Resumão 2010 da luta por uma lei ambiental melhor

Havia a previsão de que o Ministro da Agricultura Reinold Stephanes se reunisse ontem, terça feira, com o Presidente Lula para tratar das mudanças no Código Florestal, mas a reunião foi cancelada. O ministro disse que as mudanças, que provavelmente virão por meio de medida provisória, precisam ser feitas logo, sob o risco de ocorrerem iniciativas estaduais, como aconteceu em Santa Catarina, que estabeleceu uma legislação ambiental própria. “O Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul já estão com códigos próprios para serem aprovados”, afirma. O Rio de Janeiro já acabou com as APP em áreas urbanas e o Pará reduziu a RL no estado para 50% via decreto.

Hoje já é o último dia de março e até agora as medidas que alteram o Código Florestal continuam engavetadas na Casa Civil. O Ministro Stephanes deixou hoje o cargo e é provável que o tema esfrie no âmbito do Ministério da Agricultura. A CNA, prevendo que essa guerra não dará em nada nesse ano eleitoral, apenas assiste de longe. Minha opinião é de que a Senadora Katia Abreu só vai se meter no assunto quando for protagonista. Ser coadjuvante não é com ela. E quer saber? acho que ela tem razão. É melhor ter um cartucho guardado do que usar todos de uma vez na mesma besta. O Dep. Aldo Rebelo enfrenta sozinho a rebordosa dos fundamentalistas do ½ ambiente. Pequeno Sarney, as ONGs e os novos cães de fila dos zambientalistas sob a bandeira do PSOL atacam violenta e deslealmente o Dep. Rebelo. Enquanto isso, os produtores rurais continuam lenientes em suas lavouras.

Por outro lado, a refundação da Frente Nacionalista foi um achado. Os zambientalistas se borram de medo do nacionalismo porque ele tem condição de arregimentar a opinião publica, capacidade que os ruralistas não têm. Nesse momento as baterias dos fudamentalistas do ½ ambiente estão todas voltadas para achincalhar o Dep. Aldo, líder da Frente Nacionalista, mas o alvo é o nacionalismo. Minha opinião é que o Nacionalismo deve se reformular, absorver a globalização e o caráter trans nacional das empresas de hoje. É preciso definir e deixar claro para a sociedade quais são as bandeiras do Nacionalismo moderno. Acredito que o brasileiro vai se amarrar. Depois que o povo abraçar novamente a causa verde e amarela (em ano de Copa) é só dizer que os fundamentalistas do ½ são contra o interesse nacional e, voilà, o ambientalismo vai rachar deixando de um lado os xiitas do ½ ambiente e de outro os razoáveis. Daí é só conversar.

Vamos à luta. Vejamos o que ocorre.

Comentários

Luiz Prado disse…
O Rio de Janeiro não aboliu, por decreto, apenas as APPs de FMPs em áreas urbanas, mas também em rios com vazão abaixo de um certo limite, arbitrado de acordo com os interesses do momento.

E na justificativa do decreto ainda fez referência às FMPs federais como indicativas, definidas "abstratamente".
Luiz Prado disse…
Corrigindo meu comentário anterior: o Rio de Janeiro de fato modificou as APPs em áreas urbanas, o que foi ótimo mas MUITO pouco, já que milhares de pequenos produtores têm a produção de horti-frutis em terrenos através dos quais passa um filete de água ou um riacho de 20 centimentros a 1 metro de largura. Esse descaso com a produção rural nasce do desconhecimento ou do número total de eleitores.

Enquanto isso, como se nada soubesse, o IBAMA fecha os olhos para os extensos plantios de pinus em topos de morro em Piraí.