Se não der, não vai comer.
Um acordo firmado há duas semanas autorizou não índios a criem gado dentro da terra indígena da Ilha do Bananal (TO) mediante pagamento para os líderes das tribos. O acordo foi elaborado pelo Ministério Público Federal, que desistiu da idéia de banir a criação de gado no local — defendida até o ano passado.
Em 2008, a Justiça Federal determinou a retirada de mais de 100 mil cabeças que eram mantidas por não índios na ilha por meio de negociações informais com líderes indígenas. De acordo com o Ministério Público Federal, sem o dinheiro, houve "carência econômica e alimentar" nas comunidades indígenas do área.
O plano prevê até 20 mil cabeças de gado na terra indígena. Os índios devem receber como adiantamento R$ 5 por animal. Cada criador de gado terá direito a ter apenas um vaqueiro não índio trabalhando dentro da terra indígena. O objetivo é forçar os prorpietários a empregarem índios na lida. "O próprio índio vai cuidar do gado", afirmou o cacique javaé Vanderson Suará.
Arco e flexa nunca mais
Ele diz que até as festas e rituais indígenas tiveram que ser reduzidas por falta de dinheiro provocada pelo fim dos acordos informais. "O cacique alugava um carro para fazer compras na cidade. Quando o gado saiu, não teve mais", disse Suará.
O procurador da República Álvaro Manzano diz que buscou alternativas econômicas para os índios da ilha, como financiamento de bancos e programas do governo federal, que não se mostraram viáveis. Para ele, os índios da ilha "não estão transferindo a posse da terra para um estranho" porque vão ajudar a criar o gado.
A regional da Funai no Tocantins participou da elaboração da parceria. Procurada pela Folha, a direção da fundação em Brasília não se manifestou sobre o assunto.
As informações são da Folha de São Paulo
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Em tempo, terra indígena não é área privada, logo, não tem Reserva Legal.
Um acordo firmado há duas semanas autorizou não índios a criem gado dentro da terra indígena da Ilha do Bananal (TO) mediante pagamento para os líderes das tribos. O acordo foi elaborado pelo Ministério Público Federal, que desistiu da idéia de banir a criação de gado no local — defendida até o ano passado.
Em 2008, a Justiça Federal determinou a retirada de mais de 100 mil cabeças que eram mantidas por não índios na ilha por meio de negociações informais com líderes indígenas. De acordo com o Ministério Público Federal, sem o dinheiro, houve "carência econômica e alimentar" nas comunidades indígenas do área.
O plano prevê até 20 mil cabeças de gado na terra indígena. Os índios devem receber como adiantamento R$ 5 por animal. Cada criador de gado terá direito a ter apenas um vaqueiro não índio trabalhando dentro da terra indígena. O objetivo é forçar os prorpietários a empregarem índios na lida. "O próprio índio vai cuidar do gado", afirmou o cacique javaé Vanderson Suará.
Arco e flexa nunca mais
Ele diz que até as festas e rituais indígenas tiveram que ser reduzidas por falta de dinheiro provocada pelo fim dos acordos informais. "O cacique alugava um carro para fazer compras na cidade. Quando o gado saiu, não teve mais", disse Suará.
O procurador da República Álvaro Manzano diz que buscou alternativas econômicas para os índios da ilha, como financiamento de bancos e programas do governo federal, que não se mostraram viáveis. Para ele, os índios da ilha "não estão transferindo a posse da terra para um estranho" porque vão ajudar a criar o gado.
A regional da Funai no Tocantins participou da elaboração da parceria. Procurada pela Folha, a direção da fundação em Brasília não se manifestou sobre o assunto.
As informações são da Folha de São Paulo
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Em tempo, terra indígena não é área privada, logo, não tem Reserva Legal.
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