Carta aberta aos jornalistas brasileiros

Ambientalista gosta é de notícia ruim. Olha a cara de aborrecimento dos ambientalistas do governo com anunciar a queda no desmatamento na Amazônia. Foto: Wilson Dias da Agência Brasil
Ontem a Ministra do ½ Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu a imprensa para apresentar os números oficiais do desmatamento na Amazônia mensurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, o Inpe. Um pequeno batalhão de repórteres compareceu à coletiva. Aguardava ávido a apresentação de mais uma tragédia anunciada e há muito conhecida: mais um aumento no desmatamento causado obviamente pelo processo de reforma do Código Florestal.

O constrangimento da Ministra do ½ Ambiente ficou evidente nas fotos de Wilson Dias, da Agência Brasil. Ela estava ali, diante de ambientalistas que escrevem em jornal cônscios de que a destruição na Amazônia sofrera novo repique, mas tinha que dizer o contrário. Os números do Inpe mostravam que o desmamento na Amazônia caiu. Caiu na comparação entre julho e agosto de 2011 e caiu de 2009 para 2010 apresentando o menor índice da história. Jamis o Inpe havia detectado um desmatamento anual inferior ao que a Ministra Izabella teria que apresentar naquele momento.
Os dados o Inpe foram os seguintes: O Deter mostrou que, em relação a agosto de 2010, houve uma REDUÇÃO de 38% no ritmo do desmatamento. O menor número registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), em 2004. Em comparação entre o desmatamento detectado em julho de 2011, houve uma REDUÇÃO de 27% em agosto de 2011. A taxa anual de desmate, calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, foi de 7.000 km² em 2010, o menor índice da história. O número implica numa REDUÇÃO de 6% na área desmatada em 2009 que, por sua vez, foi 42% inferior ao número detectado em 2008.
Eu sinceramente gostaria de ter estado lá para ver o provável semblante de descontentamento dos ambientalistas que escrevem em jornal (porque jornalista é outra coisa). Tenho curiosidade de saber se foi trabalhoso jogar fora todos os projetos de manchete que eles tinham no quengo para engendrar outros que reafirmassem, não o fato, não a evidência, mas aquilo que eles saíram de casa para mostrar, que a Amazônia esta sendo destruída.

Claudio Angelo, da Folha de São Paulo, não se deu nem ao trabalho de sofismar, tacou a seguinte manchete: Desmatamento na Amazônia sobe para 7.000 km². Mentiu na cara de pau. Os números do Inpe mostram que o desmatamento CAIU para 7 mil km². Mas a Folha disse que subiu. Isso é jornalismo?

Já a Marta Salomon, do jornal O Estado de São Paulo, não foi tão cara de pau quanto o Claudio Angelo. Ela deu uma sofismadazinha de leve, quase imperceptível, escreveu ela no Estadão: Revisão reduz à metade queda do desmatamento da Amazônia. O texto do Estadão começa assim: "Aumentou em 549 quilômetros quadrados a área desmatada na Amazônia no ano passado.". É mentira. Esse número não existe nos dados no Inpe. Isso é jornalismo?

Ontem a noite, o Mauro Zanatta, que escreve no jornal Valor Econômico, lascou no Twitter: "Já imaginou se BH, Curitiba, Vitória e Porto Alegre sumissem? Pois uma área assim (1.400 km2) virou cinza em 6 meses até agosto. Soja e carne em alta, Código Florestal em debate e MT pôs abaixo 769 km2 até agosto. Todos os outros juntos derrubaram 813 km2." Percebem a jogada? Quando o desmatamento sobe eles usam o número relativo: "subiu em relação a...". Quando o desmatamento cai, eles usam o número absoluto: "uma área de X, do tamanho de alguma coisa, virou cinza...".

São três exemplos de uma atitude recorrente na cobertura jornalista de temas ambientais, o sofisma, a construção de um texto que toma o partido dos querem salvar a floresta contra aqueles que querem destruí-la. Como se não fosse essa uma abordagem simplória de um tema complexo demais para encaixar nesse maniqueísmo.

Tome mais o exemplo do Código Florestal. Antes do advento de Aldo Rebelo nesse assunto, o Brasil, a opinião pública, acreditava piamente que o Código Florestal era "uma das melhor legislações ambientais no mundo". Faça uma pesquisa no Google de reportagens nos grandes jornais sobre o Código Florestal publicadas até a data da criação da Comissão Especial da Câmara dos Deputados da qual Aldo Rebelo foi o relator. Você verá que havia um consenso na opinião pública, nos jornais e entre os ambientallistas, de que o Código Florestal era um excelente lei, mas que faltava implementação, fiscalização, enforcement público. Por décadas os jornalistas endossaram essa opinião. Jamais houve uma única desconfiança, uma única observação contrária.

Hoje, a necessidade de reforma do Código Florestal é uma unanimidade. Até Marina Silva afirma que o texto precisa de reforma. Até o mais radical dos ambientalistas do Greenpeace ou do WWF, concorda que o texto precisa de reforma. Por que a imprensa não viu isso antes? Por que ninguém viu isso antes de Aldo Rebelo romper os grilhões com os quais a mídia parcial escondeu essa verdade, esse fato?

Esse post não é um post sobre o Código Florestal. É um post sobre a cobertura jornalistica de temas ambientais. Esse post mira nos jornalistas sérios desse país. O que está acontecendo na cobertura jornalística de temas ambientais no Brasil é um crime.

Houve jornalismo que endossou os crimes do nazismo alemão porque acreditou na causa dos nazistas, houve jornalismo que endossou a ditadura militar no Brasil porque acreditou que valia a pena torcer a verdade para livrar o país do comunismo. Em todos os casos a verdade morreu e em todos os casos crimes e desumanidades foram cometidos em nome de uma causa.

Uma imprensa livre e imparcial é necessária à democracia, à tomada de decisão consciente pela sociedade. A preservação ambiental precisa ser buscada sem abrirmos mão no humanismo e isso só se fará com uma imprensa livre. Do contrário podemos encetar uma preservação a qualquer custo, praticando desumanidades, como fizeram Hitler e Goebbels na Alemanha nazista e os nossos militares nos anos de chumbo. Veja o exemplo do vídeo abaixo:

Esse post é um apelo aos jornalista sérios que seguramente ainda existem alhures. Preservar o meio ambiente é uma causa séria. Ela não precisa de mentiras. Ela só precisa da verdade.

O que se vem fazendo nos jornais brasileiros sobre meio ambiente precisa ser denunciado. Não se pode pensar em fazer de fora para dentro sob pena da imprensa perder a liberdade. São vocês jornalistas que precisam fazê-lo. Assim como o jurista deve apontar o rábula em nome da própria dignidade profissional, os jornalistas devem apontar os escrevinhadores de ½ ambiente. Em nome da integridade do próprio jornalismo, em nome da necessidade urgente de se preservar o meio ambiente.

Seguem abaixo algumas dicas destinadas a jornalistas sérios que precisam cobrir o tema Código Florestal.

1. Conheça a sua audiência: quando você se senta para escrever uma história, há apenas uma pessoa que importa. Essa pessoa é o leitor. Ele é a pessoa mais importantes do mundo. Esteja familiarizado com o nível de conhecimento que ele possue sobre o Código Florestal e sobre as questões que o preocupa. Considere que seu público não sabe nada sobre o assunto. Mas nunca cometa o erro de considerá-lo burro. Não cais na armadilha de superestimar o conhecimento do seu público alvo nem de subestimar sua inteligência.

2. Desconfie do conhecimento corrente: Poucos meses atrás todos acreditavam que o Código Florestal é uma das melhores leis do mundo, hoje sabemos que a lei é impossível de ser aplicada e é isso o que motiva o atual movimento reformador. Até o mais radical dos ambientalistas concorda que a lei precisa ser reformada. Isso aconteceu porque a cobertura jornalistica feita no passado sobre o tema cometeu erros e não foi capaz de identificar os problemas da lei. Por isso desconfie do conhecimento corrente. Faça um levantamento das afirmações mais comuns sobre o tema e ponha-as à prova.

3. Mantenha o foco: lembre-se que uma história sempre dirá apenas uma grande coisa, logo, não faça digressões. Nunca se esqueça da visão geral. Quando se trata do Código Florestal, existe o grande risco da sobrecarga de informação. Há muitos pontos do tema que são ignorados pela população urbana, falar de muitos deles no mesmo texto deixará o leitor confuso. E esteja atento a situações pouco claras e recorrentes no debate como promessas compatibilização etéreas entre produção e preservação, sistemas de pagamentos por serviços ambientais sem definição das fontes de recursos desses pagamentos.

4. Esqueça os jargões e estereótipos: O debate sobre o Código Florestal está fortemente impregnado do maniqueísmo esquerda versus direita. Em alguns momento é difícil dizer se está se falando pela preservação do meio ambiente ou contra o latifúndio escravocrata monocultor. É comum encontrar termos genéricos que acabam determinando o julgamento do leitor. Termos como ruralista, ribeirinho, agronegócio, "uma das melhores leis do mundo", encerram significados que determinam julgamentos equivocados do leitor. Evite-os.

5. Mantenha toda frase curta e simples: utilize palavras, sentenças e parágrafos curtos. Ninguém reclamará porque você fez algo muito fácil de entender.

6. Fuja do conhecimento corrente: Estamos em um momento de quebra de paradigma onde tudo o que se sabia sobre o Código Florestal pode estar errado. Lembre-se que, quando Louis Pasteur apresentou as evidências da existência dos micróbios, a comunidade científica se reuniu, analisou o conhecimento corrente, e concluiu que Pasteur estava errado, que os micróbios não existiam. No momento em que os paradigmas esboroam até os cientistas podem estar errados, aliás, é mais provável que eles estejam errados. Proteja-se disso desconfiando das afirmações mais comuns sobre o tema. Você não precisa negá-las, precisa apenas desconfiar delas. Não creia cegamente no que te dizem... mesmo quando a fonte parecer ser acima de qualquer suspeita.

7. Tente se colocar no lugar de um produtor rural: O grande problema para a população urbana, seu leitor, entender o Código Florestal é porque eles vêm o tema por um ponto de vista a partir do qual os problemas para a aplicação da lei são invisíveis. É por isso que as vezes eles parecem estar falando de cosias diferente, é por isso que os Ministros do Meio Ambiente dizem uma coisa e os da agricultura dizem o oposto. Você só consegue entender por que o Código Florestal não funciona, porque as pessoas ocupam Áreas de Preservação Permanente na região serrana do Rio ou nas várzeas do Rio Grande do Sul, se você olhar pelo ponto de vista dessas pessoas. O grande desafio é mostrar ao brasileiro urbano a dificuldade que o brasileiro rural tem para cumprir a lei. E só a partir desse entendimento se encontrará soluções razoáveis.

8. Seja visual: Muitas histórias sobre o Código Florestal são complexas, mas elas são freqüentemente fotogênicas ou podem ser ilustradas como histórias humanas contagiantes. Utilize todos os recursos que você tem para trazer a história para a vida real – manchetes, fotos, gráficos, infográficos em flash, mapas, sidebars.

9. Lembre-se que a produção de alimentos é uma necessidade social: Mais do que qualquer coisa, as pessoas se importam com sua saúde, seu modo de vida e com o futuro de suas crianças. A abordagem do Código Florestal até agora criou um antagonismo entre o produtor rural e o meio ambiente ao ponto de que alguns leitores urbanos mais radicais não se importarem de destruir agricultura se essa destruição resultar na salvação do planeta ou de suas próprias peles. As pessoas sentem uma certa escassez de meio ambiente, mas não percebem escassez de alimentos e isso faz com que elas não se importem em prejudicar a produção em nome da salvação do planeta. Mas esse e um antagonismo falso e é seu papel desviar-se desse viés. O leitor urbano não percebe esse antagonismo no cotidiano.

10. Prepare-se bem para as entrevistas: Quanto mais você souber sobre seus entrevistados e seu assunto antecipadamente, melhor será a entrevista. Será uma conversa entre iguais, não uma tentativa da sua parte de acompanhar o que você está ouvindo pela primeira vez. Explique-se. Deixe seu entrevistado saber quem é o seu público, como você trabalha, qual é seu prazo limite e o que acontecerá com a sua história. E lembre-se SEMPRE da dica nº 8.

11. Obtenha uma segunda opinião: e uma terceira. Para cada doutorado, existe um doutorado equivalente e oposto. Para cada político, existe um contribuinte. Seus entrevistados podem estar errados. Eles podem ser tendenciosos. Eles podem estar investidos de interesses. Pergunte a você mesmo porque eles estão dizendo o que eles estão falando e se eles têm algo a ganhar com a publicação das palavras deles. Procure a opinião de outros especialistas de outras instituições. Sua responsabilidade como repórter é com a verdade.

12. Busque a verdade. Seja sempre cético, mas nunca cínico, em relação às pessoas que você encontrar e o que é dito a você. Não se recuse a acreditar naquilo que alguém lhe contou, mas peça-lhes evidência que suportem aquilo que eles falam. Cuidado com interesses escondidos e lembre-se que as pessoas mentem, mesmo as que paracem estar do lado do bem. Todo mundo tem um motivo para mentir ou contar apenas parte da verdade. Lembre-se desse conselho clássico para jornalistas: uma questão que os jornalistas devem se perguntar quando entrevistam um político é: “porque esse bastardo mentiroso está me contando esta mentira particular neste momento particular?”. Estenda essa questão também aos ambientalistas e aos ruralistas. Não seja maniqueísta, não existe bem ou mal nesse tema.

13. Fato não tem dono: Lembre-se de que equilíbrio não é o mesmo que imparcialidade e que todos são donos de opiniões, mas não dos fatos.

14. Não seja seduzido por comunicados à imprensa… faça justiça a eles. Muito freqüentemente, jornalistas copiam e colam comunicados à imprensa e apenas acrescentam seus nomes na linha de assinatura. Ao fazer isso, eles estão prestando um desserviço aos leitores. Uma publicação à imprensa não é uma história. É apenas informação que contém as sementes de uma história que você deve nutrir. ONGs, deputados e senadores soltam comunicados à imprensa todos os dias e cada um deles tem um interesse por trás.

15. Lembre-se do seu público. Antes de terminar sua história, você deve revisá-la. Coloque-se no lugar de um típico membro de seu público e imagine quais questões eles podem perguntar sobre sua história. Em seguida, responda essas questões antes de você concluir sua história.

Aforismo do dia: Tá no inferno? Abraça o capeta e sai pulando. Este texto foi composto tendo como base a ideia e no texto 25 tips for climate change journalists publicado originalmente no blog Under The Banyan. Mas foi alterado e adaptado por este blogger que vos blogga. A foto que ilustra o post pertence a Galeria de . SantiMB . no Flickr sob Creative Comons. Há outras belas fotos por lá.

Comentários

Luiz Prado disse…
Zumbientalista é assim mesmo: rancor pelo fracasso absoluto das políticas públicas de meio ambiente que precisa da mentira de que isso só aconteceu porque a lei não foi aplicada. Os do MMA estão sempre de cara fechada! E os jornalsitas, bem, quando se trata de meio ambiente, tema sobre o qual não entendem nada e nem tentam entender porque vão em busca da notícia que apela para as emoções mais baratas dos cidadãos urbanos, entram e saem de redações refrigeradas repetindo mesmices. De fato, o Aldo Rebelo revolucionou não apenas a metodologia de análise do tal "código" (que não é "código" de nada), mas também as práticas legislativas. Pelo menos no Rio de Janeiro, audiências públicas promovidas por deputados de programa têm a auto-promoção como principal objetivo. Aldo ouviu o que as pessoas tinham a dizer.
Braso disse…
Quero agradecer o blog, faco comentários em vários fóruns de jornais sobre o assunto código florestal, meus agradecimentos é pelos esclarecimentos sobre o assunto que me da subsídios para contrapor aos neoambientalistas, sempre faco comentários como "Braso"e Paulo Gomes que é meu nome verdadeiro, continue nos ajudando com seus esclarecimentos e verdades.

Grato Paulo de Tarso Pereira Gomes
ncamargo disse…
Jornalista tem mais e' que fazer alarde mesmo porque o desmatamento da Amazonia deveria ser ZERO. Portanto, mesmo que tenha caido, 7%, ainda e' MUITO - subiu em relação ao que deveria ser ZERO!!! E tem mesmo que ilustrar em termos de estados/ área relativa, para que o nosso povo entenda o que significa este 7%. Não e' coisa pouca. Qto ao Aldo Rebello, fico pensando no quanto ele está embolsando p/lutar pelo interesse de "alguns". E em tempo, "enforcement" querido, e' > "IMPOR" em portugues... aprenda a falar a sua lingua, a lingua que o povo entende. Nao confunda ainda mais a cabeça do nosso povo ignorante usando linguagem de gringo. E o teu blog e' totalmente parcial, o que tbem o faz passar bem longe de jornalismo serio. Quero saber o quanto vc ganha c/este blog.
ncamargo disse…
hi... vc vai ter que aprovar... ja' vi que nao será publicado... mas fica registrado p/voce a minha opiniao.
Ajuricaba disse…
Em nome do 1/2 ambiente os fins justificam os meios.

Nosso amigo aí acha que jornalista tem mesmo que mentir em nome do bem como fizeram Goebbels e outros facínoras.

Em tempo, não sou jornalista. Meu blog é um blog de opinião. Tem posicionamento claro.
Ajuricaba disse…
Repararam que fundamentalista de 1/2 ambiente tem a mania de achar que o povo é burro?

Todo tirano é assim. Daí eles concluem que o povo não sabe tomar as decisões corretar e começam a querer impor as decisões deles ao povo. Toda regime totalitário começa como esse tipo de cretinice.
Ana disse…
Querido Ciro! Parabéns pelo seu blog! Já foi dito que toda unanimidade é burra e por unanimidade, em nome do meio ambiente, derrubaram minha casa e a de minha netinha e por isso ficamos mais pobres. Em época de internet, em momentos de conflitos em que necessitei buscar assuntos para digerir ou compreender melhor minha própria condenação, visitei muitos blogs e todos rezavam a mesma ladainha, de maneira que se tornou difícil buscar elementos que me absolvessem, até que encontrei o seu. Minhas perdas ocorreram num momento em que se anistiavam bandidos e convites eram feitos para permanecerem no Brasil, chefes de quadrilhas eram premiados com altos cargos em gabinetes públicos, rackers eram analisados para possíveis acordos com o governo, campanhas para a liberação da maconha eram feitas, legalização do aborto e muito mais. Nesse paradoxo moral, eu, como apreciadora da natureza, porque plantava flores, não as plantas que queriam, e minha netinha, linda flor em botão, tão cedo cortaram suas raízes, porque consideraram pecado o excesso na prudência por sua vida promissora. Se você ganha muito pelo seu blog, de coração, eu desejo que você ganhe muito mais, porque o serviço que nos presta é de qualidade, responsabilidade e honradez, mas se ganha pouco, fico muito a lhe dever e por isso só posso lhe pagar com minha eterna gratidão, pelos anos que aqui freqüento e pelos momentos em que necessitei buscar consolo e compreensão para entender minha própria dor, em época de unanimidade, sua controvérsia me consolou. Muito obrigada, querido amigo, e que Deus lhe abençoe! Angélica (outro eu e eu mesma)