicada quarta-feira, 30, no Diário Oficial da União, pela Portaria 3.107, de 29 de setembro de 2009. A portaria autoriza “o uso de armas letais” nas operações. A informação é do jornal Diário do Pará.
Epílogo
"Toda injustiça será perdoada quando perpetrada para o bem da humanidade".
Adolf Hitler (apócrifo)
Comentários
Lendo Rondon é fácil entender o que sempre ocorreu na Amazônia. Os mais desbravadores e os que não queriam patrões, os mais corajosos e ousados, iam e lá ficavam.
Agora, a Guarda Nacional e politicagem. O que vão fazer? Colocar um gorila armado ao lado de cada um dos 5 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia?
Como disse Gabeira, a proposta de desmatamento zero é metafísica, não dá, já tem gente demais lá. Mas para o espetáculo que agrada ao eleitor, o MMA segue adiante na proibição com o objetivo final de ficar de pires na mão pedindo dinheiro aos países ricos. A história da "exploração sustentável" é coisa para outros resolverem.
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