Se for preciso arrancar plantações, arrancaremos, diz MMA

As novas determinações do Código Florestal Brasileiro criaram uma verdadeira batalha entre ruralistas e ambientalistas. O foco da discórdia é a implementação da reserva legal de preservação, que poderá implicar redução da produtividade do País. Em São Paulo, o caso já alcançou proporções elevadas, com o embargo de colheita e ações civis públicas para redução da área plantada e formação de reserva.

No caso da plantação de cana-de-açúcar em São Paulo, seriam necessários 3,7 milhões de hectares. "Mas, mesmo usando todas as áreas disponíveis, haveria um déficit de 1 milhão de hectares. Ou seja, teríamos de reduzir a área plantada", afirma o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank. Nas contas dele, isso significaria perder R$ 7,2 bilhões de receita proveniente da cana no Estado.

No Ministério de ½ Ambiente, no entanto, não há nenhum movimento no sentido de mudar as regras do jogo. Segundo o diretor do Departamento de Áreas Protegidas, João de Deus Medeiros, a ausência de áreas para compensação dentro do Estado é um sinal de que há algum desequilíbrio no local. Portanto, se for preciso arrancar plantações para recompor florestas, isso será feito.

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Em tempo, RL em São Paulo é 20%. E se fosse 80% como na Amazônia, o que seria da produção agrícola?

Comentários

Luiz Henrique disse…
Isto é um absurdo! Tudo bem recompor vegetação ciliar, desde por métodos técnicos, não como esta, que uma terra plana, roxa, a beira de uma represa hidrelétrica, ter de deixar 100 m de largura.
Agora recompor reserva legal em uma área que esta produzindo? Esta área nuca mais será como a original, se tivermos que inutilizar 20% da área, teremos também que dar fim em 20% da população, ou estes ambientalistas acham que são como Cristo, capaz de multiplicar o pão?
O que deve ser feito é uma compensação financeira para as áreas de mata Atlântica que estejam intactas e seja agriculturável.
E a Floresta Amazônica? Só deixar índio para gringo ver? Se querem isto, que paguem e paguem de acordo com a produção das terras de seus países que foram desmatadas , hoje só 0,1 % da cobertura vegetal original da Europa esta intacta e vem estas ONGs internacionais nos dando lição de moral?
Quantas famílias atendendo ao chamado do governo brasileiro desbravaram terras que hoje com a produção ajudam a garantir nossa balança comercial, famílias que ficaram a mercê da natureza, há centenas de quilômetros por caminhos de terra de um hospital, ajudaram a enriquecer o Brasil, hoje são tratadas como marginais por setores do governo.
Quer maior absurdo do que foi feito com as terras da “Reserva Raposa Serra do Sol”?
Minha esperança é que eu viva, para um dia ver justiça neste país.
Anônimo disse…
Essa "batalha" é artificial, fomentada por políticos que cafetinam votos "ambientalistas" jovens e que são presas fáceis. Pena que entre eles estejam, também, alguns jovens recém-saidos do MP recém saídos dos coeiros e que nunca tiveram qualquer formação em filosofia do direito, e nem em meio ambiente.