Caros, outro dia recebi um e-mail de um ambientalista, um antropólogo, que trabalhou no Museu Emílio Goeldi, em Belém, e na ONG Instituto Socioambiental (ISA). O e-mail foi bastante polido, reconhecia a necessidade de alteração no Código Florestal mas, muito prudentemente, temia que à pretexto de reforma se destruisse a lei. No e-mail entretanto, o ambientalista, que assinou apenas como "Vieira", disse que eu tinha a mão muito pesada com as ONGs.
É verdade. Eu tenho mesmo a mão muito pesada. Só lamento não ser capaz de colocar ainda mais peso na mão. Entendam porque razão este blogger não tolera algumas ONGs. Vejam o vídeo abaixo sobre o Código Florestal. Foi produzido pela sucursal inglesa do Greemisery, para ser apresentado ao público inglês:
Como não consegui colocar legendas diretamente no vídeo, segue abaixo uma tradução livre do que diz o Sr. Paulo Adário que aparece no vídeo explicando ao inglês o que é o Código Florestal brasileiro e o que representa a tentativa de alteração na lei:
Na Amazônia um fazendeiro pode, de acordo com a lei, desmatar 20% da sua propriedade e os 80% restantes devem ser preservados. Esse é o Código. O objetivo da lei é proteger a lei e, ao mesmo tempo, permitir a agricultura e a produção... e as florestas tem um papel muito importante na fertilidade, na fertilidade do solo, e resulta... (gaguejando) na própria agricultura.
Então, o que os fazendeiros querem fazer agora? Por mais de 20 anos eles vem tentando mudar o Código baseados na premissa de que a área autorizada a ser desmatada é muito pequena em comparação com a área que eles precisam preservar. Eles dizem que isso é uma competição injusta com outros países que não têm esse sistema, como Argentina ou Estados Unidos. O Brasil se tornou um dos maiores produtores de comida no planeta e isso tem sido muito importante para a economia brasileira, as exportação de comodites como carne e soja...
Então se eles mudarem o Código o tamanho da área de floresta que será destruída aumentará. Isso representará, em termos de emissão de carbono, seis vezes mais do que o compromisso brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2020. Será um desastre para as florestas, um desastre para os povos indígenas que vivem na floresta e que têm um relacionamento sustentável com a floresta, será um desastre para a biodiversidade e para o clima. Será um desastre não apenas para o Brasil, será um desastre global."
Alguém aí me diga se dá para não ter a mão pesada com uma cretinice dessas.
Não posso deixar de iniciar o comentário falando da gaguejada do fundamentalista ambiental quando tentou falar que a floresta presta um importante papel para a fertilidade do solo. Em termos de produção agrícola, a importância de fertilidade do solo de uma floresta é zero. Não se pode plantar nela, que importância tem se ela é fértil ou não?
O Adário sabe disso. Ele sabe que soltou um sofisma, ele sabe que forçou a barra. Por isso ele gaguejou na hora. Qualquer pessoa minimamente crítica percebe que ele mentiu, mas ele está habituado a pregar para fiéis, que são acríticos, por isso eles nem se preocuparam em retirar a gaguejada do vídeo... deve ser culpa do inglês.
Mas o pior do vídeo não são as mentiras ditas, são as verdades escondidas.
Adário faz parecer ao telespectador inglês que a tentativa de mudar o Código Florestal diz respeito exclusivamente à Amazônia. Ele reduz o movimento de mudança na lei a uma tentativa de destruidores de florestas de conseguirem autorização para destruir mais floresta. Isso não é verdade.
A tentativa de mudar a lei é um movimento nacional. O Código afeta negativamente produtores rurais catarinos, paulistas e cearenses situados a milhares de quilômetros da Amazônia. Mas Adário faz parecer que é um problema amazônico. Ele sabe que não é, mas o objetivo dele é alarmar o telespectador inglês que não faz a menor de idéia do que é o Ceará. O ambientalista está tentando manipular a opinião do ouvinte.
Adário diz que se o Código Florestal for alterado será um desastre para os índios. Novamente ele tenta manipular a opinião alheia mentindo. Ele sabe que o Código Floresta se aplica apenas às áreas privadas e que não há índios em áreas privadas.
Mas o grande embuste do vídeo do greemisery é esconder do telespectador que maior motivação para as tentativas de mudança na lei florestal é a questão do passivo legal. A lei obriga milhares de produtores, grandes e pequenos, a arrancarem parte de suas plantações para replantar florestas que, em muitos casos, foi arrancadas a várias décadas. Os produtores têm fazer isso com recursos próprios e grande parte deles não têm como fazer.
Adário faz parecer que as tentativas de alterar a lei são tocadas por fazenderios do mal que querem lucrar destruindo a Amazônia. Ele sabe que ninguém quer que isso aconteça, muito menos os ingleses e sabe que a fácil fazer as pessoas acreditarem nesse reducionismo simplório. Dessa forma ele consegue apoio, e grana, no exterior para financiar suas campanhas.
Não importa se para isso ele tem que mentir ou prejudicar os produtores rurais brasileiros. Ele está se lixando para o problema ambiental ou para as conseqüências deletérias do Código Florestal. Ele se preocupa apenas com a grana para as campanhas pirotécnicas do greemisery (nelas incluídas o próprio salário lá dele que não deve ser curto).
Esse tipo de atitude, na visão desse blogger, não é ambientalismo. Isso é pilantragem disfarçada da ambientalismo, é um tipo moral moderno de estelionato, é semelhante a arrancar dinheiro de um fiel doente prometendo uma cura milagrosa ou a salvação eterna no reino dos céus. No fundo Adário é um tipo "tragável" de pastor pilantra; o ambientalismo dele é uma corruptela de religião usada para extorquir gente de boa fé sinceramente interessa em proteger o meio ambiente.
Esse tipo de ambientalismo não merece respeito. Buscar alguma proteção ambiental, alguma harmonia entre o homem e a natureza é outra coisa muito diferente.
É verdade. Eu tenho mesmo a mão muito pesada. Só lamento não ser capaz de colocar ainda mais peso na mão. Entendam porque razão este blogger não tolera algumas ONGs. Vejam o vídeo abaixo sobre o Código Florestal. Foi produzido pela sucursal inglesa do Greemisery, para ser apresentado ao público inglês:
--- Início ---
"Bem, o Código Florestal é a mais importante legislação brasileira sobre florestas e uso da terra. Basicamente a lei regulamenta o que os fazendeiros podem fazer com suas terras, o que eles devem preservar para sempre e o que eles devem manter com cobertura florestal ou por árvores mas que podem usar de uma forma sustentável.Na Amazônia um fazendeiro pode, de acordo com a lei, desmatar 20% da sua propriedade e os 80% restantes devem ser preservados. Esse é o Código. O objetivo da lei é proteger a lei e, ao mesmo tempo, permitir a agricultura e a produção... e as florestas tem um papel muito importante na fertilidade, na fertilidade do solo, e resulta... (gaguejando) na própria agricultura.
Então, o que os fazendeiros querem fazer agora? Por mais de 20 anos eles vem tentando mudar o Código baseados na premissa de que a área autorizada a ser desmatada é muito pequena em comparação com a área que eles precisam preservar. Eles dizem que isso é uma competição injusta com outros países que não têm esse sistema, como Argentina ou Estados Unidos. O Brasil se tornou um dos maiores produtores de comida no planeta e isso tem sido muito importante para a economia brasileira, as exportação de comodites como carne e soja...
Então se eles mudarem o Código o tamanho da área de floresta que será destruída aumentará. Isso representará, em termos de emissão de carbono, seis vezes mais do que o compromisso brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2020. Será um desastre para as florestas, um desastre para os povos indígenas que vivem na floresta e que têm um relacionamento sustentável com a floresta, será um desastre para a biodiversidade e para o clima. Será um desastre não apenas para o Brasil, será um desastre global."
--- Fim ---
Alguém aí me diga se dá para não ter a mão pesada com uma cretinice dessas.
Não posso deixar de iniciar o comentário falando da gaguejada do fundamentalista ambiental quando tentou falar que a floresta presta um importante papel para a fertilidade do solo. Em termos de produção agrícola, a importância de fertilidade do solo de uma floresta é zero. Não se pode plantar nela, que importância tem se ela é fértil ou não?
O Adário sabe disso. Ele sabe que soltou um sofisma, ele sabe que forçou a barra. Por isso ele gaguejou na hora. Qualquer pessoa minimamente crítica percebe que ele mentiu, mas ele está habituado a pregar para fiéis, que são acríticos, por isso eles nem se preocuparam em retirar a gaguejada do vídeo... deve ser culpa do inglês.
Mas o pior do vídeo não são as mentiras ditas, são as verdades escondidas.
Adário faz parecer ao telespectador inglês que a tentativa de mudar o Código Florestal diz respeito exclusivamente à Amazônia. Ele reduz o movimento de mudança na lei a uma tentativa de destruidores de florestas de conseguirem autorização para destruir mais floresta. Isso não é verdade.
A tentativa de mudar a lei é um movimento nacional. O Código afeta negativamente produtores rurais catarinos, paulistas e cearenses situados a milhares de quilômetros da Amazônia. Mas Adário faz parecer que é um problema amazônico. Ele sabe que não é, mas o objetivo dele é alarmar o telespectador inglês que não faz a menor de idéia do que é o Ceará. O ambientalista está tentando manipular a opinião do ouvinte.
Adário diz que se o Código Florestal for alterado será um desastre para os índios. Novamente ele tenta manipular a opinião alheia mentindo. Ele sabe que o Código Floresta se aplica apenas às áreas privadas e que não há índios em áreas privadas.
Mas o grande embuste do vídeo do greemisery é esconder do telespectador que maior motivação para as tentativas de mudança na lei florestal é a questão do passivo legal. A lei obriga milhares de produtores, grandes e pequenos, a arrancarem parte de suas plantações para replantar florestas que, em muitos casos, foi arrancadas a várias décadas. Os produtores têm fazer isso com recursos próprios e grande parte deles não têm como fazer.
Adário faz parecer que as tentativas de alterar a lei são tocadas por fazenderios do mal que querem lucrar destruindo a Amazônia. Ele sabe que ninguém quer que isso aconteça, muito menos os ingleses e sabe que a fácil fazer as pessoas acreditarem nesse reducionismo simplório. Dessa forma ele consegue apoio, e grana, no exterior para financiar suas campanhas.
Não importa se para isso ele tem que mentir ou prejudicar os produtores rurais brasileiros. Ele está se lixando para o problema ambiental ou para as conseqüências deletérias do Código Florestal. Ele se preocupa apenas com a grana para as campanhas pirotécnicas do greemisery (nelas incluídas o próprio salário lá dele que não deve ser curto).
Esse tipo de atitude, na visão desse blogger, não é ambientalismo. Isso é pilantragem disfarçada da ambientalismo, é um tipo moral moderno de estelionato, é semelhante a arrancar dinheiro de um fiel doente prometendo uma cura milagrosa ou a salvação eterna no reino dos céus. No fundo Adário é um tipo "tragável" de pastor pilantra; o ambientalismo dele é uma corruptela de religião usada para extorquir gente de boa fé sinceramente interessa em proteger o meio ambiente.
Esse tipo de ambientalismo não merece respeito. Buscar alguma proteção ambiental, alguma harmonia entre o homem e a natureza é outra coisa muito diferente.
Comentários
Uma dúvida.
Referindo-se ao passivo legal e à obrigação de arrancarem plantações e replantarem florestas, suponho que nas áreas destinadas às Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs), você diz “os produtores têm fazer isso com recursos próprios e grande parte deles não têm como fazer”.
Quer dizer que, se alguém ou algum órgão fornecer recursos para o replantio, os produtores estariam dispostos a abrir mão, sem nenhuma compensação, das áreas de APPs e RLs tal como está definido na Legislação Ambiental atual?
Sds, Vinícius Nardi.
Para mim inglês só tem que ver, não que opinar sobre questões internas do Brasil.
Muito diferente disso é eles querem assumir a responsabilidade que eles têm pela preservação (já que detonaram todas as suas florestas), depois disso querem que nós também assumamos a nossa, cumprir a responsabilidade deles como acharem melhor, e deixar que nós façamos o mesmo.
Saudações, Henrique.
Agradeço seu apontamento e sugiro que o você esqueça um pouco o artigo 1º e leia o resto do Código Florestal.
Se puder me informe quanto é a RL de uma Terra Indígena ou de uma RESEX.
Ficarei agradecido.
Também concordo que os produtores não têm condições financeiras de fazer um reflorestamento. Mas como técnica em agroecologia sinto-me na obrigação de argumentar quando é afirmado que as florestas não tem importância nenhuma para a agricultura. Ao desmatar um ambiente o regime de chuvas da região é alterado (prejudicando a agricultura), aumenta o escorrimento superficial de água pela compactação gradativa do solo (favorecendo a erosão, a perda de solo e o assoreamento de cursos d'água próximos). Mesmo se o solo estiver coberto com a cultura principal é importante lembrar que a monocultura contribui para a eliminação de inimigos naturais (predadores e patógenos que diminuem a população de pragas) e espécies animais. Devo ressaltar também que os animais silvestres não conseguem sobreviver em áreas cultivadas ou em áreas de pastagem. Os felinos, principalmente, acabam sendo mortos por pecuaristas que não compreendem que esses animais estão acostumados a viver em grandes extensões de floresta e que seu extinto falará por eles ao se deparar com o gado. Por isso é importante manter o máximo de terras preservadas possível. É importante dizer também, que como técnica em agroecologia não sou uma ambientalista, pelo contrário, meu objetivo é ajudar os produtores rurais a conseguirem uma produção sustentável, sendo possível conciliar a preservação de florestas com a produção agrícola através de técnicas como a agro floresta.
Tendo conhecimento dos argumentos utilizados pelos produtores, pelos ambientalistas e sendo ciente das técnicas agroecológicas. Acredito que o novo código florestal não é uma saída válida para efetivar a sustentabilidade, que é primordial para que a agriculura não desvaneça os recursos naturais que a tornam possível.
Respeitosamente, Izabella.
às vezes tenho vontade de responder 'com a mão pesada' ao ler uma burrice dessa. quem escreveu isso é uma pessoa que não tem o menor sentimento em relação ao que acontece no mundo.. florestas e sua biodiversidade, os os oceanos e os animais marinhos. vamos extrair tudo que a natureza nos oferece. vamos ganhar dinheiro em cima da destruição e acabar com a saúde do planeta. afinal, nossa expectativa de vida é de 80 anos, né..
Postar um comentário
Reflexões sobre meio ambiente, pecuária e o mundo rural brasileiro. Deixe seu comentário.