Propriedades rurais (branco) sobrepostas ao Parque Estadual Serra de Ricardo Franco (vermelho) |
Padilha e os demais produtores rurais cujas propriedades foram incluídas no Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, em Mato Grosso, são alvo de uma ação do MP que aponta seu envolvimento em desmatamentos e pecuária irregular decorrente da sobreposição com o Parque Estadual. As informações usadas pelo Ministério Público no processo foram construídas com base no cruzamento dos dados do Cadastro Ambiental Rural com o mapa do Parque Estadual.
Scaloppe acusa o governo mato-grossense de ter colocado a Procuradoria-Geral do Estado a serviço da defesa de interesses particulares do ministro. O governo conseguiu derrubar uma liminar que obrigava o Estado a adotar providências para a efetiva regularização do parque estadual. O Ministério Público tenta reverter a decisão judicial que suspendeu os efeitos da liminar.
O secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, nega que o estado trabalhe em favor do ministro ou de qualquer outro proprietário. “Os proprietários também recorreram”, disse. Em dezembro de 2016, durante reunião com agricultores, Paulo Taques afirmou considerar a decisão da Justiça absurda e irresponsável. Na ocasião avisou aos proprietários que a PGE entraria com um pedido de suspensão.
Situado no extremo oeste do Estado, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade, na fronteira com a Bolívia, o Parque Serra de Ricardo Franco é uma Unidade de Conservação com 158 mil hectares criada em 1997 sobre propriedades rurais já estabelecidas.
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