Exterminadores do Futuro e Traíras do Presente

Entidades ligadas a produtores agrícolas vão lançar o "Prêmio Silvério dos Reis", para deputados e senadores que votem contra propostas que protejam os interesses nacionais. Em troca de 30 moedas de ouro, Joaquim Silvério dos Reis delatou Tiradentes e os inconfidentes aos colonizadores portugueses. Os produtores desconfiam que ONGs ecopicaretas estariam a serviço de concorrentes do Brasil no exterior.

O "Prêmio Silvério dos Reis" é uma resposta ao prêmio "exterminadores do futuro", lançado por ONGs ½ ambientais para tentar chantagear os parlamentares ligados à produção rural ameaçando jogar o eleitorado urbano contra eles.

As entidades que constroem o "Prêmio Silvério dos Reis" também vão fazer campanha de boicote a empresas e bancos que financiam ONGs considerada inimigas dos interesses nacionais travestidas de defensores do ½ ambiente.

Em tempo, brasileiro não conhece história. Ninguém sabe quem foi Silvério dos Reis. Seria melhor se eles tivessem chamado o prêmio de Campeões da Crocodilagem Nacional ou, Crocodilo de Ouro ou, melhor ainda, Prêmio Traíras do Presente.

Não é demais repetir, ambientalista é como massa de pão. Quanto mais você sova, mais o pão cresce. O Código Florestal é uma lei muito ruim. Não é difícil, em um debate racional, mostrar isso. A única forma que o ambientalismo tem de vencer um debate sobre a lei é tirando-o do campo da razoabilidade e levando-o para o campo emocional, onde eles podem usar a confiança que o brasileiro urbano tem neles para sofismar e guiar a opinião pública no sentido dos seus interesses (nem todos eles confessáveis). Ao criar esse contra-prêmio os produtores estão entrando no jogo do Mantovani e isso não favorece a luta por um código florestal mais justo.

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