Fundamentalismo ambiental é isso

Um pecuarista comprou, a dez anos atrás, uma fazenda próxima a Marabá, no Pará. O imóvel tinha uma reserva florestal de 36%, inferior portanto, aos 50% exigidos à época. O proprietário então iniciou um exaustivo e caro trabalho de recuperação da floresta. Hoje, após 10 anos de investimento, a propriedade tem 54% mais 13% de APP, perfazendo 67% da área com reserva florestal.

Pois bem, no início de 2009 o produtor foi visitado por fiscais do Ibama acompanhados da Polícia Federal e Força Nacional de Segurança. Apesar do histórico da propriedade e do convite do proprietário para uma vistoria na fazenda, os fiscais aplicaram uma multa de R$ 12 milhões e proibiram o proprietário de vender animais.

O proprietário recorreu à justiça e qual não foi sua surpresa ao perceber que havia sido vítima de um erro: os fiscais procuravam uma outra fazenda onde os crimes ambientais haviam sido praticados e que tinha o mesmo nome da fazenda em questão. "O prejuízo foi grande. Cancelamos um leilão um dia antes e paramos de vender para os frigoríficos", lamenta o proprietário.

Outras 2.300 fazendas foram embargadas no Pará de janeiro a junho de 2009. Segundo o proprietário há atualmente uma histeria coletiva que faz a sociedade tratar os pecuaristas da Amazônia como a sociedade medieval tratava as bruxas na idade média. "E preciso quebrar esse ranço contra nós, essa inimizade dos órgãos fiscalizatórios contra o produtor rural", reclama o proprietário.

Essa matéria foi composta a partir de texto da revista Terra Brasil, do Ministério da Agricultura. Faça o download da revista.

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