A falência do ambientalismo brasileiro

Na última semana o jornal O Globo trouxe uma reportagem mostrando um aumento de 127% dentro das Unidades de Conservação nos últimos dez anos (Desmatamento aumentou 127% em áreas de proteção nos últimos dez anos). Você lembra de ter visto alguma ONGs ambientalista pressionando o governo a efetivar alguma Unidade de Conservação?

As ONGs no Brasil estão ocupadas demais perseguindo os produtores rurais para perderam tempo com os problemas ambientais. As Unidades de Conservação no Brasil estão completamente abandonadas, algumas existem só no papel e nunca foram implementadas de facto. Todo o orçamento de fiscalização do MMA está empenhado em multar e perseguir produtores rurais enquanto as UCs e terras indígenas continuam abandonadas.

Esse tipo de atitude das ONGs evidencia a falência do ambientalismo no Brasil. As ONGs degringolaram em ativismo contra o desenvolvimento do país. Nossos ambientalistas estão empenhados em impôr ônus aos produtores rurais para preservação de florestas em áreas privadas - que leva a perda de rentabilidade da agricultura -, mas não se preocupam com a preservação em áreas públicas que não onera o setor rural.

As grande ONGs estão dirigindo o ambientalismo numa guerra contra a agricultura nacional enquanto as Unidades de Conservação queimam ou são desmatadas, enquanto o Tietê fede, enquanto as ocupações urbanas irregulares em APP de morro no Rio de Janeiro continuam, ninguém toca no assunto das lixões, ninguém fala na necessidade de saneamento básico. Os principais problemas ambientais do povo brasileiro estão esquecidos enquanto as ONG usam dinheiro internacional para jogar o povo brasileiro urbano contra os produtores rurais brasileiros.

As organizações de produtores rurais deveriam achar um jeito de entrar no Ministério Público contra o Ministério do Ambiente e o Ibama pelo descaso contra as Unidades de Conservação. Alguém precisa fazer o trabalho sério de lutar pela preservação ambiental. As ONGs não estão aqui para isso.

Incêndio atinge Parque Nacional da Serra do Cipó (MG)


Incêndio destrói vegetação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis


Incêndio destrói mais de 20 mil hectares de unidade de conservação em Rondônia

Comentários

Ana disse…
O jornal "O Estado de São Paulo" publicou no dia 09/10/11, uma reportagem que trata sobre ocupação irregular do solo.Interessante que após vinte e sete anos, só agora é que detectam a existência de gás metano proveniente da decomposição de lixo orgânico no subsolo. Esses anos todos, as autoridades não se preocuparam com isso, ou só agora apareceu a preocupação devido algum interesse econômico maior? Teria algum grupo econômico interesse em desvalorizar o empreendimento como um todo, com a conivência do poder público? E o Cingapura, por que não interditaram já que também está em área contaminada? Será que nesse lixão tem coelho?
emanuel disse…
Ciro, ótimas críticas, verdadeiras. Uma sugestão: manda essa materia para a CNA e sugera à Senadora Katia Abreu abordar o assunto na tribuna do Senado.
Luiz Prado disse…
A falência dos ambientalóides E da poder público na área da gestão ambiental é fato. E evidente! NADA melhorou! É claro, evitou-se que piorasse muito aqui e ali, mas de forma marginal. O que hoje me chama a atenção é que essas autoridades ambientais poderiam - ou deveriam - ser processadas por omissão no exercício da função pública e por falsidade ideológica. Os parques são puramente de papel. Não me lembro de qualquer caso em que a criação de uma UC tenha sido seguida de geo-referenciamento ou de ação descriminatória para identificar os proprietários e desapropriá-los. Preferem tomar "na mão grande" - como disse-me recentemente uma alta autortidade ambiental criticando essa prática. E o dinheiro das compensações ambientais previstas na lei do SNUC, que deveria ter essa destinação, sumindo pelo ralo. 0,5 a 1% de todo o investimento feito no Brasil desde 2000 que requerer EIA-RIMA! É dinheiro prá dedéu!