Imagine a seguinte situação. Um jornalista que não entende nada sobre um determinado assunto, por exemplo, poeira cósmica, é escalado pelo seu chefe para fazer uma reportagem, com prazo determinado, sobre poeira cósmica.
O jornalista corre no google e digita o termo poeira cósmica e passa horas fazendo anotações sobre quem é contra e quem é a favor da poeira cósmica e o que dizem os especialistas em poeira cósmica. Daí o jornalista tenta conversar com algumas pessoas dos dois lados, senta na frente do notebook e escreve sua obra. Em geral ele ressalta os estereótipos que já existem sobre o assunto deixando-os bem visíveis ao leitor. É uma mediocridade apenas suficiente para deixar o chefe e os leitores minimamente satisfeitos.
O jornalista tem até uma chance de fazer um texto para além da mediocridade quando não toma partido. Mas quando o faz, apesar de satisfazer o leitor que vê nele todos os lugares comuns sobre o assunto, o texto é puro lixo. Desinforma ao invés de informar. Sedimenta o que já se imagina saber e não traz nada de novo.
O jornal espanhol El País publicou ontem uma reportagem assim sobre o Código Florestal brasileño. Num texto desinformativo o jornal diz, por exemplo, que a proposta de Aldo Rebelo dá mais poder aos estados para legislar sobre o Código Florestal. Isso foi retirado do texto final aprovado. O texto fala também de APPs de 7,5m, o que também foi retirado do texto final.
Enfim, além desses, o texto está recheado das bobagens comuns que a gente lê sobre o tema no google amiúde. O El País, ignorando o assunto, se limitou a expor o Fla-Flu de Ruralistas X Ambientalistas e publicou um texto mediócre. Seria melhor se tivesse escrito sobre poeira cósmica.
Confira você mesmo e leia o texto no El Pais: Deforestadores impunes en la Amazonia
Saiba mais sobre o hábito que jornalista incompetentes têm de ressaltar o "Fla-Flu" quando são obrigados a escrever sobre assuntos que ignoram: Comitê de Imprensa da TV Câmara sobre o Código Florestal
O jornalista corre no google e digita o termo poeira cósmica e passa horas fazendo anotações sobre quem é contra e quem é a favor da poeira cósmica e o que dizem os especialistas em poeira cósmica. Daí o jornalista tenta conversar com algumas pessoas dos dois lados, senta na frente do notebook e escreve sua obra. Em geral ele ressalta os estereótipos que já existem sobre o assunto deixando-os bem visíveis ao leitor. É uma mediocridade apenas suficiente para deixar o chefe e os leitores minimamente satisfeitos.
O jornalista tem até uma chance de fazer um texto para além da mediocridade quando não toma partido. Mas quando o faz, apesar de satisfazer o leitor que vê nele todos os lugares comuns sobre o assunto, o texto é puro lixo. Desinforma ao invés de informar. Sedimenta o que já se imagina saber e não traz nada de novo.
O jornal espanhol El País publicou ontem uma reportagem assim sobre o Código Florestal brasileño. Num texto desinformativo o jornal diz, por exemplo, que a proposta de Aldo Rebelo dá mais poder aos estados para legislar sobre o Código Florestal. Isso foi retirado do texto final aprovado. O texto fala também de APPs de 7,5m, o que também foi retirado do texto final.
Enfim, além desses, o texto está recheado das bobagens comuns que a gente lê sobre o tema no google amiúde. O El País, ignorando o assunto, se limitou a expor o Fla-Flu de Ruralistas X Ambientalistas e publicou um texto mediócre. Seria melhor se tivesse escrito sobre poeira cósmica.
Confira você mesmo e leia o texto no El Pais: Deforestadores impunes en la Amazonia
Saiba mais sobre o hábito que jornalista incompetentes têm de ressaltar o "Fla-Flu" quando são obrigados a escrever sobre assuntos que ignoram: Comitê de Imprensa da TV Câmara sobre o Código Florestal
Comentários
Mas é sempre mais confortável dar palpites na vida alheia.
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