Diante de um corte do repasse ao Fundo Amazônia da Noruega ao Brasil, a parcela de recursos que será enviada ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2017 por Oslo não será suficiente sequer para atender a todos os novos projetos em consideração pelo governo para o Fundo da Amazônia. O Brasil receberá no máximo US$ 35 milhões em 2017, um valor muito menor do que a média de US$ 110 milhões enviados anualmente. Os dados são do Ministério do Meio Ambiente da Noruega. O corte, que chega a R$ 250 milhões, afetará perincipalmente ONGs ambientalistas..
O Fundo, que é administrado pelo BNDES, tem até agora em 2017 apenas três projetos aprovados. Mas outros 22 estavam sob análise ou em consultas. No total, para que fossem aprovados, o fundo precisaria desembolsar R$ 743 milhões, vinte vezes o valor que a Noruega repassará ao Brasil. Desses 22 projetos 16 são de ONGs ambientalistas.
O banco diz que metade do dinheiro que tem do Fundo da Amazônia já está comprometido e o restante ainda poderia ser usado. Mas fontes dentro do Ministério do Meio Ambiente admitem que tal lógica vale apenas para aqueles programas já aprovados, uma vez que muitos deles ainda precisam receber parcelas que são liberadas anualmente.
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O risco seria para as novas iniciativas, que podem ser engavetadas até que os recursos voltem. Os problemas, porém, podem ser ainda mais profundos nos próximos anos, se o desmatamento continuar. O governo norueguês indicou que o pagamento pode simplesmente desaparecer em 2018 ou 2019 – se o País não atingir as metas de redução.
Foto: Beto Barata/PR
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