Em 2006 a lei que regulava o uso do solo em terras privadas no Brasil, o antigo Código Florestal, era considerada excelente pelo movimento ambientalista. Quase nenhum produtor rural conseguia cumprir as regras de proteção ambiental, não se falava em reflorestamento e o desmatamento na Amazônia foi de 19 mil km2 por ano nos dez anos anteriores.
Quando o setor rural brasileiro iniciou uma campanha para altear a lei, o que fez o movimento ambientalista? Oposição.
Em 2012, vencido o ambientalismo, o Poder Legislativo reformou o antigo Código Florestal mantendo regras severas de proteção ambiental que não existem em nenhum outro país do mundo. O que fez o movimento ambientalista? Pediu veto.
Contrariado pelo Poder Executivo, o que vez o movimento ambientalista? Questionou a decisão majoritária do Congresso Nacional e do Poder Executivo no Supremo Tribunal Federal.
Em 2016, a lei que regula o uso do solo em terras privadas no Brasil, o novo Código Florestal, sustenta as metas de recuperação ambiental assumidas pelo país nos acordos internacionais sobre mudanças climáticas. A maioria dos produtores rurais consegue cumprir e o desmatamento na Amazônia caiu para 7,5 mil km2 por ano nos últimos dez anos.
Prova da disposição do produtor a seguir as regras do novo Código é a alta adesão ao CAR, Cadastro Ambiental Rural. Em dois anos, o agro brasileiro mapeou, em detalhes e com recursos próprios, cerca de 400 milhões de hectares, quase a metade do território nacional, área equivalente a seis vezes o território da França.
Com o CAR, os produtores entregaram ao Governo Federal todas as informações de suas propriedades e posses. Aguardavam a análise das informações e o início dos Programas de Recuperação Ambiental que resultariam no reflorestamento de mais de 12 milhões de hectares, além dos 97 milhões de hectares de vegetação nativa remanescente protegida em reservas nas propriedades privadas.
Apesar de todo o custo desse processo estar sobre os ombros dos produtores, não havia movimento de oposição às regras. Discutia-se formas de financiamento, tecnologia e criação de mercados de recuperação florestal. Tudo caminhava na direção da adequação dos imóveis rurais do Brasil a regras severas de uso do solo e de proteção de rios e florestas.
Até que o movimento ambientalista foi alçado ao Ministério do Meio do Ambiente com a nomeação do Deputado Sarney Filho ao posto de ministro. Sob pressão desse movimento, do qual é militante, Sarney Filho decidiu tornar públicas as informações que lhe foram confiadas por centenas de milhares de produtores rurais. A agenda convergente de adequação e recuperação ambiental foi substituída pelo velho antagonismo entre produção agropecuária e proteção ambiental.
Houvesse no Brasil um movimento ambientalista disposto a trabalhar junto com o setor rural no sentido de adequar o campo ao novo Código Florestal, não haveria problema na divulgação dos dados do CAR. Infelizmente, o ambientalismo ordinário no Brasil não é sério. Os dados do CAR, oferecidos de boa fé pelos produtores rurais ao Governo, foram sequestrados pela turma do “Veta, Dilma!”
A proteção do meio ambiente no Brasil tem uma nova consciência no campo. Precisamos agora de um novo ambientalismo.
Imagem: Colagem do Fotor.com com imagens da Agência Brasil
Quando o setor rural brasileiro iniciou uma campanha para altear a lei, o que fez o movimento ambientalista? Oposição.
Em 2012, vencido o ambientalismo, o Poder Legislativo reformou o antigo Código Florestal mantendo regras severas de proteção ambiental que não existem em nenhum outro país do mundo. O que fez o movimento ambientalista? Pediu veto.
Contrariado pelo Poder Executivo, o que vez o movimento ambientalista? Questionou a decisão majoritária do Congresso Nacional e do Poder Executivo no Supremo Tribunal Federal.
Em 2016, a lei que regula o uso do solo em terras privadas no Brasil, o novo Código Florestal, sustenta as metas de recuperação ambiental assumidas pelo país nos acordos internacionais sobre mudanças climáticas. A maioria dos produtores rurais consegue cumprir e o desmatamento na Amazônia caiu para 7,5 mil km2 por ano nos últimos dez anos.
Prova da disposição do produtor a seguir as regras do novo Código é a alta adesão ao CAR, Cadastro Ambiental Rural. Em dois anos, o agro brasileiro mapeou, em detalhes e com recursos próprios, cerca de 400 milhões de hectares, quase a metade do território nacional, área equivalente a seis vezes o território da França.
Com o CAR, os produtores entregaram ao Governo Federal todas as informações de suas propriedades e posses. Aguardavam a análise das informações e o início dos Programas de Recuperação Ambiental que resultariam no reflorestamento de mais de 12 milhões de hectares, além dos 97 milhões de hectares de vegetação nativa remanescente protegida em reservas nas propriedades privadas.
Apesar de todo o custo desse processo estar sobre os ombros dos produtores, não havia movimento de oposição às regras. Discutia-se formas de financiamento, tecnologia e criação de mercados de recuperação florestal. Tudo caminhava na direção da adequação dos imóveis rurais do Brasil a regras severas de uso do solo e de proteção de rios e florestas.
Até que o movimento ambientalista foi alçado ao Ministério do Meio do Ambiente com a nomeação do Deputado Sarney Filho ao posto de ministro. Sob pressão desse movimento, do qual é militante, Sarney Filho decidiu tornar públicas as informações que lhe foram confiadas por centenas de milhares de produtores rurais. A agenda convergente de adequação e recuperação ambiental foi substituída pelo velho antagonismo entre produção agropecuária e proteção ambiental.
Houvesse no Brasil um movimento ambientalista disposto a trabalhar junto com o setor rural no sentido de adequar o campo ao novo Código Florestal, não haveria problema na divulgação dos dados do CAR. Infelizmente, o ambientalismo ordinário no Brasil não é sério. Os dados do CAR, oferecidos de boa fé pelos produtores rurais ao Governo, foram sequestrados pela turma do “Veta, Dilma!”
A proteção do meio ambiente no Brasil tem uma nova consciência no campo. Precisamos agora de um novo ambientalismo.
Imagem: Colagem do Fotor.com com imagens da Agência Brasil
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