O pior ministro da Agricultura da história do Brasil anuncia vetos ao Código Florestal

Mende Ribeiro, o Ministro urso panda,
examina uma plantação de broto
de bambú.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse hoje (14) que o governo está examinando “exaustivamente” o texto do novo Código Florestal Brasileiro. A presidenta Dilma Roussef tem até o dia 25 para decidir. Mendes não acredita que seja necessário um veto total, mas indicou alguns pontos que, segundo ele, estão inadequados.

“Tivemos os parágrafos 4º e 5º do [Artigo] 61 que, do meu ponto de vista, prejudicam o pequeno produtor. E existem outros textos confusos, mas esse exame está sendo feito com todo cuidado e, na data do veto, o governo fará o veto”, disse o ministro em um ato falho se referindo à data da sanção. O Ministro também não disse quem está fazendo esse exame.

“Recebi o projeto na semana passada. Existem observações que deviam ser e foram feitas à Presidência”, ressaltou o ministro. Ou seja, não é o MAPA que está examinando o texto. “O governo, dentro do prazo, vai examinar exaustivamente o projeto e vai tomar a decisão, encerrando o processo legislativo”, disse Mendes Ribeiro sem atentar para a possibilidade de o Congresso encerrar o processo legislativo derrubando o veto do Executivo.

Independentemente da decisão presidencial, Mendes Ribeiro disse que a discussão sobre o código representou um avanço. “O preconceito com a área rural diminuiu e o conhecimento sobre a capacidade de produzir do trabalhador [rural] brasileiro ficou bem registrado. Amadurecemos, a educação ambiental cresceu, nós só ganhamos.”

Em tempo, é impressionante a incapacidade desse cidadão de ocupar o cargo de Ministro de Agricultura. É triste que nesse momento tão crucial para a história da Agricultura brasileira o MAPA esteja possuído por ministro tão incapaz de defender os interesses do setor rural junto ao Executivo.

O texto foi montado com informações e imagens da Agência Brasil de notícias. Leia o artigo original sem os comentários de baixo ph deste blogger.

Vejam abaixo a íntegra o Artigo 61 (antigo Artigo 62 do texto do Senado) e dos parágrafos a que se referiu Mendes Ribeiro:

Art. 61. Nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

§ 4º Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, com largura de até 10 (dez) metros, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, independentemente do tamanho da propriedade, sendo obrigatória a recomposição das faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular.

§ 5º Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais da agricultura familiar e dos que, em 22 de julho de 2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente, para o fim de recomposição das faixas marginais a que se refere o § 4º deste artigo, é garantido que a exigência de recomposição, somadas as áreas das demais Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará o limite da Reserva Legal estabelecida para o respectivo imóvel.

Em tempo, o § 4º teria sido retirado do texto durante a votação na Câmara. Não foi retirado por pressão do PV e dos ecotalibãs. Agora o Executivo terá que vetá-lo. Ao contrário do que disse Mendes Ribeiro, o § 5º não prejudica pequenos produtores. Ao contrário, o § protege os pequenos produtores, mas terá que ser suprimido junto com o § 4º por que um depende o outro.

Qualquer feto parcical envolvendo o Artigo 61 criará uma lacuna no arcabouço legal que será tapada através de uma Medida Provisória ou projeto de lei. Ou seja, é outra guerra.

Comentários

jerson disse…
a cabeça desse ministro se assim pode ser chamado, defeca
cada coisa, que ele deveria usar fralda descartavel na cabeça. a tv deveria fazer uma realyte show com ministros deste tipo, ambientalóides, politicos que são contra o código
e deixarem eles na fazenda no minimo um ano, para aprenderem o que é ser agricultor rural neste pais. APROVA DILMA!.
Luiz Prado disse…
Esse já é um bocado descerebrado. Em meio ao periquitério de Dilma, então, tá lascado.
Dom Ilo disse…
Todo produtor rural tem seu código florestal próprio. Conserva ás aguadas, constroi outras novas, troca de lavoura e de cultura para evitar a degradação da propriedade, enfim vive com intensidade o que faz. Na impossibilidade de comprar mais terras, vem a necessidade de aumentar as lavouras já existentes. Como isto é feito, com limpeza de algumas áreas. Estes ambientalistas ou coisa que o valha, que discutem um progresso que não entendem, deveriam ir para Europa, conversar nos cafés da França, na Itália, Alemanha, e tentar entender por que eles são desenvolvidos e porque tem tão poucas florestas. Frescura tem limite. Num país de esfomeados, não querer que produzam comida e que usem ás dadivas da nossa natureza é o fim da picada.
Não custa repetir...

A culpa de um incapaz ocupar o cargo de Ministro de Agricultura, não é dele e nem mesmo da Presidenta que o indicou.

A culpa é dos agricultores que se deixam sacrificar sem lutar contra as injustiças, submissos como uma boiada indo para o matadouro.

É o velho ditado: cada povo tem o governo que merece