Preconceito no Carnaval? Só se for contra produtor rural

Matéria do jornalista Frederico Gulart, para a Rádio CBN, informa que algumas marchinhas de carnaval com letras consideradas politicamente incorretas estão na mira dos blocos do Rio. Entre as canções censuradas estão hinos como "O teu cabelo não nega", "Cabeleira do Zezé" e "Maria Sapatão". Os críticos, dizem que as músicas ofensivas não devem fazer parte de uma manifestação popular. Preconceito no carnaval, só se for politicamente correto como "fazendeiros e seus agrotóxicos" e outras bobagens contra o homem do campo.

Renata Rodrigues, do bloco feminista Mulheres Rodadas, defende que letras ofensivas não devem ter espaço em um manifestação popular. "Se a gente tá vendo que isso tá sendo considerado ofensivo, a gente não deve fazer coro com isso", diz Rodrigues.

Para quem não sabe, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense apresentará no carnaval deste ano uma ala chamada "Fazendeiros e seus agrotóxicos". A escolha da Imperatriz foi considerada ofensiva por todo o setor rural. Mas, como se vê, preconceito politicamente correto no carnaval, pode.

Ouça a matéria da CBN:

Comentários

Decio Pedroso disse…
Depois que um ministro do Meio Ambiente, do Lula, disse que não entendia porque se derrubavam matas para criar bois: "Para que? As prateleiras dos supermercados estão cheias de carne." Acho que, de certas pessoas, pode se esperar tudo!