Foi lançado na última segunda-feira (06/03), da Guiana Francesa, o novo Sentinel 2B, quinto satélite do projeto Copérnico, da Agência Espacial Europeia (ESA). O projeto promete ser um divisor de águas em termos de observação da Terra. "É, sem dúvida, um grande avanço no campo da observação da Terra e do monitoramento ótico multiespectral, afirma o responsável pela montagem e testes, Paolo Labirinti. A varredura multiespectral é uma especialidade do Sentinel 2.
Os novos satélites Sentinel 2A e 2B terão uma capacidade bem superior ao Landsat 8, atualmente a melhor ferramenta de observação da superfície terrestre. "Ele também é um satélite muito bem desenvolvido, tendo sido construído pelos americanos. Mas, neste momento, ele não é tão poderoso quanto o Sentinel 2", explica Labirinti sobre o Landsat 8.
Com o lançamento do Sentinel 2B, conclui-se uma constelação de satélites gêmeos: o Sentinel 2A e o Sentinel 2B trabalham agora em conjunto. Eles vão fornecer duas vezes mais dados sobre a cobertura da superfície terrestre e sobre a vegetação lá existente.
Atualmente, o Sentinel 2A mapeia toda a Terra num espaço de tempo de dez dias. Quando o Sentinel 2B entrar em operação, os dois satélites vão ser capazes de enviar imagens completas do planeta a cada cinco dias. Nesse caso, trata-se do chamado "tempo de revisita": ambos os corpos circulam numa órbita quase polar, ou seja, eles sobrevoam repetidamente os Polos Norte e Sul. No entanto, ambos os satélites voam alternadamente.
Entre os dois satélites, há uma lacuna de cerca de 180° ou um intervalo de tempo de cerca de 45 minutos. "Eles mantêm a mesma distância – ou seja, voam numa constelação de satélites gêmeos", explicou Hoersch.
"Ao mesmo tempo, a Terra gira. Assim, um satélite vê uma parte da Terra e outro, depois, a outra parcela de superfície. Ao longo de cinco dias, temos assim uma visão completa sobre o planeta", acrescenta. Em seu voo, o Sentinel 2A e 2B mapeiam faixas de superfície de cerca de 290 quilômetros de largura.
Uma grande família Sentinel
Mas há ainda mais membros da grande família Sentinel: Sentinel 1A e 1B já se encontram em órbita, da mesma forma que Sentinel 3A. Cada um deles possui um foco diferente – mas eles também se ajudam mutuamente.
Sentinel 1A, por exemplo, fornece dados de radar sobre catástrofes e mudanças da crosta terrestre – como após terremotos, deslizamentos de terra ou já antes de erupções vulcânicas. Como satélite de radar, o Sentinel 1 funciona bem com tempo nublado, podendo fornecer dados de regiões dos Trópicos, onde muitas vezes é difícil captar imagens livres de nuvens.
Aqui, o Sentinel 2 também tem seus pontos fortes – ele é capaz de reconhecer mais que nossos olhos. "A resolução espacial de apenas dez metros, por exemplo, e as 13 faixas espectrais – muito disso não estava disponível em outras missões", diz Hoersch.
Segundo a especialista, o olho seria capaz de ver somente quatro faixas espectrais. "Quando se observa com o olho ou com uma câmera fotográfica comum, pode-se registrar a luz visível. Mas [com o Sentinel 2] recebemos ainda informações na faixa espectral do infravermelho em campo próximo e médio, que não podem ser vistas a olho nu."
A gestora da missão explica que os novos satélites capazes, de obter dados da faixa espectral do infravermelho, poderão mudar a nossa compreensão da vegetação do planeta. "Pois a luz está presente e a vegetação a reflete nesse comprimento de onda."
Os novos satélites Sentinel 2A e 2B terão uma capacidade bem superior ao Landsat 8, atualmente a melhor ferramenta de observação da superfície terrestre. "Ele também é um satélite muito bem desenvolvido, tendo sido construído pelos americanos. Mas, neste momento, ele não é tão poderoso quanto o Sentinel 2", explica Labirinti sobre o Landsat 8.
Com o lançamento do Sentinel 2B, conclui-se uma constelação de satélites gêmeos: o Sentinel 2A e o Sentinel 2B trabalham agora em conjunto. Eles vão fornecer duas vezes mais dados sobre a cobertura da superfície terrestre e sobre a vegetação lá existente.
Atualmente, o Sentinel 2A mapeia toda a Terra num espaço de tempo de dez dias. Quando o Sentinel 2B entrar em operação, os dois satélites vão ser capazes de enviar imagens completas do planeta a cada cinco dias. Nesse caso, trata-se do chamado "tempo de revisita": ambos os corpos circulam numa órbita quase polar, ou seja, eles sobrevoam repetidamente os Polos Norte e Sul. No entanto, ambos os satélites voam alternadamente.
Entre os dois satélites, há uma lacuna de cerca de 180° ou um intervalo de tempo de cerca de 45 minutos. "Eles mantêm a mesma distância – ou seja, voam numa constelação de satélites gêmeos", explicou Hoersch.
"Ao mesmo tempo, a Terra gira. Assim, um satélite vê uma parte da Terra e outro, depois, a outra parcela de superfície. Ao longo de cinco dias, temos assim uma visão completa sobre o planeta", acrescenta. Em seu voo, o Sentinel 2A e 2B mapeiam faixas de superfície de cerca de 290 quilômetros de largura.
Uma grande família Sentinel
Mas há ainda mais membros da grande família Sentinel: Sentinel 1A e 1B já se encontram em órbita, da mesma forma que Sentinel 3A. Cada um deles possui um foco diferente – mas eles também se ajudam mutuamente.
Sentinel 1A, por exemplo, fornece dados de radar sobre catástrofes e mudanças da crosta terrestre – como após terremotos, deslizamentos de terra ou já antes de erupções vulcânicas. Como satélite de radar, o Sentinel 1 funciona bem com tempo nublado, podendo fornecer dados de regiões dos Trópicos, onde muitas vezes é difícil captar imagens livres de nuvens.
Aqui, o Sentinel 2 também tem seus pontos fortes – ele é capaz de reconhecer mais que nossos olhos. "A resolução espacial de apenas dez metros, por exemplo, e as 13 faixas espectrais – muito disso não estava disponível em outras missões", diz Hoersch.
Segundo a especialista, o olho seria capaz de ver somente quatro faixas espectrais. "Quando se observa com o olho ou com uma câmera fotográfica comum, pode-se registrar a luz visível. Mas [com o Sentinel 2] recebemos ainda informações na faixa espectral do infravermelho em campo próximo e médio, que não podem ser vistas a olho nu."
A gestora da missão explica que os novos satélites capazes, de obter dados da faixa espectral do infravermelho, poderão mudar a nossa compreensão da vegetação do planeta. "Pois a luz está presente e a vegetação a reflete nesse comprimento de onda."
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